Deus é Fiel

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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Subsídio para as aulas da EBD – Deveres Civis, Morais e Espirituais


Subsídio para as aulas da EBD – Deveres Civis, Morais e Espirituais
Paulo exorta os cristãos no que corresponde à vivência dos mesmos perante as autoridades (Rm 13.1-7). Assim também como Paulo enfatiza o dever moral e espiritual dos cristãos. Pois, para Paulo o cristão deverá ser sujeito às autoridades, desde o momento em que esta é instrumento de Deus para a perpetuação da justiça.
I - DEVERES CIVIS
Para a compreensão de Romanos 1.1-7 é necessário dividi-lo em três tópicos: limites da sujeição às autoridades, o dever das autoridades e o papel do cristão diante das autoridades.
Limites da sujeição às autoridades. O apóstolo não define que o cristão deverá ser submisso a autoridade tal, como por exemplo, submisso ao governo do Brasil. O que Paulo notifica é a existência de uma humanidade em que há autoridades e submissos a esta autoridade. Deus age por meio de seus decretos e o segundo decreto de Deus se chama providência, sendo que Deus prover por meio da organização, isto é, por meio da ordem, e as autoridades existentes são constituídas por Deus para manter a ordem.
Porém, quando a autoridade palmilha na contra mão do querer de Deus as mesmas não deverão ter o respeito e nem a submissão dos cristãos, mas importa obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29).
Toda autoridade vem de Deus. Quando qualquer autoridade ordena que seja feito o que Deus proibiu, ou proíbe aquilo que Deus ordenou, o cristão deve obedecer ao Senhor de todas as autoridades, o próprio Deus. Nós nos submetemos à autoridade governamental porque quem instituiu a autoridade foi o próprio Deus. Quando nos submetemos ao governo estamos submetendo-nos a Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.303).
Em suma, a obediência à autoridade deverá ocorrer:
Porque o governo civil está sujeito ao decreto de Deus.
E também, porque o estado foi instituído para ser agente da justiça (Rm 13.4).
Porém, quando o governo deixa de exercer sua função, este deixa de ser ordenança divina, pois abandonou o propósito da sua criação. O cristão não poderá obedecer ao estado quando este requer a desobediência a Palavra de Deus. Logo, surge também a definição do dever do cristão perante a ordem pública.
Em uma sociedade democrática, o cristão tem parte na administração civil, devendo fazer tudo aquilo que lhe é possível para que as ações dessa autoridade estejam em conformidade com a Lei moral de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.398). Caso as lideranças não atentam para as ações benéficas e violem os princípios bíblicos, tal liderança deverá ser alertada, assim como fez João Batista ao reprender Herodes (Lc 3.19) e também como fez Daniel ao dizer para Nabucodonosor, abandona os teus pecados, praticando a justiça (Dn 4.27).
O dever das autoridades. As autoridades foram instituídas por Deus, logo o primeiro dever das autoridades é uma ação competente para com a organização da sociedade. A organização social do governo deverá atender as necessidades básicas do povo, como por exemplo, administrar os recursos existentes e criar estratégias para o aumento destes recursos.
Vale citar que é dever do estado promover a paz, pois não traz debalde a espada (Rm 13.4). A presença da espada indica o poder da autoridade para punir os que fazem o mal, garantindo assim a paz pública.
Por fim, as autoridades foram instituídas por Deus, logo cabe às autoridades obedecerem a Deus e a Palavra de Deus.
Papel do cristão diante das autoridades. O dever do cristão conforme o apóstolo Paulo pode ser definido em ser sujeito pela consciência e na lealdade ao pagamento dos impostos. A sujeição pela consciência corresponde a obedecer ao governo não apenas por ser um dever civil, mas por ser um dever espiritual. Os impostos existem para serem pagos. É de responsabilidade dos cristãos o pagamento dos impostos.
Porém, em uma sociedade democrática, o cristão tem parte na administração civil, devendo fazer tudo aquilo que lhe é possível para que as ações dessa autoridade estejam em conformidade com a Lei moral de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.398).
Portanto, a sujeição às autoridades deverá ser interpretada no seu aspecto histórico, pois no período em que Paulo escreve a Igreja em Roma, Nero era o imperador e perseguia os cristãos.  Mesmo assim, era dever dos cristãos obedecer ao sistema governamental até o ponto em que este não desobedecesse a Lei de Deus. Pois, o sistema governamental e não o governo é proveniente de Deus.
II – DEVERES MORAIS
Os deveres morais estão representados nos dez mandamentos, pois os dez mandamentos ratifica o relacionamento de a proximidade entre Deus e o povo de Israel. Sendo que o decálogo é uma afirmação da pessoa de Deus em ser o soberano, o libertador e o Salvador dos israelitas.
As duas tábuas deveriam ser mantidas juntas, pois uma é a continuação da outra. Para algumas referências teológica e histórica, há discordância no que corresponde à quantidade de mandamento que estava escrito nas tábuas. Para Flávio Josefo e Ireneu em cada tábua havia cinco mandamentos, porém para João Calvino na primeira tábua havia os mandamentos teológicos, diretamente relacionados com Deus, já na segunda os demais mandamentos relacionados com o próximo. Portanto, no Novo Testamento os mandamentos bíblicos se resume em amar a Deus acima de todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo.
III – DEVERES ESPIRITUAIS
Tópico que se resume na palavra consciência. Os sentidos do espírito humano são: fé e consciência. Logo, a consciência corresponde com o conhecimento, à percepção e a honestidade, pois o termo revela a noção de estímulos do que ocorre a volta do indivíduo que caracteriza a sua existência.
A consciência escatológica desperta os cristãos a estarem alerta no que corresponde à vinda do Senhor Jesus, enquanto a consciência da salvação e do Espírito Santo indica que é necessário uma vida de santificação para permanecer firme na presença do Senhor.
Portanto, como ser social o cristão deve assumir os deveres civis. E por ser a imagem de Deus, o crente deve assumir as responsabilidades morais perante a sociedade. E por fim, como ser espiritual o cristão dever assumir a consciência de Cristo.
REFERÊNCIA
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

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