Sofrimento
versus Glorificação
Texto: Da qual salvação inquiriram e trataram
diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada,
indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava
neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimento que a Cristo haviam
de vir e a glória que se lhes havia de seguir (1Pe 1.10,11).
O sofrimento de Cristo é de fato evidente em
seu ministério terreno, perceptível na agonia da cruz, pois o Seu sofrimento
inicia-se anteriormente à crucificação e se conclui com as técnicas
desenvolvidas para produzir a dor até a condução da morte. Porém, após a dor e
a morte, a glória se manifestou. Logo, o objetivo do presente estudo é
compreender que assim como Cristo sofreu e foi glorificado, de fato isto
ocorrerá com todos os cristãos que permanecerem firmes até o fim.
Cristo: sofrimento e glória
1- O
sofrimento. A popularidade de Jesus provocou a inveja e
o ciúme da parte dos líderes religiosos. Fato que se transformou em sofrimento.
1.1-
Sofrimento anterior à crucificação. Sofrimento dividido em
cinco frases:
A) Primeira frase, Ele entristeceu – Mateus
26.37. E, levando consigo Pedro e os dois
filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
B) Segunda frase, Ele foi abandonado – Mateus
26.56. Mas tudo isto aconteceu para que
se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o,
fugiram.
C) Terceira frase, Ele foi espancado – Mateus
26.67. Então cuspiram-lhe no rosto e lhe
davam punhaladas, e outros o esbofeteavam.
D) Quarta fase, Ele foi julgado – Mateus
26.57, 27.2. E os que prenderam a Jesus o
conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos
estavam reunidos. E maniatando-o, o levaram e entregaram ao presidente Pôncio
Pilatos.
E) Quinta frase, Ele foi humilhado – Mateus
27.28-31. E, despindo-o, o cobriram com
uma capa de escarlate; E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça,
e em sua mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam,
dizendo: Salve, Rei dos judeus.
1.2-
Sofrimento no momento da crucificação. Segundo a tradição cristã
os malfeitores que foram crucificados com Jesus eram chamados de Dimas e
Gestas. E a cruz de Jesus possuía aproximadamente 130 quilos.
A) Sobre
o tempo de Jesus na cruz. Foi Ele crucificado na hora terceira
(Mc 15.25) e morto um pouco mais da hora nona (Mc 15.34-37). Segundo Myer Pearlman
“a crucificação era uma morte longa e dolorosa e a vítima podia continuar assim
até por 36 horas”.
B) As
pessoas perto da cruz. Três atitudes são ilustradas pelas
pessoas que se aproximaram da cruz de Cristo.
A primeira atitude corresponde com os soldados
que se posicionaram com indiferença. A
segunda atitude refere aos religiosos que posicionaram em oposição. Já a
terceira atitude corresponde com os próximos de Jesus que esteve ao lado dEle
nos pés da cruz, isto se refere a simpatia.
C) A
doutrina da cruz. A morte de Jesus foi uma expiação pelos
pecados da humanidade. Expiar o pecado é cobri-lo, apaga-lo e perdoar o
transgressor.
A morte de Jesus também foi uma propiciação,
isto é, foi o aplacar da ira de Deus.
Em terceiro a morte de Jesus foi uma
substituição (Rm 5.6).
2- A
glória. A morte de Jesus seria a ocorrência que desenrolaria
anteriormente à glorificação, pois a ressurreição ratificaria as palavras, as
obras e a morte de Jesus, glorificação que é bem compreendida nas palavras do
salmista Davi:
Levantai,
ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei
da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor
poderoso na guerra (Salmos 24.7,8).
O sofrimento do cristão
O evangelista João registrou as seguintes
palavras: tenho vos dito isto porque no
mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo eu venci o mundo (Jo 16.33).
Tenho vos dito isto, frase que confirma as
palavras dos capítulos 13 ao 16. Pois, no capítulo 13, Jesus instrui os discípulos
a amarem uns aos outros. No capítulo 14, a seguirem no caminho. No capítulo 15,
a permanecerem na Videira Verdadeira. No capítulo 16, a serem guiados pelo
Espírito Santo.
Assim, como o Senhor Jesus passou por
situações adversas o cristão também passará. Tal verdade foi vivenciada por
inúmeros cristãos no decorrer da história da igreja. Fato que confirma a
palavra do Senhor Jesus.
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