Deus é Fiel

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domingo, 12 de dezembro de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – O DESTINO FINAL DOS MORTOS

 O DESTINO FINAL DOS MORTOS

Conforme a Síntese:

O destino final de toda humanidade dependerá das suas escolhas. Deus, porém, deseja que todos se convertam e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

Com base na descrição acima da verdade prática, conclui-se que:

ü    As escolhas de cada um determinará o futuro com ou sem Deus.

ü    O grande propósito de Deus é que o homem chegue ao arrependimento.

 A presente lição tem como objetivos:

EXPLICAR para onde os mortos vão;

MOSTRAR como se dará a ressurreição dos mortos;

E, SABER que haverá diferentes tipos de ressurreição.

I – PARA ONDE OS MORTOS VÃO

O Estado Intermediário é definido por ser o estado entre a morte física e a ressurreição. Sendo que a ressurreição é distinguida pelo tempo e pela objetividade. No que corresponde ao tempo haverá a ressurreição antes ao arrebatamento e pós o arrebatamento. E no que corresponde a objetividade haverá a ressurreição para a vida eterna e para a condenação eterna.

Há doutrinas errôneas acerca do Estado Intermediário, em destaque percebem-se os ensinos da igreja católica, dos adventistas e dos espiritas.

1- Os católicos ensinam a respeito do purgatório que sobre este dogma diz Strong:

Segundo a doutrina da Igreja Católica Romana, todos que morrem em paz com a igreja, mas não são perfeitos, passam pelo purgatório. Aqui, eles fazem a satisfação pelos pecados cometidos após o batismo através do sofrimento por um tempo maior ou menor segundo o grau de sua culpa (STRONG apud LIMA p. 155).

O ensino a respeito do purgatório foi aceito pela igreja católica no século XII, porém posto em prática após o Concílio de Trento, em pleno século XVI. O Concílio de Trento é conhecido por ser a resposta da igreja católica à reforma protestante.

2- Os adventistas ensinam a respeito do sono da alma.

Conforme esta doutrina após a morte a pessoa passa pelo estado conhecido pelo termo o sono da alma, isto é, no hades. Porém, percebe-se o erro desta doutrina nas palavras de Jesus:

Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos (Mt 22.32).

Outra passagem que descreve o erro deste ensino é a narrativa de Lucas no capítulo dezesseis, em que o rico de maneira consciente pede ajuda a Abraão.

3- Os espiritas ensinam a respeito da reencarnação.

O indivíduo após a morte pode nascer em um novo corpo, esta é a principal afirmação da doutrina espírita que ensina a respeito da reencarnação. Os espíritas afirmam que há oito esferas pelas quais passam os espíritos para a purificação, que para os indianos adeptos desta doutrina, poderá chegar até seiscentas mil reencarnações.

Portanto, para maior compreensão do ensino a respeito do estado intermediário dos mortos, há três palavras fundamentais: sheol, hades e paraíso.

O termo sheol tem como significado sepultura ou estado dos mortos. Andrade assim define:

Palavra hebraica que designa o lugar dos mortos. O mesmo que hades e inferno. Segundo o Novo Testamento, é o lugar onde as almas dos iníquos aguardam o Juízo Final (p. 227).

Hades é o lugar destinado aos ímpios. Andrade assim define:

É sinônimo de inferno... Na septuaginta, tal palavra é usada como sinônimo do vocábulo hebraico sheol (p. 143).

Já o termo paraíso corresponde ao lugar de repouso e felicidade.

Antes ao Calvário o hades estava dividido em duas partes, a que destinava os ímpios e a que destinava aos justos. Porém, depois do Calvário houve uma mudança:

Houve uma mudança dentro do mundo das almas e espíritos dos mortos (...). Quando Cristo enfrentou a morte e a sepultura, e as venceu, efetuou uma mudança radical no sheol-hades (Ef 4.9,10; Ap 1.17,18). A parte do paraíso foi transladada para o terceiro céu, na presença de Deus (2 Co 12.2,4), separando-se completamente das partes inferiores, onde continuam os ímpios mortos. Somente os justos gozam dessa mudança em esperança pelo dia final, quando esse estado temporário se acabará, e viverão para sempre com o Senhor num corpo espiritual ressurreto (CABRAL apud LIMA, p. 147,148).

II – RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

Vale ressaltar aqui a respeito do tipo de ressurreição (primeira ressurreição) que se divide pela seguinte ordem:

A ressurreição do Senhor Jesus (1 Co 15.23);

Os que ressuscitarão no momento do arrebatamento da igreja (1 Co 15.23,24);

A ressurreição das duas testemunhas (Ap 11.11,12);

E, a ressurreição dos mártires da grande tribulação (Ap 20.4).

Tipo de ressurreição que corresponde com aqueles que ressuscitarão e nunca mais verão a morte, pois os que participaram nos tempos antigos da ressurreição de mortos voltaram a morrer, assim também ocorrerá com os que participarão da ressurreição dos mortos, pois ressuscitarão para serem condenados a segunda morte, ou seja, a morte eterna.

III – TIPOS DE RESSURREIÇÕES

Ressurreição significa “volta miraculosa à vida”. E no contexto Sagrado há três tipos de ressurreição: ressurreição de mortos, ressurreição dentre os mortos e ressurreição dos mortos.

1- Ressurreição de mortos. É o tipo de ressurreição que abrange todos aqueles que por milagre divino tiveram suas vidas restabelecidas. Os exemplos são: o filho da viúva de Sarepta (1 Rs 17.21-22), o filho da Sunamita (2 Rs 4.34,35), o homem que tocou os ossos de Eliseu (2 Rs 13.43,44), o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17), a filha de Jairo ( Mc 5. 40-42), Lázaro (Jo 11.43,44), Tabita (At 9.40,41) e o jovem Êutico (At 20.9-12).

2- Ressurreição dentre os mortos. Neste segundo tipo de ressurreição encontra pela ordem a ressurreição do Senhor Jesus (1 Co 15.23), os que ressuscitarão no momento do arrebatamento da igreja (1 Co 15.23,24), as duas testemunhas (Ap 11.11,12) e a ressurreição dos mártires da grande tribulação (Ap 20.4).

3- Ressurreição dos mortos. É o tipo de ressurreição que abrange a todos aqueles que morreram em seus delitos e pecados, ou seja, é a ressurreição geral (Jo 5.29).

Referência

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas, esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

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