A Doutrina
do Espírito Santo
Texto: Mas aquele
Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas
as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito (João 14.26).
Há um só Deus existente em três pessoas: Pai,
Filho e Espírito Santo. A doutrina do Espírito Santo permite aos cristãos o
conhecimento da Terceira Pessoa da Trindade no que se trata: o Espírito Santo é
Deus e o Espírito Santo é uma pessoa.
O nome Consolador se refere à relação do
Espírito Santo com os homens. Consolador significa advogado, ou seja, aquele
que foi chamado para o outro lado, ou em defesa de.
O Espírito Santo é uma pessoa e o Espírito
Santo é Deus
1- O Espírito
Santo é uma pessoa. Há três razões
determinantes em afirmar que o Espírito Santo é uma pessoa.
A primeira afirmação indica que Ele age como
uma pessoa, pois o Espírito Santo ensina (Jo 14.26), testifica de Cristo (Jo
15.26), fala com os salvos (At 8.29) e chama os obreiros (At 15.26). Somente
uma pessoa pode ensinar a outros, testificar de outro, falar com outros e
chamar a outros.
Já a segunda afirmação em ser o Espírito Santo
uma pessoa está diretamente associada às características de uma pessoa. Pois, o
Espírito Santo possui conhecimento (1 Co 2.1), possui vontade (1 Co 12.11) e
ama (Rm 15.30). Apenas uma pessoa se caracteriza pelo conhecimento, pela
vontade e pelo amor, e estas características definem que o Espírito Santo é
Deus.
E a terceira característica em ser o Espírito
Santo uma pessoa é porque na Bíblia Ele é tratado como uma pessoa. Dois
exemplos corroboram esta afirmativa, o primeiro em Efésios 4.30, quando Paulo aconselha
a não entristecer o Espírito Santo e o segundo quando Jesus ensinou a respeitou
da blasfêmia contra a Terceira Pessoa da Trindade (Mt 12.31).
2- O Espírito
Santo é Deus. Assim como há
três razões que caracteriza ser o Espírito Santo uma pessoa, percebe-se que
também há três razões que define ser o Espírito Santo Deus.
2.1- O Espírito
Santo tem os atributos de Deus.
O Espírito Santo é eterno (Hb 9.14), logo, Ele não é limitado pelo tempo, pois
Ele existe deste toda a eternidade. Bancroft afirma: assim como a eternidade é atributo ou característica da natureza de
Deus, semelhantemente a eternidade pode ser e é atribuída ao Espírito Santo
como uma das distinções pessoais no Ser de Deus (p.188).
Ele é
eterno, sempre foi, é e será. Não tem princípio nem fim. O Espírito Santo não
apareceu repentina e abruptamente quando foi enviado à terra para dar poder aos
crentes, depois da ascensão de Cristo. Fiel, constante e amoroso – Ele é e
sempre será o mesmo e, o eterno Espírito Santo, jamais deixará você cair. Ele é
o mesmo, ontem, hoje e sempre
(HINN, p 53).
O Espírito Santo também é onisciente, pois o Espírito
penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus (1 Co 2.10).
O Espírito Santo também é onipresente (Sl
139.7-10) e onipotente (Gn 1.2), para Hinn a
onipotência do Espírito Santo é demonstrada em três atos poderosos: criação,
trazer o universo do nada; animação, dar vida ao que estava sem vida; e ressurreição,
trazer vida da morte (p.51).
2.2- O
Espírito Santo tem os nomes de Deus.
Ele é chamado de Espírito de Deus (1 Co 3.16), nome que indica ser Ele Deus. Sendo
Ele Deus percebe-se que Ele é o poder e a energia pessoais da Divindade
(BANCROFT, p.188).
A Terceira Pessoa da Trindade também é
conhecido pelo nome Espírito de Deus, nome que está associado a poder, profecia
e direção. O Espírito de Deus pairava sobre as águas (Gn 1.2), aqui associado ao
poder de criar. O Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou (1 SM 10.10),
aqui associado à comunicação. Por fim, todos os que são guiados pelo Espírito
de Deus são filhos de Deus (Rm 8.14), aqui associado à direção.
2.3- O
Espírito Santo faz as obras que somente Deus pode fazer. Três são as obras divinas nítidas na pessoa
do Espírito Santo: criação, predição e regeneração (Gn 1.2, Jo 3.1-7).
Missão do Espírito Santo
O Espírito Santo nos dias hodiernos age por
meio de três missões: convencer o mundo (Jo 16.8-11), guiar os cristãos (Jo
16.13) e glorificar a Cristo (Jo 16.14).
1- Convencer
o mundo. No ministério particular
do Senhor Jesus, Ele afirmou aos discípulos que o Espírito Santo convenceria o
mundo do pecado, do juízo e da justiça.
Jesus estava falando do mundo humano (Jo 3.16),
mundo que representa a humanidade, logo corresponde com o mundo que Deus amou.
Portanto, convencer o mundo primeiramente do
pecado, porque o pecado significa agir erroneamente em relação à vontade de
Deus. O pecado separa o homem de Deus, logo se o homem é convencido do pecado o
mesmo se aproxima de Deus.
Convencer o homem da justiça significa outorgar
ao ser humano o conhecimento da natureza da justiça e a necessidade do
indivíduo recebê-la.
Obra de
Jesus na cruz foi totalmente justa. Isso é demonstrado pelo Pai quando Ele
esvazia o sepulcro onde o corpo do Filho fora colocado, revelando que ficou
satisfeito com o pagamento justo de Cristo e o aceitando a junto a si novamente (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.270).
Convencer o homem do juízo, ou seja, conduzir
o ser humano a reconhecer que satanás foi julgado na cruz, logo na conjectura
espiritual não tem como o indivíduo ser neutro, pois será ele filho de Deus ou
filho do pai da mentira.
2- Guiar
os cristãos. A ação do
Espírito Santo em guiar os cristãos é entendida nas seguintes descrições: o
Espírito Santo chama e Ele orienta em serviço.
O Espírito Santo chama para o serviço (At
13.2,4), logo é Ele que capacita pessoas a desenvolverem trabalhos específicos.
O Espírito Santo também orienta os servos a desenvolverem o serviço de maneira
que pessoas sejam conduzidas à luz e ao amor de Deus (BANCROFT, p.197).
Ele guiará em toda a verdade, se refere à verdade necessária para se tornar um
cristão maduro e totalmente capacitado (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.271). Maturidade do cristão se
define nas palavras: conhecimento, isto é, conhecimento de Deus, amor e unidade.
Logo, o Espírito Santo guia o crente a buscar o conhecimento de Deus, a amar o
próximo e a viver em união com e no corpo de Cristo.
3-
Glorificar a Cristo. Define-se em
tornar Jesus conhecido. Portanto, o Espírito Santo proporciona a pregação do
Evangelho, a salvação de almas e com estas obras, o mesmo glorifica a pessoa do
Senhor Jesus Cristo.
Portanto, até aqui se percebe que para
conhecer o Espírito Santo é necessário entender que Ele é uma pessoa e que Ele
é Deus. Sendo que o Espírito Santo de Deus continua a operar na vida daqueles
que se entregaram totalmente a pessoa de Cristo.
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