A Ascensão de Salomão e a Construção do Templo
A presente lição apresenta a seguinte
descrição na verdade prática:
O pedido de sabedoria feito
por Salomão a Deus aponta para a maturidade espiritual que Deus deseja para
seus filhos.
A palavra maturidade deriva do grego τελειος
que tem como significado “que chegou ao fim, termo, limite”, ou seja,
corresponde com idade plena, completo, adulto, perfeito, pleno, em nada
faltando, ou desenvolvimento maduro. E para parafrasear com respaldo bíblico a
verdade prática é válido citar o seguinte versículo:
Contudo, falamos de sabedoria
entre aqueles que já têm maturidade; não me refiro, entretanto, à sabedoria
desta era ou dos poderosos deste século, que estão sendo reduzidos a nada (1 Co 2.6).
I – A
SABEDORIA DE SALOMÃO
Há dois pontos fundamentais que são
necessários para a compreensão da sabedoria: primeiro, a fonte da sabedoria; e,
em segundo, o propósito da sabedoria.
Observando a respeito da fonte da sabedoria,
chega-se a duas conclusões, ou ela tem como fonte o saber popular ou saber
divino. O saber popular permite compreender que o conhecimento produzido por
meio das informações outorga sabedoria. Porém, quem outorga a sabedoria ao
homem é Deus, mesmo que esta seja alcançada por meio do treinamento e por meio
da disciplina.
Sendo que o treinamento
visa o desenvolvimento do conhecimento e o desenvolvimento da justiça e da
retidão, pois, o verdadeiro sábio, contudo, é, ao mesmo tempo justo e reto (GONÇALVES, 2013, p.12).
O propósito da sabedoria para uma vida
correta se resume nos valores morais e nos valores espirituais. Os valores
morais se resumem na prática diária para com o próximo, enquanto que os valores
espirituais no palmilhar do cristão para com Deus.
[...] Um sábio não é
alguém dotado apenas de muita informação ou inteligência, mas alguém que
aprendeu que o temor do Senhor é a base de toda moral-social
(GONÇALVES, 2013, p.17).
Portanto, temor do Senhor não corresponde a
ter medo de Deus, porém corresponde a ter a consciência que toda vida deverá
ser vivida na presença do Senhor na prática do respeito, no desviar do pecado e
no fazer daquilo que é certo perante a pessoa de Deus (Pv 14.2).
Sendo assim no que corresponde ao sucesso de
Salomão percebe-se que a chave para a compreensão se encontra na seguinte
verdade: Salomão pediu a Deus sabedoria para governar a nação de Israel.
A teu servo, pois, dá um
coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre
o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo? (1 Re 3.9).
II – A
CONSOLIDAÇÃO DO PODER
Duas palavras são centrais para compreender o
presente tópico: glória e orgulho. Salomão governou em período pleno de glória
e paz, porém foi vitimado pelo orgulho do ser humano enraizado pela natureza
pecaminosa, isto é, pela soberba da vida.
A glória de Deus manifestada no reinado de
Salomão é estabelecida no processo construtivo do templo, pois o templo para o
povo de Israel era o símbolo da presença de Deus e na sua inauguração a glória
de Deus se manifestou de tal maneira (2 Cr 5.13,14). Lembrando que o templo foi
construído em sete anos (1 Re 6.37,38).
Logo, se o orgulho é fato verídico para com os
desastres espirituais, percebe-se que Salomão no fim de sua trajetória
administrativa faltou com a humildade perante Deus no processo administrativo
da nação israelita, sendo assim;
Humildade é a ausência
completa do orgulho. Sua origem vem do latim “húmus” que significa “filhos da
terra”. Etimologicamente, humildade também deriva “homem” (homo) e “humanidade” (GABY & GABY, 2018, p. 149).
III – A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO
Por meio de uma aliança o rei Salomão
conseguiu a obtenção de materiais necessários para a construção do templo.
Logo, Salomão obteve sabedoria para realizar alianças. Em meio às crises Deus
outorga sabedoria para os seus servos para que estes saibam sair das crises.
Houve contribuição voluntária para a
construção do templo, fato que indica que Salomão havia sido reconhecido pelo
povo, assim também como o seu reino havia sido reconhecido pela nação.
A sabedoria do rei se notifica quando este
conduziu a Arca da Aliança para o templo. Fazer a coisa certa na hora certa
proporciona a manifestação das copiosas bênçãos de Deus para o seu povo. Assim
fez Salomão.
Referências
GONÇAVES,
José. Sábios Conselhos para uma vida
vitoriosa. Rio de Janeiro: CPAD: 2013.
GABY,
Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As
Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida
abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.