Ministério Público: Autoridade de Jesus sobre
os demônios e sobre a morte
Texto: Disse
Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal,
porque é já de quatro dias. 40- Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres,
verás a glória de Deus? 41-Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E
Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres
ouvido. 42-Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da
multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste. 43- E, tendo
dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora. 44- E o defunto saiu,
tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço.
Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir. 45- Muitos, pois, dentre os judeus
que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele
(Jo 11.39-45).
Os demônios
são anjos decaídos que rebelaram contra Deus e que optaram em seguir a Satanás.
Enquanto, que a morte significa separação do corpo, (parte material), da alma
(parte imaterial). Porém, compreende-se Biblicamente que Jesus possui poder
sobre os demônios e sobre a morte.
Autoridade de Jesus sobre os Demônios
1- Origem dos Demônios. O apóstolo João escreveu as seguintes
palavras em Apocalipse: E foi precipitado
o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo
o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele
(Ap 12.9). O presente versículo ratifica ter sido alguns dos milhares de
milhares de anjos lançados com satanás, sendo estes nomeados de os seus anjos,
ou seja, anjos sobre o domínio do diabo.
Para
Bancroft os anjos maus (demônios) são empregados na execução dos propósitos de
Satanás, que são diametralmente opostos aos propósitos de Deus, e estão
envolvidos nos obstáculos e danos contra a vida espiritual e o bem estar do
povo de Deus (2006, p. 301).
Biblicamente
percebe-se que satanás é o maioral dos anjos maus:
[...] Este não expulsa os demônios senão por
Belzebu, príncipe dos demônios (Mt 12.24), [...], Belzebu. A origem desse nome
é incerta, mas dele pode ser construído do hebraico zebul ou “casa” e ball ou
“mestre”. Entretanto, não há dúvida de que na época de Jesus essa palavra
correspondia ao nome de Satanás (RICHARDS, 2008, p. 103).
[...] Apartai-vos de mim, malditos, para o
fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41). Este é um
versículo crítico para aqueles que objetam que um “Deus amoroso” nunca poderia
condenar ninguém a tal terrível inferno. Na verdade, Deus não criou o reino do
fogo para os seres humanos, mas sim para Satanás e seus anjos caídos (RICHARDS, 2008, p. 79).
Sobre a
origem de Satanás compreende-se que ele
foi criado como anjo de Deus, de exalada posição e ordem, possuidor de grande
beleza e resplendor pessoais, dotado de poder e sabedoria superiores, até que a
iniquidade foi achada nele, quando procurou tomar a posição e as prerrogativas
pertencentes a Deus (BANCROFT, 2006, p. 303).
2- Autoridade de Jesus sobre os Demônios. A narrativa da vida pública de Jesus é
marcada pela citação de que Ele ao encontrar indivíduos endemoninhados, expulsa
destes os demônios, pois se percebe que há profunda correlação entre o anúncio
da chegada do Reino de Deus com a expulsão de demônios.
A missão de
Cristo também abrangia o ato de expulsar demônios. Fato que é corroborado
quando Jesus enviava os discípulos para o campo missionário outorgava a eles o
poder para expulsar os demônios (Mt 10.1).
Autoridade de Jesus sobre morte
A autoridade
de Jesus sobre a morte se notabiliza nos seguintes episódios: a ressurreição do
filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17), a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.
40-42), e na ressurreição de Lázaro (Jo 11.43,44). Em especial, a ressurreição
de Lázaro possibilita algumas aprendizagens fundamentais:
1- Quando Jesus chegou a Betânia já havia
quatro dias que corpo de Lázaro tinha sido posto na sepultura (Jo 11.18). Era crença por boa parte dos judeus que o
espírito de quem morria ficava vagando em terra por três dias, logo, Jesus se
apresentou no quarto dia para que todos soubessem que Ele tem poder sobre a
morte.
2- Jesus ordenou a ressurreição de Lázaro. Ao mandar tirar a pedra o Senhor Jesus
clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora (Jo 11.43). Fato que corrobora
para com a autoridade de Jesus sobre a morte.
Em suma, Jesus
demonstrou dependência e obediência ao Pai. Pois, sendo Ele ungido pelo
Espírito Santo, foi obediente ao Pai em toda obra. Portanto, assim deve ser nos
dias atuais, pois cabe à igreja clamar com fé, pois a promessa é que as orações
serão respondidas se forem feitas no nome de Jesus, pois a Igreja possui a
unção e a missão real, a de realizar no nome de Jesus milagres e expulsar
demônios (Jo 14.14).
Referência:
BANCROFT.
Emery H. Teologia Elementar, doutrina e
conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
RICHARDS.
Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
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