Sendo cautelosos nas opiniões
A lição “Sendo cautelosos nas opiniões” apresenta
a seguinte descrição na verdade prática:
Quando julgamos as pessoas,
nos colocamos em uma posição que não compete a nós, seres imperfeitos e falhas.
Sendo que a presente lição tem como objetivos
específicos: Compreender que não devemos julgar precipitadamente
o outro; conscientizar de que devemos primeiramente olhar para nós mesmos; e,
afirmar que não somos julgados pelo severidade de Deus.
I – NÃO
DEVEMOS JULGAR O OUTRO
O ato de julgar permite ao juiz outorgar a
justificação do ato, assim como a condenação do mesmo.
Porém, no presente texto:
[...] “não julgueis”
refere-se a uma atitude crítica e cáustica com relação a outros. Por que? Jesus
dá três razões poderosas.
Em primeiro lugar, a
maneira como tratamos os outros definirá a maneira como eles nos tratam (7.2).
Em segundo lugar, estar alertas às nossas próprias faltas já é um trabalho
suficiente (7.3-5). E, em terceiro lugar, se os outros não valorizam o que você
valoriza (“Nem deiteis aos porcos as coisas pérolas [7.6], sua condenação irá
enfurece-los ao invés de convencê-los do pecado
(RICHARDS, 2008, p. 33).
Não cabe ao cristão julgar. Mas, é de
responsabilidade de cada cristão o ato de se examinar, pois quando busca o
argueiro no olho do próximo, estará omitindo a trave no próprio olho.
[...] não tenhamos um
espírito e arbitrário para condenar os outros, nem queiramos ter a posição de
Deus, que é o verdadeiro juiz, pois conhece a pessoa por dentro e por fora,
mesmo assim, é misericordioso (Mt 5.7). Ao julgarmos alguém, sejamos
criteriosos e cheios de amor, misericórdia e compaixão. Por vezes, julgamos uma
pessoa quando praticamos os mesmos pecados e as condenamos severamente (GOMES, 2022, p. 128).
II – DEVEMOS PRIMEIRAMENTE
OLHAR PARA NÓS MESMOS
Três cuidados devem ser desenvolvidos na
prática por cada cristão quando a temática é o juízo, são elas: o exagero, a
crítica inconsistente e o julgamento precipitado.
O julgamento exagerado no contexto social
pode englobar atitudes estereotipas, pois o indivíduo poderá ser condenado por fazer
parte de determinado grupo ou por ser originado de determinado lugar.
Biblicamente poderá ser compreendido por se tratar da ausência do conhecimento prévio.
[...] Quem julga sem
base, sem verdade, está procurando virar para o lado, esconder a verdade (GOMES, 2022, p. 129).
No que tange o juízo ser determinado por atitudes
críticas inconsistentes compreende-se que se trata do enxergar no outro os erros
espirituais e não perceber nos próprios atos a prática do pecado.
[...] O julgamento
inconsistente gosta das mesmas redondas para falar de pessoas que, por vezes,
não conhece de verdade; isso gera preconceitos, impedindo que se enxergue as
boas qualidades que elas possuem (GOMES, 2022, p. 131).
Por fim, o ato de tomar por juízo
menosprezando que cabe a cada cristão agir com amor e por ação dependente da
graça de Deus. A graça de Deus salva o mais indigno dos homens, enquanto que o
julgamento precipitado é chegar a conclusão que o indivíduo não é digno de
salvação, fato que é verdadeiramente um grande erro.
III – E SE
FÔESSEMOS JULGADOS PELA SEVERIDADE DE DEUS
Dentre tantos tipos de juízos tratados na
Bíblia, cinco merecem atenção: o julgamento dos pecados dos crentes na cruz de
Cristo (Jo 13.31); o julgamento das obras dos crentes diante do Tribunal de
Cristo (Rm 14.10); o julgamento das nações vivas, na parousia de Cristo (Mt
25.32); o julgamento de Israel, na volta de Cristo (Ez 20.33, Mt 19.28); e, o
julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).
Portanto, mediante a descrição do presente
tema compreende-se que Deus aos justos atua com bondade, enquanto aos injustos
e infiéis Ele opera com severidade (Rm 11.22).
Referência:
GOMES,
Osiel. Os valores do Reino de Deus:
a relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD,
2022.
RICHARDS.
Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
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