Deus é Fiel

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sexta-feira, 19 de abril de 2019

Subsídio para a aula da E.B.D: O Altar do Holocausto


O Altar do Holocausto
A verdade prática da presente lição ratifica a mensagem dos Evangelhos escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João: Na cruz, o Senhor Jesus Cristo purificou-nos de todos os pecados, tornando-nos aceitáveis diante de Deus.
Para que o ser humano viesse a ter oportunidade de se chagar a Deus foi necessário que o Verbo se fizesse carne e habitasse entre nós, porém na Antiga Aliança o Altar era a demonstração direta da manifestação da justiça e do amor de Deus.
Neste altar, eram oferecidos holocaustos, que eram ofertas voluntárias que tinham por objetivo alcançar o favor de Deus. O animal era imolado fora do Pátio. Depois de tiradas as suas vísceras e a sua pele, o animal limpo era trazido e colocado sobre o altar (CABRAL, 2019, p. 45).
Logo, mostrar que o Altar do Holocausto aponta para o Calvário é o objetivo geral da presente lição, que tem como objetivos específicos:
Conceituar o Altar do Holocausto.
Explicar as quatro pontas do altar e o sentido de redenção.
Pontuar que o Altar do Holocausto é uma imagem do Calvário.
I – O ALTAR DO HOLOCAUSTO
O Altar do Holocausto tem como significado mesa levantada com aquilo que ascende, isto é, aquilo que sobe. Era feito de acácia com revestimento de bronze.  A acácia transmitia o seguinte significado: o juízo de Deus em condenar e justificar; já o bronze simbolizava também o juízo de Deus em condenar e justificar.
De formato quadrado 2,25m de comprimento e 2,25m de largura com 1,35 de altura, o Altar apresenta como símbolo o sacrifício vicário de Jesus, lembrando que termo vicário, do latim vicarius, significa o que faz às vezes de outro, ou seja, o substituto, logo, a morte de Cristo é uma morte substitutiva, isto é, Jesus morreu em nosso lugar.
Sendo que o Altar indica a Jesus o único caminho da salvação e os chifres do Altar representam o poder, a autoridade e a proteção. O poder de salvar e proteger os pecadores estaria ao alcance de todo o mundo por aquEle que se tornaria o Cordeiro Salvador no madeiro do calvário (CABRAL, 2019, p.49).
Já sobre a serventia do Altar escreve Cabral:
O Altar de Bronze servia para duas finalidades básicas no contexto dos rituais dos sacrifícios de animais: (1) para os holocaustos por pecados cotidianos e (2) para a expiação do pecado uma vez por ano (Êx 38.30;30.28). As ofertas queimadas eram feitas sobre o Altar de Bronze duas vezes por dia, um pela manhã, e outro à tardinha (2019, p.46).
II – AS QUATRO PONTAS (CHIFRES) DO ALTAR E O SENTIDO DE REDENÇÃO
O Altar transmite como significado prático no que se refere à vida de Jesus três palavras teologicamente definitivas para compreensão do autêntico símbolo do Altar de Bronze: propiciação, substituição e reconciliação.
Propiciação corresponde no ato de aplacar a ira de Deus, logo, a morte de Jesus no Calvário foi uma propiciação, isto é, foi à ação do Messias para aplacar a ira de Deus, ação em prol da salvação dos homens.
O termo grego ἱλαστήριον permite compreender que a morte vicária de Jesus foi um sacrifício expiatório, ou seja, uma propiciação pelos pecados da humanidade, tornando assim possível a aproximação dos que creem na pessoa de Deus.
Na Antiga Aliança o cordeiro imolado era o substituto do povo de Israel no dia da expiação. Já na Nova Aliança o Messias é o substituto, por ser o substituto percebe-se que a morte de Cristo na cruz é vicária, isto é, substitutiva.
Ela é vicária, isto é, substitutiva, no sentido de alguém que toma o lugar de outro, como bem afirma Isaías: “[...] mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6 – conforme ainda 2 Co 5.21; 1 Pe 2.24; 3.18), portanto, Cristo morreu pelos nossos pecados; Ele, porém, era sem pecado (POMMERENING, 2017, p. 55).
Já o termo presente para definir reconciliação no NT grego é καταλλαγή que resumidamente significa troca ou mudança, isto é, com base na mensagem do Novo Testamento percebe-se que corresponde com a troca de inimizade para amizade. De fato a reconciliação é possível por meio do favor divino.
Para Pommerening:
A reconciliação é uma obra da graça de Deus somente possível como consequência da obra de Cristo. Ela é necessária porque nosso relacionamento com Deus estava rompido, pois o homem pecador não pode ter comunhão com o Deus santo (Is 6.5) (20017, p. 56).
III – O ALTAR DO HOLOCAUSTO É UMA IMAGEM DO CALVÁRIO
O Altar do Holocausto apresenta Jesus como redentor, outorgando esperança aos homens de boa vontade.
O vocábulo esperança é usado de duas maneiras diferentes. No primeiro caso significa grande coragem, aquela que permanece firme a despeito de todas as tentações. No segundo caso, indica a salvação infinita que a esperança obterá; no presente versículo (Rm 8.24) podem estar em foco ambos os aspectos (LUTERO apud CHAMPLIN).
Para Lutero a esperança outorgava coragem para enfrentar as tribulações do dia a dia e proporcionava firmeza mediante toda desordem. Assim também como outorgava a certeza da salvação mediante a continuação sincera diante de Cristo.
O cristão pode se alegrar diante da esperança futura (Rm 5.2), isto é, a glória que o cristão desfrutará ao lado do Criador. Este orgulhar demonstra total segurança, porque Deus depositou no coração de cada cristão o Espírito Santo (Rm 5.5). Quem tem o Espírito Santo tem a salvação, isto por mérito e obra de Cristo no Calvário, a confirmação da simbologia do Altar de Bronze.
Referência:
CABRAL, Elienai. O Tabernáculo: símbolos da obra redentora de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 2. São Paulo: Hagnos, 2014.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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