Ministério
Público de Jesus: Ensinado no Monte II
Texto: Jesus,
vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os
seus discípulos; 2- e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurado os
pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus... 28- E aconteceu que,
concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina 29-
porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas (Mt 5.1-3;
7.28,29).
Dando continuidade ao estudo Bíblico a
respeito do sermão do monte, ficam visíveis as instruções do Senhor Jesus no
que corresponde o cuidado de Deus em prover em prol dos seus filhos; assim
como, a necessidade de cuidados para com o julgamento; a compreensão a respeito
da bondade divina; e, instruções a respeito dos cuidados necessários no que
tange os dois caminhos, os falsos profetas e a necessidade em construir a casa sobre
a rocha.
Ensinando a respeito dos
cuidados de Deus em prover (Mt 6.25-34)
Deus é quem outorga a vida e mantem o corpo.
Logo, o Senhor Jesus instrui os ouvintes a compreenderem que não há necessidade
de andar ansiosos pelo que haveis de comer ou vestir (v.25).
Portanto, o cuidado de Deus para com os seus
filhos torna-se nítida no comparativo que Jesus associa entre o prover de Deus
para com as aves e os lírios. As aves são alimentadas por Deus e os lírios são
mantidos em formosura pelo poder de Deus (vv. 26-30).
Conforme o versículo 33 os bens matérias no
que corresponde ao comer e ao vestir são benefícios de Deus para com aqueles
que buscam primeiro o Reino de Deus e a sua justiça.
Neste trecho Jesus ensina
lembra seus ouvintes de que Deus, como Pai, conhece e satisfará cada
necessidade, libertando seus filhos para concentrarem seus esforços em seu
reino e em sua justiça (RICHARDS, 2008, p.36).
Ensinando a respeito do
julgamento (Mt 7.1-6)
O ato de julgar permite ao juiz outorgar a
justificação do ato, assim como a condenação do mesmo.
Porém, no presente texto:
[...] “não julgueis”
refere-se a uma atitude crítica e cáustica com relação a outros. Por que? Jesus
dá três razões poderosas.
Em primeiro lugar, a maneira
como tratamos os outros definirá a maneira como eles nos tratam (7.2). Em
segundo lugar, estar alertas às nossas próprias faltas já é um trabalho
suficiente (7.3-5). E, em terceiro lugar, se os outros não valorizam o que você
valoriza (“Nem deiteis aos porcos as cossas pérolas [7.6], sua condenação irá enfurece-los
ao invés de convencê-los do pecado (RICHARDS,
2008, p.33).
Não cabe ao cristão julgar. Mas, é de
responsabilidade de cada cristão o ato de se examinar, pois quando busca o argueiro
no olho do próximo, estará omitindo a trave no próprio olho.
Ensinando a respeito da
bondade divina (Mt 7.7-12)
O meio para receber, encontrar e obter porta
aberta, é: pedir, buscar e bater. Porque aquele
que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre (v.8). Lembrando
que Jesus instrui aos ouvintes a respeito da lei da semeadura quando assim
expressou: Portanto, tudo o que vós
quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os
profetas (v12).
Portanto, aqui Jesus
retorna o assunto da oração, e incentiva seus ouvintes a pedirem, buscarem e a
baterem (RICHARDS, 2008, p.36).
Alertando por meio do
ensinamento (Mt 7.13-27)
1- Há
duas portas e dois caminhos. Há uma porta larga e um
caminho espaçoso que conduz à perdição. Mas, há o caminho apertado e uma porta
estreita que conduz à vida. Sendo que a maioria das pessoas
neste mundo tem as mesmas atitudes dos escribas e fariseus. Elas simplesmente
acreditam na salvação pelas boas obras, Jesus faz uma interpretação muito
diferente da Lei, a regra de vida daqueles que o seguiram. Ele a coloca ao
nível do coração e, ao fazer isso, exclui muitos de Seu Reino (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 103).
2-
Cuidado com os falsos profetas. Profeta é aquele que recebe
de Deus a mensagem, e tem como missão transmitir a mensagem aos destinatários da
palavra do Senhor. Porém, o falso profeta é aquele que diz em nome de Deus, sem
que Deus tenha falado. Diz representar a Deus sem que Deus o tenha escolhido e
sem que Deus o envie.
3- A
importância de construir a casa sobre a rocha. Duas
casas foram construídas, uma sobre a areia e outra sobre a rocha. O alicerce
deverá ter como sustentáculo a rocha, pois se for construído na areia não
haverá sustentação, vindo os ventos e as tempestades, destruirá a casa.
Por fim, na conclusão do sermão, tratando da
casa edificada sobre a rocha, Jesus salienta aos ouvintes e que de certa
maneira pode categoricamente ser aplicado aos cristãos da atualidade a terem
uma vida conduzida por um relacionamento verdadeiro com Jesus. Assim sendo não haverá
comparativo entre a prática diária dos cristãos com os fariseus e os escribas,
pois é necessário viver debaixo da autoridade de Jesus.
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo
B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora
Central Gospel, 2013.
RICHARDS.
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural
do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
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