Deus é Fiel

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terça-feira, 18 de junho de 2013

Igreja na Galácia


Igreja na Galácia

Texto: 1- Paulo, apóstolo enviado, não da parte de homens nem por meio de pessoa alguma, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos,
2- e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia:
3- A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo,
4- que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai,
5- a quem seja a glória para todo o sempre. Amém. (Gálatas 1.1-5).
Paulo ao escrever aos irmãos das igrejas existentes na Galácia defende a doutrina bíblica da salvação e a autoridade da sua vocação ministerial. A presente carta tem valor incomparável para as igrejas locais do presente século, pois outorga clareza nos assuntos doutrinários e convalida o poder e os benefícios da obra vicária de Jesus.
I – O AUTOR DA OBRA.
1- Paulo e seu ministério. De Saulo a Paulo, enquanto o nome Saulo indica o sentimento de desejo, o nome Paulo passa a indicar o sentido de pequeno, pois em meio ao conhecimento de Paulo o evangelho seria propagado mediante a graça transformadora de Cristo (Fp 3.8, 2 Co 12.9). Como bom judeu o apóstolo no período anterior a sua conversão queria ser útil a Deus, por isso, Paulo tornou-se um perseguidor da fé cristã, pois via na mesma uma ameaça aos princípios do judaísmo.
Antes a sua conversão, Paulo já se destacava por sua entrega e veemência a uma missão (At 9.2). Logo após a conversão o apóstolo Paulo não perdeu o desejo de ser útil a Deus, sendo assim dedicou com toda veemência à propagação do evangelho chegando a realizar três viagens missionárias (At 13.2,3).
2- Credencial citada na apresentação. As cartas no período antigo começavam com o nome e credencial do autor e era seguida com uma saudação ao destinatário.  No prefácio da carta escrita aos gálatas o apóstolo Paulo se apresenta com apenas uma credencial a de apóstolo. O real motivo de se apresentar como apóstolo à igreja da Galácia está diretamente ligado à ação de Satanás em tentar diminuir a autoridade apostólica de Paulo perante a congregação.
Os ataques de Satanás são contra a integridade do evangelho e contra a autoridade dos que são chamados por Deus. Os que são chamados recebem de Deus um ministério. Sendo que ministério é um dom em ação. Na igreja em apreço Satanás indiretamente buscou diminuir a autoridade do apóstolo Paulo, por isso, em dois capítulos o autor da epístola defende seu apostolado para depois defender a doutrina cristã que “somos justificados gratuitamente por Deus”, e não mediante as obras da lei (Ef 2.8).
Paulo foi chamado por parte de Deus e de Cristo (v.1), tal afirmação defendida por Paulo indica que o mesmo não foi conduzido ao ministério por vontade humana e nem por vaidade. O termo apóstolo defendido por Paulo corresponde a mais elevada ordem na igreja e não com denotação a pregadores, por isso dois capítulos da epístola são utilizados para enfatizar aos crentes da igreja local que ele foi conduzido ao ministério por vontade divina e não humana.
II – A QUEM É ENVIADA A OBRA.
A carta aos gálatas foi escrita sobre o seguinte pilar: quando o evangelho é a principal preocupação. Alguns membros da igreja segundo o apóstolo estava voltando aos rudimentos do mundo (Gl 4.9), sobre a forma do legalismo judaico que se tornava uma prisão para os indivíduos.
1- Aspectos geográficos da Galácia. A Galácia pertencia à antiga região da Ásia Menor que foi reduzida a província de Roma. Com isto se percebe que conforme no mundo da época havia um predomínio da cultura grega sobre a região da Galácia, assim como havia submissão da região a política do império romano.
2- As igrejas na Galácia. As igrejas foram fundadas por Paulo, porém não sabe ao certo em que momento específico isso aconteceu.
Seis capítulos são necessários para a compreensão das igrejas. Em primeiro momento nota-se que os crentes estavam outorgando crédito a ensinamentos contrários ao evangelho de Cristo (Gl 1.8), que automaticamente diminuía a autoridade apostólica de Paulo. Em segundo, as igrejas locais associavam os preceitos do legalismo religioso do judaísmo aos princípios do cristianismo (Gl 3.23-25), por isso Paulo enfatiza que “sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3.26). E por terceiro, Paulo descreve as obras da carne (Gl 5.19-21).
Um dos alertas de Paulo na epístola é claro ao descrever a importância da vigilância, pois um pouco de fermento leveda toda a massa (Gl 5.9).
III – CRISTO OBRA E GLÓRIA.
1- Benefícios da morte de Cristo para os cristãos. Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Logo, o maior benefício da morte de Cristo na cruz foi o de se outorgar para salvação de todos aqueles que crerem. Porém, o texto em que Paulo conduz o prefácio e a saudação apresenta três benefícios provindos pela morte de Cristo.

a) Cristo se entrega por nossos pecados. O primeiro benefício é a entrega de Cristo por nossos pecados. O pecado torna o individuo incapaz a salvação (Rm 6.20). Após o pecado de Adão a humanidade passou a sofrer pela consequência da desobediência em que a culpa, a morte e a corrupção passaram a serem elementos presentes no cotidiano. A corrupção se transcreve na incapacidade humana de resolver os problemas e na depravação dos atos produzidos pelo ser humano. Logo, somente com a expiação perfeita o pecado poderia ser removido.
b) Para nos livrar. O pecado aprisiona e escraviza o indivíduo, por isso Martinho Lutero ao ler o capítulo seis da Epístola do Apostolo Paulo aos Romanos conclui que o homem ou é escravo de Deus ou do Diabo (Rm 6.12-23). Porém, o conhecimento da verdade é que liberta o pecador (Jo 8.32).
c) Do presente século. Os termos “presente século mau” correspondem ao mundo pecaminoso. De fato a descrição associa com a vida presente, isto é, com os indivíduos separados da vontade de Deus. Os que estão presos ao “presente século mau” possuem pecado (corresponde ao prazer em pecar constantemente) e desenvolve a perversidade.
2- Cristo merecedor de toda glória. A finalidade de todos os benefícios provindos de Jesus é que a honra e a glória sejam dadas a Ele. A oração sacerdotal de Jesus é iniciada com o pedido de glorificação “glorifica a teu Filho” (Jo 17.1). A glorificação de Jesus estava associada com a morte do mesmo na cruz. Com a morte vicária de Jesus e com a salvação daqueles que crerem toda glória para todo o sempre seja dada a Ele. Amém (Gl 1.5).

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