CONHECENDO O EVANGELHO DE JOÃO
Conforme a Síntese:
O Evangelho de João é
essencialmente cristológico e singular em relação aos demais Evangelhos.
Com base na descrição acima da verdade
prática, conclui-se que:
ü Há ênfase
na mensagem cristológica.
ü Há
uma diferença entre o Evangelho de João comparado aos demais Evangelhos.
A presente lição tem como objetivos:
Apresentar a autoria, a
época e o propósito do Evangelho de João;
Expor a riqueza
doutrinária do Evangelho de João;
E, Compreender a Cristologia
apresentada por João.
I – AUTOR, ÉPOCA E
PROPÓSITO
Sobre a autoria do Evangelho há provas
diretas e indiretas a respeito da escrita do Evangelho ter sido desenvolvida
pelo o evangelista João. As provas diretas são as manifestações dos primeiros
teólogos (Irineu, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Justino), o escrito do
primeiro histórico eclesiástico (Eusébio de Cesaréia) e as palavras das provas
vivas, isto é, Policarpo e Papias que conheceram e aprenderam do evangelista
João.
Já as provas indiretas são as registradas no
próprio livro, destaque para as seguintes referências:
E o Verbo se fez carne, e
habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai,
cheio de graça e de verdade (Jo
1.14).
O termo, vimos, indica que o escritor do
Evangelho era um discípulo que esteve presente com Jesus.
E Pedro, voltando-se, viu que
o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também
sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há de trair? Vendo
Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será? Disse-lhe Jesus: Se eu
quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu. Divulgou-se,
pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer.
Jesus, porém, não lhe disse que não morreria, mas: Se eu quero que ele fique
até que eu venha, que te importa a ti? Este é o discípulo que testifica destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu
testemunho é verdadeiro (Jo 21.20-24).
Os versículos deixa claro que o discípulo
amado escreveu o livro. O discípulo amado no decorrer do próprio livro, assim
como da história da igreja percebe-se que se trata do evangelista João.
No que tange o propósito percebe-se com
clareza o que escreveu João:
Estes, porém, foram escritos
para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo,
tenhais vida em seu nome (Jo
20.31).
Primeiro para que creiais que Jesus é o
Cristo, palavras escritas para os leitores judeus, enquanto a descrição, Filho
de Deus, para os gentios. E em segundo, como resultado a vide no nome de Jesus.
II – RIQUEZA DOUTRINÁRIA
DO EVANGELHO DE JOÃO
Tendo como base o capítulo 1 e o versículo 1:
No princípio era o Verbo, e o
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Versículo que apresenta a riqueza do
Evangelho. Primeiro, no princípio era o Verbo, frase que indica que o Verbo é
eterno. Segundo, e o Verbo estava com Deus, frase que apresenta distinção entre
o Verbo e o Pai, logo são duas pessoas distintas. E, em terceiro, e o Verbo era
Deus, frase que corresponde em dizer que Jesus é Deus.
É importante ressaltar que existem inúmeros
versículos que faz referência a divindade de Jesus Cristo:
Em Isaías 7.14 – Emanuel, Deus Conosco, isto
é, Jesus é chamado de Emanuel.
Em Isaías 9.6 – Maravilhoso, Conselheiro,
Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, isto é, Jesus é chamado de Deus
Forte, nome que revela um dos atributos pertencente unicamente a Deus.
Sobre João 5.23, assim escreveu Soares:
O Senhor Jesus ensinou que
a honra devida ao Pai é a mesma devida ao Filho. Isso significa que o cristão
deve adorar o Pai da mesma maneira que adora o Filho
(2008, p. 53).
III – CRISTOLOGIA:
SINAIS, SERMÕES E DECLARAÇÕES
Sobre os sinais vale citar o que disse o
evangelista João:
Há, porém, ainda muitas outras
coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem
ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém (Jo 21.25).
Sobre os sermões percebe-se a profundeza das
palavras de Jesus na descrição dos servidores que tinha a missão para prendê-lo:
Responderam os servidores:
Nunca homem algum falou assim como este homem (Jo
7.46).
Já no que tange as declarações a respeito de
Cristo há as descritas por Ele, sempre utilizando a frase: Eu Sou; assim como
também há a citação de homens a respeito de Jesus. Para concluir a que mais
marca em particular a minha pessoa é a frase de Tomé que apresenta Jesus como
Deus e como Senhor.
E Tomé respondeu, e disse-lhe:
Senhor meu, e Deus meu! (Jo
20.28).
Referência:
SOARES,
Esequias. Cristologia: a doutrina de
Jesus Cristo. São Paulo: Hagnos, 2008.