Cristo é a
nossa reconciliação com Deus
A verdade prática permite compreender que Ao morrer na Cruz do Calvário, Cristo reconciliou os eleitos
desfazendo a inimizade entre Deus e os homens. Sendo que a
presente lição tem como objetivo geral: Conscientizar que
por meio do sacrifício vicário, Cristo desfez a inimizade e, entre dois povos, criou
um – a Igreja; e, como objetivos específicos:
Pontuar sobre a inimizade que
existia entre Deus e os homens.
Explicar que pela paz, Cristo
fez um “Novo Homem”.
Evidenciar que pela cruz fomos
reconciliados com Deus
Lembrando que o texto áureo permite
compreender que:
A parede de separação que
estava no meio de judeus e gentios era retratada de forma vívida por uma parede
separando o átrio dos gentios do átrio dos judeus, no templo. Havia um aviso de
que qualquer não-judeu que ultrapassasse o pátio dos gentios receberia a morte
imediata e súbita (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.505).
I – CRISTO DESFEZ A
INIMIZADE ENTRE OS HOMENS
Existia uma barreira espiritual e literal que
separava os judeus dos gentios, sendo que com a derrubada desta barreira Deus
outorga acesso à sua presença e livre entrada no santuário celestial (Ef
2.18;Hb 10.19).
No que corresponde ao tripé da lei mosaica
compreende que não existe mais de uma lei o que existe são os preceitos da lei.
E os preceitos da lei estão divididos em três: morais, cerimoniais e civis.
Os preceitos morais visavam à normalização
das relações sociais, e têm como ponto essencial os dez mandamentos. Sobre o
preceito moral da lei, assim Baptista comenta: [...] exceto o
rito da guarda do sábado, permanece em vigor como padrão de conduta, mas não
como meio de salvação (ver Ef 2.8,9). O entendimento da validade da lei moral
para nossos dias é de vital importância contra os extremos, tanto do legalismo
como da licenciosidade (2020,
p.81).
Já os preceitos cerimoniais visavam à
normalização do sacerdócio levítico.
Enquanto, os preceitos civis visavam à
normalização das normas jurídicas e a prática da vida social dos israelitas. Ou
seja, a lei civil ou judicial diz respeito ao israelita
como cidadão (BAPTISTA, 2020, p.81).
Em suma, a obra vicária de Jesus no calvário
aboliu a necessidade da observância ritualística, pois no que corresponde ao tripé
dos preceitos da lei, tanto o civil como o cerimonial não cabe à Igreja seguir,
sendo que o preceito cerimonial foi revogado em Cristo.
II – PELA PAZ, CRISTO FEZ UM
NOVO HOMEM
O termo paz proporciona o desenvolvimento de relacionamentos
satisfatórios, sustentados pela harmonia, mantidos com saúde, integridade e
bem-estar.
A paz é condição fundamental
para progredirmos na união, para acolhermos os ministérios de outras pessoas e
para aprendermos, ainda que através dos fracassos. O exercício dos dons deve
levar à maior união e paz [...] Por isso, é fundamental aprendermos a tratar
com ternura uns aos outros e a buscar o sumo bem de todos
(HORTON, 1996, p.489).
A paz tem sua origem em Deus, isto é, paz de
Deus. Porém, também há possibilidade do ser humano viver a paz com Deus, sendo
que a possibilidade para tamanho ato só é possível mediante a justificação.
A paz em Deus é uma realidade mediante a obra
de Cristo na cruz. Portanto, para a obtenção da paz: sacrifícios são
necessários; renunciar é preciso; e dedicação para com a vida das demais
pessoas é indispensável.
A existência da paz no interior do indivíduo
é possível. E compreende que paz é Boas Novas e a missão da Igreja é propagar
as Boas Novas em Cristo Jesus.
Por fim, a paz é o relacionamento certo em
todas as esferas da vida (BARCLAY, 2010, p.85,86).
Certo dentro do lar (1Co
7.12-16).
Certo entre judeus e gentios
(Ef 2.14-17).
Certo que deve existir dentro
da Igreja (Ef 4.3).
Certo entre os homens (Hb
12.14).
Certo entre o homem e Deus (Rm
5.1).
III – PELA CRUZ,
RECONCILIADOS COM DEUS NUM CORPO
O homem estava distante de Deus, sendo que
por meio do ministério da reconciliação o Senhor Jesus desfez a inimizade que
existia entre o Criador e a criatura. Inimizade é a definição exata da ausência
de paz. Sendo que o presente tópico centraliza duas dimensões desta inimizade:
vertical (inimizade para com Deus) e horizontal (inimizade para com o próximo).
A inimizade para com Deus é perceptível nas
palavras de Paulo: Porquanto a inclinação da carne é inimizade
contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser (Rm
8.7). A inclinação para com a carne tem como fruto a inimizade para com Deus, e
não é submissa a lei de Deus e nem pode ser.
Já a inimizade entre as pessoas é real e um
bom exemplo torna-se notório na escrita de Lucas: E no
mesmo dia, Pilatos e Herodes entre si se fizeram amigos; pois dantes andavam em
inimizade um com o outro (Lc
23.12).
Referência:
BAPTISTA,
Douglas Roberto de Almeida. A Igreja
Eleita, Redimida pelo Sangue de Cristo e Selada com o Espírito Santo da
Promessa. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
BARCLAY,
William. As Obras da Carne e o Fruto do
Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.
HORTON.
Stanley M. Teologia Sistemática: Uma
perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
RADMACHER,
Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central
Gospel, 2013.
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