A
Esperança Viva Proveniente da Misericórdia Divina
Texto: ao qual, não o havendo visto, amais; no
qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso,
alcançando o fim da vossa fé, a salvação (1Pe 1.8,9).
O apóstolo Pedro proporciona aos cristãos
perseguidos a compreensão de três pontos importantes para a concretização da
caminhada cristã. Primeiramente, o apóstolo comenta a respeito da viva
esperança (1Pe 1.3). Em segundo, descreve a respeito da salvação que se
revelará no último tempo (1Pe 1.5). E em terceiro, a respeito da necessidade da
alegria mediante as tentações (1Pe 1.6).
Esperança Cristã
A esperança cristã pode ser definida como
âncora da alma (Hb 6.19), o vocábulo
esperança é usado de duas maneiras diferentes. No primeiro caso significa
grande coragem, aquela que permanece firme a despeito de todas as
tentações. No segundo caso, indica a salvação infinita que a esperança
obterá; no presente versículo (Rm 8.24) podem estar em foco ambos os aspectos
(LUTERO apud CHAMPLIN).
Para Lutero a esperança outorgava coragem
para enfrentar as tribulações do dia a dia e proporcionava firmeza mediante
toda desordem. Assim também como outorgava a certeza da salvação mediante a
continuação sincera diante de Cristo.
O cristão pode se alegrar diante da esperança
futura (Rm 5.2), isto é, a glória que o cristão desfrutará ao lado do Criador.
Este orgulhar demonstra total segurança, porque Deus depositou no coração de
cada cristão o Espírito Santo (Rm 5.5). Quem tem o Espírito Santo tem a
salvação.
A esperança não traz confusão, logo os servos
de Cristo não serão envergonhados ou humilhados por causa da esperança, pois
ela cumprirá (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.373).
Portanto, a esperança é a certeza que em meio
às crises o cristão é mais do que vencedor.
Glorificação fenômeno que se
relaciona com a salvação final
A glorificação corresponde com o instante em
que os cristãos de todas as épocas se encontrarão com o Senhor Jesus e serão
transformados em corpo de glória conforme a semelhança de Cristo. O
arrebatamento e a ressurreição são as duas doutrinas Bíblicas que determinam e
explicam categoricamente o instante em que os cristãos serão glorificados.
1-
Arrebatamento. O arrebatamento será no abrir e fechar de
olhos e tem como propósitos: a ressurreição dentre os mortos (1Co 15.22,23), a
transformação dos vivos (1Co 15.51,52), o arrebatamento dos fiéis e a
apresentação da Igreja a Cristo na qualidade de esposa (Ap 19.7-9). Logo, o
arrebatamento é o primeiro tema a ser analisado no que corresponde à doutrina
das últimas coisas.
2-
Ressurreição. Ressurreição significa “volta miraculosa à
vida”. E no contexto Sagrado há três tipos de ressurreição: ressurreição de
mortos, ressurreição dentre os mortos e ressurreição dos mortos.
A-
Ressurreição de mortos. É o tipo de ressurreição que abrange
todos aqueles que por milagre divino tiveram suas vidas restabelecidas.
Os
exemplos são: o filho da viúva de Sarepta (1Rs 17.21-22), o filho da Sunamita
(2Rs 4.34,35), o homem que tocou os ossos de Eliseu (2Rs 13.43,44), o filho da
viúva de Naim (Lc 7.11-17), a filha de Jairo ( Mc 5. 40-42), Lázaro (Jo
11.43,44), Tabita (At 9.40,41) e o jovem Êutico (At 20.9-12).
B-
Ressurreição dentre os mortos. Neste segundo tipo de
ressurreição pela ordem ocorreram e ocorrerá: a ressurreição do Senhor Jesus
(1Co 15.23), a ressurreição dos que ressuscitarão no momento do arrebatamento
da Igreja (1Co 15.23,24), a ressurreição das duas testemunhas (Ap 11.11,12) e a
ressurreição dos mártires da grande tribulação (Ap 20.4).
C-
Ressurreição dos mortos. É o tipo de ressurreição que abrange a
todos aqueles que morreram em seus delitos e pecados, ou seja, é a ressurreição
geral (Jo 5.29).
Cristãos contristados por
várias tentações
Tentação tem como significado (do grego,
peirasmos), prova, provação ou teste. Ser tentado não é pecado; pecado é ceder
à tentação. Logo, pecado é errar o alvo. O pecado poderá ser cometido por
palavras, por ações ou por pensamentos. José foi tentado, porém, não pecou (Gn
39.12). Jó foi tentado, porém, não pecou (Jó 3.9).
Um dos objetivos da tentação para o cristão é
o fortalecimento. Pois, ninguém cresce
na fé, sem passar por tentação. Isto porque as provas exercitam a fé do
cristão. Logo, a tentação passa a ser uma disciplina que educa o cristão a ser
forte, porém, quando este não é vencido pela tentação.
Ao associar a tentação com a tribulação
perceberá que após a tribulação surgirá à paciência, a experiência e a
esperança (Rm 5.3-5). Isto é, a tentação quando vencida proporciona
fortalecimento, aumenta a paciência, desenvolve a experiência e como resultado
proporciona a esperança.
Portanto, a tentação não é motivo para o
isolamento do cristão, mas torna-se motivo de alegria, pois ao vencer a
tentação o prêmio será a coroa da vida (Tg 1.12). Em
suma, o motivo pelo qual o cristão é provado não é outro senão para que
persevere na vida cristã e atinja o modelo de perfeição segundo Cristo Jesus.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl
D. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro:
Editora Central Gospel, 2013.
CHAMPLIN.
R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia. Volume 2. São Paulo: Hagnos, 2014.
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