Ministério
Público de Jesus: Ensinado no Monte
Texto: Jesus,
vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os
seus discípulos; 2- e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurado os
pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus (Mt 5.1-3).
O sermão do Monte é conhecido por muitos como
a nova Torá de Deus para com os homens, vale realçar que alguns comparativos
são bem lógicos, pois Moisés subiu ao Monte para receber de Deus a Lei, enquanto
o Senhor Jesus subiu ao Monte para transmitir com autoridade os princípios do
Reino de Deus para com os homens. E conforme o próprio Moisés Deus levantaria
um profeta semelhante a ele a qual o povo deveria atendê-lo. Já o escritor da
carta aos Hebreus apresenta Jesus em superioridade a Moisés e ao sacerdócio
levítico.
Ensino introduzido com as
beatitudes (Mt 5.1-12)
O sermão do monte inicia-se com a citação do
Senhor Jesus a respeito das nove beatitudes. E conforme o Mestre, os bem-aventurados
são:
Os pobres, os que choram, os mansos, os que
têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os
pacificadores, os que sofrem perseguições, e por fim, os seguidores de Cristo
que por Ele sofrem injurias, perseguições, e que são alvos de mentiras e de
maldade.
Ensinando os cristãos a
serem e a agirem prudentemente
1- O
cristão como o Sal da terra (Mt 5.13). O valor do sal só é notável
na ação. Pois, o sal é importante no agir. Comparar o cristão ao sal indica
que o cristão é representante de um grande concerto e tem uma missão intrínseca
em outorgar sabor e preservar. O outorgar sabor indica que o cristão como sal
da terra deverá proporcionar: Esperança para os que perderam a esperança (Rm
15.13); Amor para com o próximo (Jo 13.34,35); e, Fé para os que a perderam ou
nunca tiveram (Hb 11.6).
2- O
cristão como Luz do mundo (Mt 5.14-16). Já o valor da luz é notável
na existência da própria luz. Pois, os benefícios da luz são inúmeros, como por
exemplo: a visibilidade, o fornecimento de energia e a produção de alimentos.
No
que corresponde o cristão como luz do mundo percebe-se que Jesus o compara a
uma cidade edificada sobre um monte. A cidade não poderá ser escondida. Não é
possível passar por um cristão e não reconhecê-lo como servo de Deus.
Ensinando no que corresponde
ao cumprimento da Lei e dos profetas (Mt 5. 17-48)
Por cinco vezes Jesus utilizou a seguinte
fórmula: Ouvistes que foi dito aos antigos [...] Eu, porém, vos digo [...]. Sendo
que na peroração de cada descrição Jesus proporcionou como aprendizagem prática
aos seus seguidores:
A irem além da letra da lei e serem
perdoadores (5.21-26).
A serem fiéis (5.27-32).
A serem honestos (5.33,37)
A serem generosos (5.38-42).
A serem amorosos (5.43-47).
Ensinando a respeito dos
aspectos da vida espiritual (Mt 6.1-18)
Quatro ações são citadas como aspectos fundamentais
e necessários a prática diária do cristão: a santidade, a caridade, a oração e
o jejum.
1- A
santidade (Mt 6.1). Santidade é o posicionamento daqueles que se
encontram diante do Senhor, enquanto a santificação é processo pelo qual o
cristão se purifica para está cada vez mais próximo de Deus. O termo
santificação permite compreender que o impuro é separado para o uso de Deus, ou
seja, o que não prestava torna-se por meio da santificação reabilitado para o
uso divino.
2- Caridade
(Mt 6.2-4). Corresponde a prática das boas obras. Auxiliar
os que necessitam.
3-
Oração (Mt 6.5-15). A oração não poderá excluir o louvor a Deus,
o desejo do Reino, o pedido de provisão, o perdão e a dependência para com
Deus.
Na oração do Pai nosso o louvor ocorre tanto
no início como no fim. O louvor no início indica o reconhecimento de quem é
(pelo nome e pelo atributo) e onde está Deus. Já no final, o louvor é o
reconhecimento das propriedades de Deus; Reino, poder e glória. Em segundo, a
oração do Pai nosso apresenta o desejo do cristão para com o Reino de Deus
“venha a nós o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no
céu”. Em terceiro, a oração do Pai nosso apresenta o reconhecimento por parte
do cristão no que corresponde a origem de toda provisão: “dá-nos hoje o nosso
pão de cada dia”. Já como quarto, na oração não poderá ficar de fora o pedido
de perdão. Em quinto, a oração do Pai nosso descreve o saber que a proteção e
segurança são provenientes da parte de Deus. Em último, o louvor de
reconhecimento das propriedades pertencentes a Deus.
4-
Jejum (Mt 6.16-18). O jejum não tem como finalidade engrandecer
ao homem, mas quando praticado conforme aos padrões bíblicos tem como alvo
agradar a Deus. Jejum significa abster-se de alimento por determinado tempo. A
abstinência poderá ser total ou parcial. O jejum tem como objetivo aprimorar o
exercício da oração e da meditação e como alvo primordial aproximar o cristão
de Deus.
Portanto, nesta primeira parte do sermão do
monte compreende as seguintes lições básicas: a compreensão das beatitudes de
Deus, a necessidade de ações consciente, o cumprimento da lei e os aspectos
necessários de uma vida cristã frutifica que agrada ao Senhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário