Ministério Público: Autoridade de Jesus em
perdoar pecados
Texto: 5- E
Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus
pecados. 6- E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em
seus corações, dizendo: 7- Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar
pecados, senão Deus? 8- E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim
arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos
corações? 9- Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus
pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda? 10- Ora, para
que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse
ao paralítico), 11- A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua
casa. 12- E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de
sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos
(Mc 2.5-12).
A autoridade
em perdoar pecados corresponde à autoridade divina, logo quando Jesus perdoava
pecados em seu ministério terreno, indicava e indica que Ele é Deus, pois
apenas Deus é que pode perdoar pecados.
Conceito e origem do pecado
1- Conceito do termo pecado. O termo pecado tem como significado errar o
alvo. Sendo que o pecado é toda transgressão à vontade de Deus. O resultado da
hamartía (palavra grega para pecado) é a morte, isto é, a transgressão traz a
separação para com Deus. A hamartiologia (doutrina Bíblica que estuda o pecado)
resume as ações do pecado em três instancias: penalidade, poder e presença.
A penalidade
do pecado é real na vida daqueles que não foram justificados em Cristo. O poder
do pecado é notável na vida daqueles que não se santificam em Jesus Cristo. E a
presença do pecado só perpetuará na vida daqueles que não serão glorificados
com o Senhor Jesus Cristo.
2-
Origem do pecado. Orgulho e desobediência são as duas palavras
que explicam categoricamente a origem do pecado. Lembrando que o pecado teve
sua origem no Céu, por meio do orgulho de Satanás, que queria ser igual a Deus,
sendo o orgulho o vício que explica a origem do pecado (Is 12.12-14). Porém, na
conjuntura humana a origem do pecado está associada com a desobediência de
Adão, em comer do fruto do conhecimento do bem e do mal (Gn 3.3,5-7).
3-
Consequências do pecado. Perca da presença de Deus, tornando
homem à imagem deturbada de Deus; a penalização no limite da vida, tornando o
homem mortal (Rm 6.23); e, conclui-se que as consequências são universais, pois
pelo pecado de um só homem todos pecaram e assim as consequências passaram a
todos os homens (Rm 5.19).
Porém, tratando especificamente de Adão e
Eva, após a consumação do pecado perceberam que estavam nus (Gn 3.7), tiveram
medo de Deus e se esconderam (Gn 3.8-10), e por fim foram expulsos do jardim
(Gn 3.23,24).
O perdão para os pecadores
1-
Filho, perdoados estão os teus pecados (Mc 2.5). As
palavras ditas pelo Senhor Jesus eram as mesmas palavras ditas pelo sacerdote
ao terminar o sacrifício no Templo. O ato de perdoar sem exigir a passagem pelo
sacrifício deixou os escribas presentes enfurecidos ao pondo de dizerem que
Jesus falava blasfêmia (Mc 2.6,7).
O poder manifestado de Jesus ao curar o
paralítico descreve a Sua autoridade sobre o pecado. Autoridade divina, sendo
que no próprio texto Jesus se apresenta como o Filho do Homem (Mc 2.10).
2-
Ensino a respeito da necessidade prática do perdão. Na
parábola do Filho Pródigo há um profundo ensinamento que passa de maneira
despercebida por quem a lê, isto é, ao associar o estudo da parábola com
princípios da hermenêutica. Pois, era costume dos pais ao receberem os filhos
prendê-los em público e baterem neles para testemunho de todos os presentes do
ato desobediente e de menosprezo do filho. Outra ação era também considerada,
muitos pais preferiam matar o filho, a matar um novilho para comemorar o
retorno daquele que se havia perdido.
Entretanto, Jesus por meio da parábola está
ensinando que é dever do cristão perdoar.
3- A
obra vicária que outorga o perdão. Jesus ofereceu a si mesmo
como sacrifício, sendo Ele o verdadeiro e eficaz sacrifício que aplacou a justa
ira de Deus contra o pecado que reina nas ações da humanidade (Hb 7.27;
9.23,28). Logo, Jesus foi o sacrifício completo, que não necessitou e nem
necessita que outro sacrifício seja realizado, pois por meio desta obra o
pecado pode ser coberto (na Antiga Aliança o sangue do cordeiro era posto sobre
o propiciatório da Arca, obra que tinha como significado o cobrir do pecado),
porém, o sacrifício de Jesus de fato perdoa o pecador, lançando ao esquecimento
toda ação pecaminosa por parte dos indivíduos, isto ocorre quando há o
verdadeiro arrependimento (Is 43.25).
A cruz não era para Jesus, então o Messias é
o substituto, por ser o substituto percebe-se que a morte de Cristo na cruz é
vicária, isto é, substitutiva.
Por fim, João assim escreveu a respeito do
perdão de Jesus: Se dissermos que não
temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados,
e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo
mentiroso, e a sua palavra não está em nós (1 Jo 1.8-10). Portanto, Jesus
ensinou a respeito do perdão, assim como também perdoou, pois Ele tem
autoridade sobre o poder do pecado.
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