Deus é Fiel

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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Subsídio para as aulas da EBD – A Lei, a carne e o Espírito


A Lei, a carne e o Espírito
O apóstolo Paulo faz três analogias em Romanos sete: analogia do casamento, analogia de Adão no paraíso e analogia da carne versus o espírito. Para o apóstolo Paulo a existência da lei está associada com a presença da transgressão. Até existe um provérbio que enfatiza que “boas leis são provenientes de más condutas”. Por isso, sabe que as leis foram mediadas para que os hábitos maus fossem refreados. Nos escritos de Paulo aprende-se que a existência da lei estar associada à disciplina e a educação, pois pelo meio educativo os israelitas conheciam suas culpas. Portanto, a lei foi promulgada não por causa da obediência de alguns, mas por causa da desobediência de muitos. Porque a lei na sua instrução se aplica à corrupção humana.
I - A LEI ILUSTRADA NA ANALOGIA DO CASAMENTO
Sobre a analogia do casamento é necessário saber que se vive o marido a mulher estar ligada ao cônjuge. Morto o marido a mulher fica livre. Logo, o apóstolo Paulo faz desta ilustração a seguinte aplicação: morreu-se a lei, agora o cristão é livre para casar com a graça (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.379).
Tal analogia explica a invalidade da Lei em justificar, pois a Lei condena o melhor dos homens. E serve também para mostrar que a Lei não pode mais condenar àqueles que estão em Cristo.
Paulo fundamenta seu comentário mostrando a antiga relação da lei com aquele que a observa. Paulo já havia mostrado no capítulo 5 que o pecado não é levado em conta quando não há lei. Ali a transgressão aparece como a quebra do mandamento da lei. Deus deu então o código do Sinai. Essa lei dada a seu antigo povo é justa e boa, mas em vez de produzir vida, trouxe morte. Havia algum problema com a lei? Não, o problema estava com os homens, corrompidos pelo pecado, que se mostraram incapazes de obedecer aos preceitos da lei. A lei trouxe a consciência do pecado e esse pecado, alimentado pela cobiça, frutificou para a morte. Esse argumento receberá ênfase novamente em Romanos 7.7 (GONÇALVES, p.70).
Portanto, o termo morto para a lei, significa que o crente estar unido com Cristo.
II – ADÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA DA SOLIDARIEDADE DA RAÇA (Rm 7.6-13)
O pecado de Adão conduziu todos a se afastarem de Deus, ou seja, pelo ato pecaminoso de Adão todos tornaram pecadores.
O pecado e a Lei mantêm as pessoas em escravidão. A lei é, então, algo mal como o pecado? Não. Os mandamentos específicos da Lei trazem o conhecimento claro do pecado. A tendência que temos para pecar tira proveito desse conhecimento para nos agitarmos e nos rebelarmos, conduzindo-nos assim para pecados ainda maiores. O bom propósito da Lei era tornar conhecido a nós o modo como poderíamos agradar a Deus e receber dele a vida. O pecado torceu esse propósito divino, a ponto de atualmente conduzir apenas para a morte (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.380).
Com Adão foi feita uma aliança tendo três elementos essenciais: promessa, condição e pena.
A promessa se caracterizava na obediência de Adão, se este fosse fiel a Deus o mesmo viveria eternamente.
Já a condição baseava na obediência ou desobediência de Adão. Se Adão fosse obediente alcaçaria a promessa da vida eterna. Se Adão fosse desobediente sofreria a pena.
Logo, a pena da aliança adâmica corresponde diretamente com a desobediência, como Adão foi desobediente, ele e todos os seus descendentes sofreram a morte.
III – O CRISTÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA ENTRE CARNE E ESPÍRITO
De fato a Lei é santa:
A conclusão é que, em sua totalidade, a Lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom. Nosso problema com o pecado não é decorrente da ausência da Lei divina, e sim, resultado da nossa natureza pecaminosa (v. 8, 11, 13), que responde à Lei (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.381).
A constituição do homem é tríplice: espírito, alma e corpo. O ser humano possui faculdades que o distingue dos demais seres criados por Deus. As faculdades do espírito humano se resumem em fé e consciência, já o intelecto, à vontade e as emoções são faculdades pertencentes à alma, e por fim, os cinco sentidos completam as faculdades do corpo: paladar, visão, tato, olfato e audição.
Entretanto, Adão representante da humanidade no pacto das obras deixou como herança a culpa, a corrupção e a morte. Logo, as obras da carne são demonstrações físicas e espirituais da degeneração humana.
Por fim, o problema não está na lei, mas nos seres humanos como tais. A lei é espiritual: devido à sua origem divina e os seu propósito de conduzir os seres humanos até Deus. Dessa forma, ela não pertencia ao mundo da humanidade terrena, natural. Enquanto pneumáticos, ela pertencia à esfera de Deus; se opõe ao que é sarkinos, carnal, pertencente à esfera da carne (GONÇALVES, p.74).
REFERÊNCIA                                                                        
GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça, o evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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