Atributos da
Unidade da Fé: Humildade, Mansidão e Longanimidade
A verdade prática permite compreender que A unidade na Igreja depende de que os crentes evidenciem no
cotidiano a humildade, a mansidão e a longanimidade. Sendo que a
presente lição tem como objetivo geral: Mostrar que a
unidade na Igreja de Cristo é o resultado da humildade, mansidão e
longanimidade na vida dos crentes; e, como objetivos
específicos:
Explicar que a humildade é uma
virtude indispensável para a comunhão.
Enfatizar que a mansidão
produz crentes que promovem a paz e a conciliação.
Frisar que a longanimidade
capacita o crente a ser tolerante com as falhas alheias.
Lembrando que o texto áureo permite
compreender que:
A segunda metade de
Efésios, como a de muitas epístolas de Paulo, enfatiza a conduta cristã como
evidência das doutrinas e crenças expressas na primeira metade da carta. Observe
que a vida cristã não é comparada aqui ao ato de correr ou ficar parado, mas ao
ato de andar. A expressão andeis como é digno significa que a vida do cristão
deve condizer com a excelência do chamado que ele recebeu de Cristo (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p.508).
I – PARA HAVER UNIDADE É
PRECISO HUMILDADE
A humildade é a marca do verdadeiro seguidor
de Jesus. E compreende-se que a Humildade é a
ausência completa do orgulho. Sua origem vem do latim “húmus” que significa
“filhos da terra”. Etimologicamente, humildade também deriva “homem” (homo) e
“humanidade” (GABY &
GABY, 2018, p. 149).
Assim sendo, humildade descreve a respeito de
quem vem de baixo (de quem é comum), de quem reconhece o seu papel e respeita o
comando de outro (isto é, é submisso aos superiores).
A humildade foi à virtude que Jesus enfatizou
na noite da santa ceia aos seus discípulos, pois ao lavar os pés dos apóstolos
o Mestre ensinou que Ele não veio para ser servido, mas para servir (Jo 13).
Portanto, a humildade é atitude que deverá ser desenvolvida por todos os
cristãos resumida na seguinte descrição: servir e não ser servido.
II – PARA HAVER UNIDADE É
PRECISO MANSIDÃO
A palavra mansidão é uma forma variada do
termo grego προΰτης (proutês), significa gentileza, humildade, cortesia,
consideração, força, suavidade e amabilidade. Na língua portuguesa mansidão
apresenta a ideia de ausência de dinâmica e de ânimo. Porém, a mesma pode ser
também definida na prática pela palavra tolerância.
No NT a palavra mansidão é descrita de duas
maneiras:
É mais do que alguma coisa
delicada e graciosa. É o segredo da conquista e do poder, porque os mansos são
bem-aventurados e herdarão a terra (Mt 5.5). Prautes faz do homem um rei entre
os demais.
Finalmente, devemos notar
que pelo menos três vezes esta qualidade está ligada ao próprio Jesus... Esta
mansidão é da própria essência do caráter de Jesus (BARCALY,
2010, p.111).
A mansidão não é um fruto do Espírito em que
o cristão se torna um covarde, mas que outorga ao servo de Deus uma atitude
interior que se transforma em ações graciosas, como por exemplo: amor,
cortesia, tolerância e suavidade.
Ser manso não retira do cristão a ação de
firmeza contra o pecado.
O grande exemplo Bíblico de mansidão é
Moisés. Ora, Moisés era homem mui manso, mais do que
todos os homens que havia sobre a terra (Nm
12.3).
Mansidão conforme Números 12.3 pode ter como
significado paciência e humildade. Palavras que se encontra na tradução da
Bíblia King James Atualizada:
Ora,
Moisés era um homem muito paciente e o mais humilde dos homens de sua época (Nm
12.3). Portanto, a mansidão de Moisés pode ser definida por dependência do
profeta para com Deus.
Para Gomes mansidão pode ser assim definida:
A mansidão pode ser
entendida como uma qualidade suavizante, como uma canção que tranquiliza a alma
mais angustiante, como um médico que trata seu paciente com toda delicadeza,
como um pastor que cuida da ovelha com todo carinho. Ela não expressa falta de
coragem, disposição, mas é o lenitivo que traz o melhor alívio para quem está
sofrendo (GOMES, 2016, p.122).
Já para Horton:
A mansidão não é
autorrebaixamento ou fazer pouco de si mesmo. Pelo contrário, é uma humildade
genuína que não se considera importante demais para realizar as tarefas
humildes. Não assume ares de grandeza ou imponência no sentido de deixar de ser
cortês, atencioso e gentil com todas as pessoas. É modesta, mas bem-disposta a
dar sua contribuição quando algo precisa ser feito (apud, GOMES, 2016, p.123).
III – PARA HAVER UNIDADE É
PRECISO LONGANIMIDADE PARA O EXERCÍCIO DO PERDÃO
A longanimidade define o
indivíduo que tem como qualidade, grandeza de ânimo, indivíduo corajoso em meio
às adversidades e que age em favor de alguém, termo também relacionado com o
ato de ser bondoso ou generoso.
O Senhor não retarda a sua
promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não
querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se (2 Pe 3.9).
Referência:
BARCLAY,
W. As Obras da Carne e o Fruto do
Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.
GABY,
Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As
Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.
Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
GOMES,
Osiel. As Obras da Carne e o Fruto do
Espírito, como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada
diariamente. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo
B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora
Central Gospel, 2013.
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