Ministério
Público de Jesus: Ensinado por Parábolas
Texto: E
sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus
discípulos (Mc 4.34).
Há no Novo Testamento, em média 40 parábolas
que foram contadas pelo Senhor Jesus, compreende-se que estas foram proferidas
com a finalidade em expor as verdades e princípios divinos para uma vida
abundante. Lembrando que as parábolas era
uma ferramenta básica usada por Jesus em Seus ensinamentos (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 103).
Conceituando
Conforme Richards: Parábola
é um símile, uma história, ou objeto ou uma metáfora colocada ao lado de uma
verdade espiritual para esclarecer seu significado ou importância (2008, p. 50).
Portanto, pode-se afirmar que as parábolas de
Jesus relacionam-se com o cotidiano das pessoas e tinham como objetivo
transmitir uma mensagem que não deixasse dúvida por parte de quem a recebia.
Porém, tendo como base Mateus 13.10-15,
percebe-se que: O objetivo dessa parábola era, ao mesmo
tempo, revelar a verdade (Mt 13.11) e ocultá-la (Mt 13.13). O fato de Jesus
ocultar a verdade serviu como juízo para os incrédulos, como aconteceu durante
o ministério de Isaías (Is 6.9,10). (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013,
p. 43).
Contexto da Época
Há quatro pontos essenciais para compreender
a mensagem das parábolas do Novo Testamento: o domínio político da época, a
sociedade judaica, o silêncio divino e o Reino de Deus.
O domínio político da época estava sobre a
hegemonia romana. Enquanto, sociedade judaica esperava o Messias, por isso, os
indivíduos se agrupavam em pelo menos uma das seguintes ramificações religiosa:
a dos fariseus, dos saduceus, dos essênios ou a dos zelotes.
Já no tange o silêncio de Deus, assim comenta
Silva:
No silêncio Deus fala sem
palavras e a palavra fala em silêncio. O silêncio de Deus em não levantar
profetas e nem inspirar os homens a escrever obras canônicas não quer dizer que
Deus estava distante dos judeus, pois no silêncio de Deus manifesta em nós o
maior milagre (SILVA, Ano 9, p. 45).
Por fim, sobre o Reino de Deus é necessário
compreender que o Reino de Deus é um dom presente. O Reino possui o Rei
presente. Em terceiro o Reino não é a Igreja, mas a Igreja é criada pelo Reino
e dá testemunho do Reino, pois a Igreja é a agência do Reino e é a guardadora
do Reino. O Reino de Deus é eterno e pertence somente a Ele.
A Parábola do Bom Samaritano
(Lc 10. 30-37)
A parábola do Bom Samaritano apresenta os
seguintes personagens: um viajante, os salteadores, o sacerdote, o levita, o
samaritano e o hospedeiro.
O viajante de Jerusalém para Jericó é o
personagem que receberá a atenção do samaritano, isto é, a demonstração de
amor, porém é o mesmo personagem que recebeu a rejeição por parte do sacerdote
e do levita, apesar de ter sido violentado pelos os salteadores.
Os salteadores representam aqueles que
possuem como filosofia de vida: o que é seu é meu. Ou seja, os ladrões vivem
por tirarem o que pertence ao próximo.
O sacerdote e o levita terão na parábola a
mesma descrição filosófica: o que é meu é meu, logo, o que é meu não pertence
ao próximo.
Já o samaritano descreve na ação a filosofia
de vida pertencente aos servos de Deus, o que é meu é seu, isto é, filosofia de
vida que expressa a realidade do amor ao próximo.
Já o hospedeiro corresponde aquele que está
de prontidão para receber e atender com dedicação os necessitados.
Para Champlin o próximo pode ser:
a) [...] uma pessoa
inteiramente desconhecida. (b) O próximo pode ser uma raça diferente, e até
mesmo desprezada. (c) O “próximo” pode
ser pessoa de outra religião, até mesmo conhecida como herética. (d) Contudo,
os cuidados de Deus por toda a humanidade devem manifestar-se na vida de todos
quantos são chamados pelo nome (apud
GABY & GABY, 2018, p. 96).
Por fim, para entender as parábolas como
narrativa das experiências cotidianas é necessário distinguir o explícito do
implícito no que corresponde o agir de Deus no contexto literário. Lembrando
que por meio das parábolas o Senhor Jesus proporcionou excelentes sermões a
respeito do Reino de Deus.
Referência:
GABY,
Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As
Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.
Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA
BÍBLIA. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo
B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora
Central Gospel, 2013.
RICHARDS.
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural
do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SILVA,
Andreson Côrte Ferreira da. Cronologia
Bíblica. Revista Manancial. Ano 9, edição 28.
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