Deus é Fiel

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terça-feira, 29 de junho de 2021

EBD - Subsídio da Lição: A Ascensão de Salomão e a Construção do Templo

A Ascensão de Salomão e a Construção do Templo

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

O pedido de sabedoria feito por Salomão a Deus aponta para a maturidade espiritual que Deus deseja para seus filhos.

A palavra maturidade deriva do grego τελειος que tem como significado “que chegou ao fim, termo, limite”, ou seja, corresponde com idade plena, completo, adulto, perfeito, pleno, em nada faltando, ou desenvolvimento maduro. E para parafrasear com respaldo bíblico a verdade prática é válido citar o seguinte versículo:

Contudo, falamos de sabedoria entre aqueles que já têm maturidade; não me refiro, entretanto, à sabedoria desta era ou dos poderosos deste século, que estão sendo reduzidos a nada (1 Co 2.6).

I – A SABEDORIA DE SALOMÃO

Há dois pontos fundamentais que são necessários para a compreensão da sabedoria: primeiro, a fonte da sabedoria; e, em segundo, o propósito da sabedoria.

Observando a respeito da fonte da sabedoria, chega-se a duas conclusões, ou ela tem como fonte o saber popular ou saber divino. O saber popular permite compreender que o conhecimento produzido por meio das informações outorga sabedoria. Porém, quem outorga a sabedoria ao homem é Deus, mesmo que esta seja alcançada por meio do treinamento e por meio da disciplina.

Sendo que o treinamento visa o desenvolvimento do conhecimento e o desenvolvimento da justiça e da retidão, pois, o verdadeiro sábio, contudo, é, ao mesmo tempo justo e reto (GONÇALVES, 2013, p.12).

O propósito da sabedoria para uma vida correta se resume nos valores morais e nos valores espirituais. Os valores morais se resumem na prática diária para com o próximo, enquanto que os valores espirituais no palmilhar do cristão para com Deus.

[...] Um sábio não é alguém dotado apenas de muita informação ou inteligência, mas alguém que aprendeu que o temor do Senhor é a base de toda moral-social (GONÇALVES, 2013, p.17).

Portanto, temor do Senhor não corresponde a ter medo de Deus, porém corresponde a ter a consciência que toda vida deverá ser vivida na presença do Senhor na prática do respeito, no desviar do pecado e no fazer daquilo que é certo perante a pessoa de Deus (Pv 14.2).

Sendo assim no que corresponde ao sucesso de Salomão percebe-se que a chave para a compreensão se encontra na seguinte verdade: Salomão pediu a Deus sabedoria para governar a nação de Israel.

A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo? (1 Re 3.9).

II – A CONSOLIDAÇÃO DO PODER

Duas palavras são centrais para compreender o presente tópico: glória e orgulho. Salomão governou em período pleno de glória e paz, porém foi vitimado pelo orgulho do ser humano enraizado pela natureza pecaminosa, isto é, pela soberba da vida.

A glória de Deus manifestada no reinado de Salomão é estabelecida no processo construtivo do templo, pois o templo para o povo de Israel era o símbolo da presença de Deus e na sua inauguração a glória de Deus se manifestou de tal maneira (2 Cr 5.13,14). Lembrando que o templo foi construído em sete anos (1 Re 6.37,38).

Logo, se o orgulho é fato verídico para com os desastres espirituais, percebe-se que Salomão no fim de sua trajetória administrativa faltou com a humildade perante Deus no processo administrativo da nação israelita, sendo assim;

Humildade é a ausência completa do orgulho. Sua origem vem do latim “húmus” que significa “filhos da terra”. Etimologicamente, humildade também deriva “homem” (homo) e “humanidade” (GABY & GABY, 2018, p. 149).

III – A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

Por meio de uma aliança o rei Salomão conseguiu a obtenção de materiais necessários para a construção do templo. Logo, Salomão obteve sabedoria para realizar alianças. Em meio às crises Deus outorga sabedoria para os seus servos para que estes saibam sair das crises.

Houve contribuição voluntária para a construção do templo, fato que indica que Salomão havia sido reconhecido pelo povo, assim também como o seu reino havia sido reconhecido pela nação.

A sabedoria do rei se notifica quando este conduziu a Arca da Aliança para o templo. Fazer a coisa certa na hora certa proporciona a manifestação das copiosas bênçãos de Deus para o seu povo. Assim fez Salomão.

Referências

GONÇAVES, José. Sábios Conselhos para uma vida vitoriosa. Rio de Janeiro: CPAD: 2013.

GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – A Santa Ceia, o amor e a ressurreição

 A Santa Ceia, o amor e a ressurreição

Conforme a Síntese:

O sacrifício de Jesus na cruz foi o maior exemplo de amor sacrificial. Lembrando que, Um dos principais assuntos da carta é a cruz de Cristo, que já foi abordado em capítulos anteriores. Neste último capítulo, será dado destaque a outros ensinos que são principais na Carta, como a Ceia do Senhor, o poema do amor, a ressurreição e o destino do cristão salvo (NEVES, 2021, p. 145).

A presente lição tem como objetivos:

Mostrar as orientações de Paulo a respeito da celebração da Ceia do Senhor;

Conhecer o poema do amor;

Saber a respeito da ressurreição e o destino do cristão salvo.

I – ORIENTAÇÕES A RESPEITO DA CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

Libertação é a palavra chave para compreender a importância espiritual da santa ceia, ou seja, quando o povo de Deus estar reunido, percebe-se que os membros do corpo de Cristo estão reunidos com o propósito único celebrar pela libertação obtida do domínio do pecado.

E dois são os elementos essências para com a realização da santa ceia: o vinho e o pão. O Vinho representa o sangue do Senhor Jesus, logo é o símbolo da Nova Aliança. Já o pão representa o corpo de Jesus, simbolizando a entrega de Cristo pela igreja, outorgando uma Nova vida.

Para plena compreensão da santa ceia segundo o que escreveu Paulo em 1 Coríntios 11, pode sintetizar conforme as palavras do esboço que segue-se:

I - A Ceia é obrigatória

A= É ordenada por Cristo (1 Co 11. 23-26)

B= Observada pela Igreja Primitiva (At 2. 42; 20.11)

II - Santa Ceia é um memorial (1 Co 11. 26)

III - Santa Ceia é um anuncio profético (1 Co 11. 26)

IV - Como Participar da Santa Ceia

A= de maneira digna (1 Co 11.27)

B= sem julgamentos (1 Co 11. 31)

C= em ordem (1 Co 11. 33)

II – O POEMA DO AMOR

Os capítulos 12 e 14 de 1 Coríntios tem uma relação direta com o conteúdo do capítulo 13, pois o capítulo 12 conclui com as seguintes palavras: portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.

Surge a seguinte pergunta ao lê 1 Coríntios 12.31: que caminho é este?

Já a introdução do capítulo 14 cita as seguintes palavras: segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.

Surge a seguinte pergunta ao lê 1 Coríntios 14.1: como seguir o amor?

Portanto, o caminho mais excelente é o amor. E seguir o amor tem como definição: apressar em direção ao amor, correr ao amor, perseguir o amor e aspirar ao amor.

O amor divino (ágape) é imutável, sacrificial e espontâneo. Por amou Jesus foi entregue para salvar a humanidade (Jo 3.16). Quando este amor é operante na vida do indivíduo o mesmo passa a amar até mesmo os seus inimigos (Mt 5.44).

O amor como virtude cristã não corresponde com sentimentos e nem com ações que esperam recompensas, porém trata-se de um dom divino.

Se João 3.16 descreve o amor em sentido vertical, ou seja, a ação de Deus em amar incondicionalmente os seres humanos. A mensagem de 1 João 3.16 enfatiza o amor no sentido horizontal, indicando que é dever do cristão amar uns aos outros.

III – A RESSURREIÇÃO E O DESTINO DO CRISTÃO SALVO

Há cinco provas categóricas a respeito da ressurreição de Jesus, que são: o sepulcro vazio, as aparições do Messias, a transformação dos discípulos, a mudança do dia de descanso e a existência da igreja.

1- O sepulcro vazio. A primeira prova da ressurreição do Messias é o sepulcro vazio “mas ao entrar, não acharam o corpo do Senhor Jesus” (Jo 20.1-8). A pedra que estava no sepulcro pesava em média duas toneladas e possuía o selo romano, fato que impedia a qualquer um de tocar na pedra. A pedra foi removida e o sepulcro ficou vazio.

2- As aparições do Messias. Jesus apareceu a Maria – como consolador; às mulheres – como restaurado da alegria; a Pedro – como restaurador; aos dez discípulos – como doador da paz; aos dois discípulos no caminho para Emaús – como instrutor; aos onze e a Tomé – como confirmador da fé; a Pedro e a João – como interessado nas atividades da vida; e, aos quinhentos – como chefia e com autoridade.

3- Os discípulos foram transformados. Pedro agia por impulso, porém após a ressurreição de Jesus o apóstolo passou a pensar conforme o querer do Espírito Santo. Logo esta é mais uma prova da ressurreição de Jesus.

4- A mudança do dia de descanso. Na Antiga Aliança o sábado era o dia em que as atividades religiosas eram realizadas, porém com a ressurreição de Jesus os discípulos não mais observaram o sábado como dia santo, mas utilizaram do domingo para as principais celebrações da igreja (At 20.7).

5- A existência da igreja. A igreja existe não por ser uma organização perfeita, mas porque Jesus ressuscitou dos mortos. O trabalho do Senhor Jesus continua a ser realizado na terra, sendo que esta atividade nos dias atuais é desenvolvida pela igreja, portanto porque Jesus vive a igreja continua.

REFERÊNCIAS

NEVES, Natalino das. O cuidado de Deus com o corpo de Cristo: Lições da carta do apóstolo Paulo aos coríntios para os nossos dias. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

domingo, 20 de junho de 2021

Subsídio da Lição: A multiforme sabedoria de Deus

 A multiforme sabedoria de Deus

A presente lição se fundamentaliza na seguinte Verdade Prática:

A multiforme sabedoria de Deus vai além da compreensão humana e é demonstrada ao mundo pela Igreja de Cristo. A igreja é a agência de Deus na terra. Pois, é por meio da igreja que o mundo tem a oportunidade de conhecer a multiforme sabedoria de Deus. A bênção de Deus para a humanidade se concretiza na obra salvífica de Jesus na cruz.

Foi na cruz que Jesus reconciliou a humanidade perdida com Deus. Também foi na cruz que os inimigos da paz foram vencidos: satanás, o pecado, a doença e a morte. Foi também na cruz que a Lei se cumpriu. A lei condenava e condena o melhor dentre homens, enquanto que no período pós a cruz a graça salva e transforma o pior dentre homens.

A presente lição tem como objetivo geral: Mostrar o caráter multiforme da sabedoria divina. E como objetivos específicos: Explicar o caráter diverso dos dons espirituais e ministeriais; Elencar as qualidade dos bons despenseiros dos mistérios divinos; e, Correlacionar os dons espirituais com o fruto do Espírito.

I – OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS

1- São diversos.

2- São amplos.

3- Dádivas do Pai.

O presente trimestre apresentou três divisões a respeito dos dons: os dons ministeriais, os dons de serviços e dons espirituais.

Percebe-se que os dons são diversos e ao mesmo tempo são amplos, pois abrange o suprimento das necessidades dos homens.

Pode se acrescentar aos dons estudados: ministrar (ou seja, serviço. Os dons de serviço abrangem sete dons: socorro, misericórdia, fé, discernimento de espíritos, liderança, administração e mordomia), ensino (apesar deste dom está associado ao ministério de doutor) e exortação (Rm 12.6-8).

Os dons são dádivas de Deus para a humanidade, porém nem um dom é superior à dádiva da vida eterna outorga por Deus ao entregar o seu único filho para morrer em prol da humanidade. Toda dádiva de Deus é complementada por outra, a dádiva do amor, revelada na cruz que proporcionou a dádiva de filhos de Deus.

Os anjos são considerados filhos de Deus da criação, os israelitas são os filhos da eleição, Adão é o filho da formação, e por fim, a igreja é de fato o conjunto de filhos de Deus da adoção. Esta dádiva, a de filhos da adoção de Deus, outorga aos cristãos o direito de chamar a Deus de Pai (Gl 4.4-6).

II – BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DIVINOS

1- Com sobriedade e vigilância.

2- Amor e hospitalidade.

3- Despenseiro deve administrar com fidelidade.

Despenseiros são mordomos ou administradores de uma casa. Como despenseiros de Deus o cristão é o administrador da igreja que tem como missão edificar os outros, e como dever desenvolver um ministério sóbrio, vigilante, hospitaleiro e fiel.

Despenseiros são as pessoas que tomam conta da despensa de uma casa, ou do lugar onde são guardados os alimentos e outros itens necessários à manutenção da família. O apóstolo Pedro exorta os destinatários da sua primeira carta, quanto à iminente vinda de Jesus, fazendo solene advertência sobre como os cristãos devem comportar-se, “como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (1 Pe 4.10) (RENOVATO, 2021, p. 152).

A ética cristã possui duas dimensões: vertical e horizontal. A primeira dimensão se resume no amor ágape, isto é, no amor de Deus para com o homem e assim vice versa, pois “nós o amamos, por que Ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). Já a segunda dimensão corresponde com o amor ao próximo.

É de responsabilidade do líder cristão, amar a todos os que estão a sua volta e todos os que estão ao alcance da sua administração.

A parábola do bom samaritano apresenta ações do verdadeiro despenseiro: primeira ação, entender o necessitado; segunda ação, cuidar do necessitado; terceira ação, hospedar o necessitado; e por como quarta ação, suprir a necessidade do necessitado. Em suma, a ação do bom samaritano se resume no serviço do cristão em abençoar a todos que necessitam da multiforme graça de Deus (Lc 10.25-37).

III – OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO

1- A necessidade dos dons espirituais.

2- Os dons espirituais e o amor cristão.

3- A necessidade do fruto do Espírito.

O evangelista João registra as seguintes descrições do fruto: produtividade (dá fruto – Jo 15.2), abundância (mais fruto ou muito fruto – Jo 15.2,5,8) e a permanência do fruto (Jo 15.16).

No presente capítulo Jesus é apresentado como videira verdadeira, o Pai é apresentado como lavrador e os cristãos como varas (Jo 15.1,2). As varas frutíferas são limpas pela palavra para darem mais frutos (Jo 15.3), logo se percebe o poder da palavra para santificar e moldar o estilo de vida dos cristãos; tanto para com Deus, como para com o próximo e também para consigo mesmo.

Por fim, O uso dons deve dar lugar a um exercício constante em busca da maturidade cristã. A falta de maturidade leva os detentores de dons a serem carnais e infantis na fé. A igreja de Corinto possuía em seu seio todos os dons, mas os crentes não estavam maduros na fé (RENOVATO, 2021, p. 137).

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais, servindo a Deus e aos com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – Da circuncisão e dos alimentos sacrificados aos ídolos

 Da circuncisão e dos alimentos sacrificados aos ídolos

Conforme a Síntese:

O que salva o ser humano não são os rituais religiosos, mas a fé no sacrifício vicário de Cristo Jesus. Lembrando que um, [...] assunto que estava dividindo as opiniões e causando dissensões entre os coríntios era a compra da carne nos açougues, que, naquela cultura, vendiam as carnes que sobravam dos sacrifícios que eram realizados em oferta aos deuses romanos, gregos e locais (NEVES, 2021, p. 135).

A presente lição tem como objetivos:

Mostrar a circuncisão no Antigo Testamento;

Conhecer a circuncisão e o cristianismo;

Saber a respeito dos alimentos sacrificados aos ídolos em Corinto.

I – A CIRCUNCISÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

Ao analisar o tema circuncisão no Antigo Testamento percebe-se que o ato em si tem sua origem na chamada de Abraão, e torna-se um ritual obrigatório conforme a Lei de Moisés, porém a circuncisão se apresenta ineficaz para livrar o ser humano do domínio do pecado.

A circuncisão corresponde em cortar o prepúcio e se associa com a purificação. Fato importante referente à retirada do prepúcio dos homens é uma garantia saudável outorgada para com as mulheres, pois estas terão menos possibilidades de se acometerem de impurezas físicas após as relações sexuais.

Igualmente, importante salutar corresponde com a ineficácia da circuncisão no que se trata da justificação, pois a justificação é o elo da salvação que retira a penalidade do pecado. A justificação pode ser entendida em ser:

Salvação dos pecados praticados no passado. Libertação da penalidade ou da culpa do pecado. Um ato da graça. Momentânea. E ocorre enquanto o indivíduo estiver no mundo. Entretanto, sem a ressurreição de Jesus não haveria a justificação.

II – A CIRCUNCISÃO E O CRISTIANISMO

Relato importante referente à circuncisão no Novo Testamente corresponde com O Concílio de Jerusalém onde que por decisão, os judeus por tradição continuariam com a prática da circuncisão, porém este ato não seria necessário aos gentios que provavelmente A notícia sobre a decisão tomada no Concílio deve ter sido recebida com grande alegria pela comunidade dos gentios, que não se sentia incluída nessa tradição judaica específica e nacional (NEVES, 2021, p. 139).

Conforme os ensinos do apóstolo dos gentios compreende que Paulo mostrou que a verdadeira circuncisão não é a externa. Mas a que se pratica no coração (Cl 2.11). Advém esta do verdadeiro arrependimento e da verdadeira fé nos desígnios de Deus (ANDRADE, 1997, p. 63).

Ao escreve aos romanos o apóstolo Paulo corrobora com a verdade de que o interior transformado é que fomenta a mudança para o exterior, e não é o exterior que possibilitará a transformação do interior, ou seja, a verdadeira circuncisão é a do coração. A circuncisão do coração corresponde com o cortar de tudo aquilo que desagrada a Deus que está alojado no mais profundo do íntimo do humano (Rm 2. 29).

III – ALIMENTOS SACRIFICADOS AOS ÍDOLOS

A cidade de Coríntio era um centro econômico e pagão do período da igreja primitiva. No que corresponde à economia desenvolvida por meio do comércio percebe-se a associação entre a venda de carnes e sendo que estas carnes eram oferecidas aos ídolos. A ação estava associada aos sacrifícios de animais e as carnes que sobravam dos rituais religiosos eram vendidas no dia seguinte nos açougues.

Com o crescimento da igreja e com a presença da comunidade judia no seio eclesiástico, percebeu-se que os conflitos tornaram evidentes e constantes no que se relacionava ao ato de consumir ou não as carnes vendidas nos açougues da cidade. Logo, na comunidade cristã de coríntio existiam dois grupos no que tange ao consumo da carne vendida nos açougues:

O primeiro grupo correspondia com os que compravam e consumiam a carne vendia nos açougues.

Já o segundo grupo era composto por aqueles que não corroboravam com a ideia de comprarem e consumirem carne oferecida aos ídolos.

Paulo recomenda aos primeiros: “vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos” (v.9), que ficavam com suas consciências contaminadas (v.7). Em outras palavras, Paulo está dizendo que não há problemas, mas, devido aos fracos, os fortes devem evitar comprar a carne do açougue, como uma forma de apaziguar os ânimos na comunidade (8.8-13) (NEVES, 2021, p. 143).

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

NEVES, Natalino das. O cuidado de Deus com o corpo de Cristo: Lições da carta do apóstolo Paulo aos coríntios para os nossos dias. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

terça-feira, 15 de junho de 2021

Quando a igreja é a principal preocupação: Dualismo entre a lealdade de uma maioria e o descontentamento por parte da minoria

 Dualismo entre a lealdade de uma maioria e o descontentamento por parte da minoria

Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; (2 Co 4.7-10)

A segunda carta do apóstolo Paulo a igreja em Corinto é considerada a mais autobiográfica das epístolas, pois o escritor relata momentos referentes à sua própria vida. E dentre suas narrativas doutrinária Paulo apresenta termos chaves que proporcionam o pleno conhecimento do viver cristão, como por exemplo: aflição, fraqueza, lágrimas, perigos, tribulações, sofrimentos, ministério e consolação.

Para Miranda:

Essa carta tem duas ênfases básicas. Uma delas é a defesa que Paulo faz do seu ministério. A outra está relacionada com a natureza da obra de Deus. Numa das passagens mais belas da carta, Paulo afirma que teme o Senhor e persuade os homens, porque é cabalmente conhecido por Deus. Não havia um só espaço do seu corpo, da sua cabeça ou do seu coração que não fosse conhecido por Deus  2 Co 5.11-21 (p. 93, 94).

Em defesa da maioria leal (1.12-7.16)

O desenvolvimento do ministério frutífero do apóstolo Paulo está relacionado ao chamado de Deus e com o compromisso para com os servos do Senhor que são leais em tudo. E para com os motivadores de uma jornada frutífera o apóstolo escreve a respeito: dos frutos do ministério, também a respeito de ser o Senhor Jesus Cristo o assunto primordial a ser pregado e assim como a respeito da plenitude do ministério da reconciliação.

A respeito do ministério da reconciliação é necessário compreender que reconciliar é tornar um, ou seja, é permitir que aqueles que se separaram por algum motivo retornem e sejam reconduzidos ao ambiente de outrora.

Motivo às vezes considerado sem valor, porém com poder totalmente destruidor. Logo, sendo o cristão embaixador de Cristo mediará a reconciliação, proporcionando a unidade onde reinava a separação. Desenvolver o ministério da reconciliação é ser um embaixador de Cristo na terra.

E como embaixador de Cristo é de responsabilidade do cristão propagar a mensagem da salvação a todos os homens, inclusive para com aqueles que se desviaram da jornada cristã.

Argumentando aos descontentes (10.1-13.10)

É notória a existência de crentes descontentes com toda a ação desenvolvida pela igreja. Assim era também nos dias de Paulo em que uma minoria descontente menospreza a mensagem, a oratória, a origem e a vocação do ministério do apóstolo. Portanto, o apóstolo Paulo para com os descontentes argumentou de forma nítida a respeito da marca frutífera do apostolado, o desenrolar do ministério de um apóstolo e a autoridade exercida por um apóstolo.

1- As marcas do apóstolo. Este título torna-se claro quando percebe a dedicação de Paulo para com o crescimento da igreja. Os frutos são as marcas necessárias de toda boa obra exercida para a glória do Senhor.

2- O ministério do apóstolo. O dom ministerial de apóstolo corresponde com aquele que é enviado pelo Senhor Jesus. Pois, o termo apóstolo corresponde com aquele que é pelo Senhor Jesus chamado para expandir a mensagem da salvação, ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura (Mt 16.15).

Sendo que no Novo Testamento o apóstolo é uma pessoa chamada e enviada, assim como Jesus foi enviado pelo Pai, tendo como missão do ofício:

Salvar o pecador com autoridade, pregar o evangelho com poder, exercer o ofício com graça e amor. Por fim, assim como Jesus desenvolveu seu ministério com autoridade, poder, graça e amor. Assim foi o ministério do apóstolo Paulo.

3- A autoridade do apóstolo. A autoridade apostólica desenvolvida por Paulo nunca foi um ato coercivo, ou seja, na prática a autoridade apostólica de Paulo foi um ato mediante a graça divina, pois o reconhecimento e o respeito ao ministério sobrevém naturalmente, isto é, no contexto espiritual ocorre de maneira sobrenatural.

Referência

MIRANDA, Valtair. Fundamentos da Teologia Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.

domingo, 13 de junho de 2021

Subsídio da Lição: O Diaconato

 Subsídio da Lição: O Diaconato

A presente lição se fundamentaliza na seguinte Verdade Prática:

Embora o diaconato seja um ministério específico, a diaconia é uma missão de todo o crente.

Portanto, é necessário compreender que o diácono é um ministro auxiliar do pastor. Sendo que na prática o diácono desenvolve uma atividade altamente espiritual. A palavra diácono no grego tem como significado servo. A missão do diácono conforme o texto de Atos 6.1-6 é servir as mesas e também cuidar das viúvas. Há exemplo de excelentes diáconos na Bíblia e dentre eles há um destaque específico ao ministério diaconal de Estevão e Filipe.

Os primeiros diáconos foram os sete discípulos eleitos para auxiliarem os apóstolos e foram encarregados de todos os negócios seculares da comunidade: cuidavam das viúvas e dos pobres da Igreja primitiva (Atos 6.1-6) (SEIFA, 2007, p.10).

O termo diácono aparece 30 vezes no Novo Testamento, sendo que em 20 casos a palavra é traduzida por ministro, que de fato tem como significado e representação o servo (1 Tm 3.10,13).

Entretanto, Mostrar a importância da função de diácono é o objetivo geral da presente lição, que também apresenta os seguintes objetivos específicos: analisar o estilo de vida diaconal de Jesus; explicar a instituição do ministério do diácono; e, discorrer sobre o perfil e a função do diácono.

I – A DIACONIA DE JESUS CRISTO

1- Significado do termo.

2- Serviço de escravo.

3- O discípulo é um serviçal.

Em seu ministério Jesus demonstrou na prática a diaconia, pois nas ações exercidas pelo Mestre o serviço em proporcionar melhorias para as pessoas a sua volta eram nítidas. Após a ceia o Mestre lavou os pés dos discípulos indicando submissão e conhecimento do que o mesmo deveria exercer perante a humanidade.

O maior serviço exercido por Jesus foi o de entregar a sua própria vida para resgatar a muitos (Mc 10.43-45). O evangelista Marcos apresenta em seu evangelho a seguinte chave para compreensão da mensagem do livro (Mc 10.45) “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”.

O evangelho foi escrito para a igreja que se encontrava em Roma, que segundo dados históricos, sofria naqueles dias terrível perseguição originada do incêndio provocado por Nero. Porém, Nero culpou os cristãos pelo o incêndio e produziu em seguida a perseguição aos cristãos. A obra foi escrita provavelmente em 65 a 67 d.C, tendo como objetivo apresentar Jesus como servo.

Por fim, a diaconia do Mestre Jesus ensina que a mensagem cristocêntrica deve ser executada com humildade, tendo como foco o bem-estar do próximo.

II – A INSTITUIÇÃO DOS DIÁCONOS

1- O conceito da função.

2- Origem do diaconato.

3- A escolha dos diáconos.

O diácono no exercício eficiente e eficaz do ministério poderá muito bem desenvolver a atividade do pastor aprovado, assim também como de um excelente presbítero, ou seja, não há limitação para a atividade daqueles que por Deus foram chamados.

A origem do ministério está relacionada com a expansão da igreja. Com o crescimento da igreja primitiva as necessidades da comunidade cristã tornaram-se notórias e motivaram o surgimento de murmurações. Porém, com o surgimento dos questionamentos Deus outorgou sabedoria aos apóstolos para escolher auxiliares para o ministério.

O ministério ou serviço dos diáconos surgiu a partir de uma bênção, de um problema e de uma murmuração. A bênção foi o crescimento extraordinário dos que criam em Jesus e o aceitavam como Salvador, deixando o judaísmo e outras religiões e tornavam-se cristãos. O problema foi causado pela situação social de muitos que aceitavam a fé, especialmente envolvendo viúvas dos gregos ou gentios, que aceitavam o evangelho. A murmuração foi a reclamação desses, que se julgavam discriminados pelos líderes da Igreja, em relação ao atendimento de suas necessidades básicas (RENOVATO, 2021, p. 137).

A escolha dos diáconos está relacionada com três características básicas na vida de um obreiro eficaz. São elas: boa reputação, cheio do Espírito Santo e cheio de sabedoria.

Boa reputação relaciona se ao posicionamento ético e moral do obreiro. Ou seja, que este tenha boa fama na sociedade. Cheios do Espírito Santo se relaciona com o recebimento do batismo e também indica um ministério profético sob a inspiração do Espírito Santo. Em suma o obreiro deve ser sábio. A sabedoria indica a capacidade de julgar corretamente e agir prudentemente.

III – O PERFIL E FUNÇÃO DO DIÁCONO

1- Qualificações do diácono.

2- A função dos diáconos em Atos 6.

3- A função dos diáconos.

Em Atos 6.5, estão registrados os nomes dos primeiros diáconos que foram escolhidos por terem requisitos fundamentais para o exercício do ministério. A escolha dos sete diáconos foi baseada na necessidade de auxílio aos apóstolos. Sendo assim, coube aos diáconos à função de cuidar das viúvas e dos pobres da igreja (At 6.1).

A expressão servir às mesas corresponde à administração de fundos para o serviço social. Entretanto, a função dos diáconos não está limitada a atividades materiais, pois, assim também cabe ao diácono atividades espirituais, como: servir a ceia.

[...] Diga-se, pois, que o serviço do Diácono é tanto material quanto espiritual. É um serviço de auxiliar do pastor e dos presbíteros. Haja vista que as qualificações exigidas são as mesmas. Os Diáconos devem ser altamente espirituais, cheios de fé e do Espírito Santo (SEIFA, 2007, p.11).

Paulo em sua Carta pastoral a Timóteo cita algumas qualificações morais correspondentes ao ministério do diácono (1 Tm 3.8-13).

a) Honestos (v.8): palavra que indica respeito adquirido por conduta.

b) Não de língua dobre (v.8): isto é, de uma só palavra. Pessoa sincera e honesta para com os outros.

c) Não dado a muito vinho (v.8): o diácono não poderá ser inclinado ao vinho.

d) Não cobiçoso de torpe ganância (v.8): o diácono não poderá ser escravo do dinheiro e nem das riquezas. Assim como todo cristão o diácono deverá buscar primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça (Mt 6.33).

e) Marido de uma só mulher (v. 12): tal qualificação não corresponde apenas com a afirmação da monogamia, mas também se trata da importância do diácono ser fiel em seu relacionamento conjugal. Marido de uma só mulher indica que o diácono deverá ser sempre fiel a sua esposa.

Para que o diácono seja bem sucedido na prática ministerial o mesmo deverá ser primeiramente testado (1 Tm 3.10). O teste relacionado ao diácono passa a ser uma analise direcionada ao estilo de vida e conduta que o mesmo desenvolve em seus relacionamentos. No relacionamento com a família o diácono deverá ser marido de uma mulher e que governe bem seus filhos, isto relaciona à conduta pedagógica, e que governe bem a sua própria casa, isto corresponde ao suprimento do que é necessário para a sobrevivência da família (1 Tm 3.12).

Portanto, o diácono deverá ser altamente espiritual, cheio do Espírito Santo e de boa conduta.

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais, servindo a Deus e aos com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

SEIFA. O Ministério do Diácono. Editora Visão: 2007.

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Subsídio da Lição: O Presbítero, Bispo ou Ancião

 Subsídio da Lição: O Presbítero, Bispo ou Ancião

A presente lição apresenta a seguinte Verdade Prática: O presbítero deve ser constituído por pessoas idôneas para auxiliar na administração da igreja local. Lembrando que com o crescimento da igreja primitiva surgiu à necessidade de um número maior de pessoas para auxiliar aos líderes na administração da igreja. Daí surgiu o presbítero como personagem importante na historiografia da igreja. Do grego o termo presbítero significa pessoa mais velha, ou seja, pessoa idônea, confiável e que alcançou a maturidade.

Os apóstolos, como verdadeiros evangelistas e missionários, não podiam ficar radicados num só lugar. Uns tinham que se dedicar à oração e à palavra (At 6.4). Outros precisavam sair evangelizando, mas o crescimento da obra exigia mais pessoas para ajuda-los. Assim, com o passar dos anos, foram surgindo crentes de mais idade, que demonstravam condição para cuidar dos mais novos convertidos. A boa semente do evangelho frutificava em vários lugares, e os líderes da Igreja (pertencentes ao Colégio Apostólico) tomaram providências para que em cada cidade, fossem estabelecidos líderes locais para cuidarem do rebanho (RENOVATO, 2021, p.129).

É importante compreender que o presbítero é considerado o grande amigo do pastor e principalmente quando o assunto se refere ao ensino e a administração eclesiástica. 

Entretanto, Apresentar a importância da função de presbítero é o objetivo geral da presente lição, que também apresenta os seguintes objetivos específicos: definir o termo e a função do presbítero; destacar a importância do presbítero; e, pontuar os deveres dos presbíteros.

I – A ESCOLHA DOS PRESÍTEROS

1- Significado da função.

2- A liderança local.

3- As qualificações.

A palavra presbítero tem como significado ancião. Aos presbíteros está a missão de cuidar da congregação, assim como é a função do pastor. No Novo Testamento os termos: pastor, bispo e presbíteros passam a ter a mesma função, a de dirigir a congregação local e de certa maneira cuidar das necessidades espirituais. Portanto, as ações administrativa e evangelística do presbítero deverão ser desenvolvidas mediante a palavra de Deus.

Ao longo dos séculos, a atividade do presbítero caracterizou-se pelo ministério de administrar as igrejas, bem como do ensino da Palavra. Sua função não é inferior à do pastor ou do evangelista. É atividade necessária para o bom ordenamento das atividades das igrejas locais. O presbítero é obreiro que colabora com o pastor da igreja, ajudando-o no cuidado do rebanho do Senhor Jesus Cristo (RENOVATO, 2021, p. 130).

O presbítero não poderá ser um recém-admitido no corpo de Cristo, pois é necessário que haja tempo para a preparação e crescimento espiritual. Para cuidar dos outros é necessário que o cristão tenha preparo e conhecimento, logo para chegar ao presbitério é necessário que o anelante ao ofício cresça na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18).

II – A IMPORTÂNCIA DO PRESBÍTERO

1- Significado do termo.

2- A atuação do presbítero.

3- A valorização do presbítero

A atuação do evangelista João como presbítero indica que este ministério deve ser honrado e valorizado.

A missão do presbítero é de tanta importância que o Novo Testamento dedica vários textos a respeito das qualificações que se devem exigir dos obreiros que são escolhidos para essa função ministerial. Não é um “dom de Deus”, como já vimos no estudo sobre Efésios 4.11. Mas é um ministério, no sentido a que Paulo se refere, ao dizer que “há diversidade de ministérios” (1 Co 12.5) (RENOVATO, 2021, p. 131).

Portanto, tendo como base de análise a vida do apóstolo João compreende-se que ele corrobora para com a humanidade deixando o legado de um brilhante mestre do ensino da palavra. O apóstolo João é bem claro em seus escritos. A clareza revelada na escrita de seu evangelho e assim como nas suas três cartas e no apocalipse indicam que o apóstolo João era um homem preocupado com a mensagem do evangelho.

A clareza está na objetividade dos escritos. João escreveu o evangelho com o propósito que creiais que Jesus é o Cristo o Filho de Deus e para que crendo, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31). Jesus é apresentado com dois nomes: Cristo e Filho de Deus. Cristo indica ungido, termo que João utiliza para chamar a atenção dos judeus. Porém, o nome Filho de Deus é o termo que João utiliza para chamar a atenção dos gentios. Em seguida vem o informativo que a vida está no nome de Jesus.

Na sua primeira epistola o evangelista João assim escreve o propósito da carta: estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creais no nome do Filho de Deus (1 Jo 5.13). Após crer e permanecer firme, a vida eterna é futuro certo e pertencente à igreja.

O evangelista também deixa o legado de companheirismo. O evangelista João é citado na bíblia como o discípulo a quem Jesus amava (Jo 13.23; 19.26) e é quem reclina sobre o peito de Jesus (Jo 13.25). Jesus teve doze apóstolos e apenas três eram próximos dEle e apenas um era íntimo. João era este apóstolo íntimo do mestre Jesus.

III – OS DEVERES DO PRESBÍTERO

1- Apascentar a igreja.

2- Liderar a igreja local.

3- Ungir os enfermos.

Sendo de fato o presbítero responsável pelo ensino da Palavra de Deus nota-se que é pertencente aos presbíteros o cuidado com o crescimento da igreja mediante o ensino bíblico. O presbítero quando ensina a bíblia torna-se um apologista da sã doutrina, isto porque o ancião como líder do rebanho, deve preservar a igreja local das investidas dos falsos mestres (RENOVATO, 2021, p. 137).

Todo indivíduo ao criar seus sonhos deseja de fato ser bem-sucedido na vida. Não difere quando o assunto é a obra de Deus. O presbítero é de fato servo de Deus na seara do Senhor e para que seu trabalho seja útil é necessário que o mesmo faça algo além daquilo que corresponda a uma obrigação específica ao ministério ao qual o mesmo tem o chamado (Lc 17.10).

O ministério do presbítero é uma excelente obra, por ensinar a palavra de Deus (Mt 28.19), e também por ser o presbítero uma das representações físicas a  respeito da administração da igreja, pois quem de fato governa a igreja é o Espírito Santo. O governo do Espírito Santo é realizado pela bíblia e também pela consciência do cristão.

Ao escrever a Timóteo, o apostolo Paulo enfatiza que o presbítero deverá governar bem a sua própria casa (1 Tm 3.4,5). Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar.

É função ao ministério do presbítero; planejar, ou seja, estabelecer objetivos para as atividades concernentes ao crescimento da Igreja. Assim como também é pertencente ao presbítero à função de auxiliar o pastor na organização, direção e coordenação da igreja. Entretanto, a administração do presbítero inicia se na sua própria casa, pois o mesmo mostrará como bom governante para com a igreja local quando tiver seus filhos submissos a ele (1 Tm 3.4). Ao ser provado na administração da sua própria casa, assim o presbítero passa a ser aprovado como ministro da casa do Senhor.

Portanto, o presbítero deverá entender que a administração eclesiástica não é algo aleatório, pois administrar a casa de Deus exige: objetivos, organização, planejamento, tempo e comando. Se o lar não tem objetivo, não é organizado, não tem planejamento, não tem tempo para os membros da família e não tem comando, como separar uma pessoa assim para o ministério da palavra.

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais, servindo a Deus e aos com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.