Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia
A presente lição tem
como objetivo geral estabelecer a perspectiva doutrinária da
sacralidade da vida. Tendo como ponto central, a vida humana é sagrada. Portanto, a lição
se desenvolve tendo como foco dois pontos fundamentais: pena de morte e
eutanásia.
A
vida humana é o ponto de partida para todos os demais direitos da pessoa. Se a
vida humana não estiver assegurada, torna-se impossível à realização dos outros
valores. No entanto, em contradição a esse pressuposto, temas relacionados à
punição com pena de morte e o direito à eutanásia são frequentemente discutidos
e aceitos na sociedade pós-moderna (BAPTISTA,
p.51).
I – A
PENA DE MORTE NAS ESCRITURAS
1- No Antigo Testamento.
2- No Novo Testamento.
Comentário:
O presente tópico tem
como objetivo específico mostrar a
perspectiva bíblica acerca da pena de morte, focando em uma
análise abrangente entre o Antigo e Novo Testamento.
No Antigo Testamento,
o sexto mandamento do decálogo abrange temas como guerra, pena capital,
suicídio, aborto e eutanásia. Sobre a pena de morte, não cabe a ninguém tirar a
vida de outra pessoa. Pois, Deus é quem dá a vida, logo só Ele pode tirar a
vida das pessoas. Portanto, o sexto mandamento também expressa objetivos no
campo religioso, assim como no social, pois garante a vida e proporciona a paz
entre as pessoas.
Em suma, o sexto
mandamento corresponde com o direito à vida. Por isso, o cristianismo tem
assumido um compromisso em favor da vida e é totalmente contra a pena de morte
e a eutanásia.
Para Coelho:
Este
mandamento refere-se ao respeito pela vida. Esta é dom de Deus, e não pode ser
retirada por outros homens. Infelizmente, a história da humanidade apresenta um
número imenso de pessoas que assassinaram outras, quer por motivos fúteis, quer
por motivos políticos. Tais pessoas prestarão contas a Deus por seus atos (2013, p.74).
Adolf Hitler é a
primeira pessoa que vem na mente dos leitores ao lerem “que assassinaram outras
[...] por motivos fúteis [...] políticos,” apenas judeus, o líder do nazismo
ordenou a morte de seis milhões. Quantas outras pessoas que matam por drogas ou
por dinheiro? Tais pessoas prestarão conta a Deus por seus atos.
Percebe-se que no
Antigo Testamento quem praticasse o homicídio doloso, que é quando atos são
desenvolvidos com o propósito ou intenção de matar. Havia uma pena, isto é, o
homicida doloso deveria morrer. Enquanto, o homicida culposo teria duas saídas,
ou iria para uma cidade de refúgio, ou agarraria nas pontas do altar.
No Novo Testamento
também se percebe que Jesus em seus ensinos ratificou o direito a vida,
principalmente na narrativa com a mulher que foi pega em adultério, que segundo
a Lei a mesma deveria ser apedrejada até a morte, porém, Jesus não a condenou,
mas a liberou e a aconselhou a não cometer os mesmos erros. Por fim, o Novo Testamento apenas reconhece que a pena capital
existe (SOARES apud BAPTISTA, p.52).
II –
EUTANÁSIA: CONCEITOS E IMPLICAÇÕES
1- O conceito de eutanásia.
2- As implicações da eutanásia.
Comentário:
O presente tópico tem
como objetivo específico expor o conceito e as implicações éticas da eutanásia.
Eutanásia pode ser
definida por:
[...]
é o procedimento em que de modo ativo ou passivo uma pessoa pode antecipar ou
acelerar o processo de morte. Por vezes é chamada de “morte assistida” ou “suicídio
assistido”. No Brasil, a eutanásia é ilegal e desaprovada pelo código de
medicina (BAPTISTA, p. 60).
Portanto, a eutanásia
tem implicações legais, morais e ética.
As implicações legais
correspondem com a ilegalidade da eutanásia pelo Código Penal Brasileiro, pois
quem induzir alguém ao suicídio ou prestar auxílio poderá ser recluso de dois a
seis anos.
Já as implicações morais
correspondem com a violação do sexto mandamento. O direito a vida é outorgado
por Deus.
Por fim, as
implicações éticas correspondem com as seguintes perguntas: É lícito exterminar pessoas doentes? Descartar enfermos,
inválidos e idosos não se constitui conceito racista da eugenia? Será ético
interromper o tratamento de alguém que está sedado para não sentir dores ou
induzido ao coma? As pessoas que desejam morrer estão com a mente sã e em
condições psicológicas para essa tomada de decisão? (BAPTISTA, p.63).
III –
A VIDA HUMANA PERTENCE A DEUS
1- A fonte originária da vida.
2- O caráter sagrado da vida.
Comentário:
Conscientizar
sobre o aspecto sacro da vida é o
objetivo específico do presente tópico. Logo, a fonte da vida é exclusivamente divina,
sendo assim o poder absoluto sobre a vida e a morte pertence unicamente e
exclusivamente a pessoa de Deus. Portanto, a vida
humana é sagrada e deve ser protegida, cuidada, preservada, respeitada e
valorizada (BAPTISTA, p. 64).
Referência:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos, enfrentando as questões morais de nosso tempo.
Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
COELHO, Alexandre. DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
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