A SUTILEZA CONTRA A PRÁTICA DA MORDOMIA CRISTÃ
A Verdade Prática apresenta o ato de ser fiel
a Deus nos dízimos como dever, privilégio e um ato de gratidão a Deus.
Contribuir financeiramente
para obra de Deus é mais que um dever. É um privilégio! É a expressão de
gratidão ao Pai por todas as suas bênçãos dispensadas.
A palavra-chave para a compreensão da
presente lição é mordomia. É válido descrever que mordomia tem como significado
cargo ou ofício do mordomo, sendo que o mordomo é o responsável direto pela
administração dos bens de uma casa. Entretanto, a boa administração requer o
desenvolvimento dos seguintes princípios: planejamento, organização, direção e
controle.
Portanto, com base em citações da Bíblia o
termo mordomia pode ser definido em:
O uso e administração
cuidadosos das posses de outra pessoa que nos foram confiadas; uso responsável
da riqueza, posses materiais e habilidades, as dádivas que Deus nos deu e para quem
temos de prestar contas (GUIA
CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, 2013, p. 809).
I – CONHECENDO
O EVANGELHO DA BARGANHA
O objetivo do presente tópico é Expor os equívocos do Evangelho da barganha.
Torna-se necessário citar que,
Os dízimos, ofertas e
votos que eram feitos a Deus no Antigo Testamento. A ideia de que Deus nos dará
algo em troca ou que Ele agora é devedor, ficando na obrigação de pagar tudo
que nos deve, porque como dizimistas nos candidatamos a receber as bênçãos sem
medida, caracteriza sem dúvida alguma a prática da barganha. O barganhista faz
esperando receber algo em troca. Em outras palavras, se Deus fizer o que o
barganhista pede ou necessita, então ele, em contrapartida, também fará o que
prometeu a Deus. (GONÇALVES,
2022, p. 114)
Os mestres do ensino da teologia da barganha
utilizam métodos específicos para arrecadações de recursos, menosprezando o
verdadeiro princípio bíblico para com a autêntica prática da mordomia cristã.
Dízimos e ofertas são deveres, privilégio e
ações práticas de um coração contrito para com o Senhor, não se trata de um meio
exclusivo para ter em dobro o que deseja. Há na bíblia uma teologia da
prosperidade, porém não há nos escritos bíblicos descrições que convalidam a
teologia da barganha.
II – A DOUTRINA
BÍBLICA DO DÍZIMO SOB ATAQUE
Mostrar que a doutrina
bíblica do dízimo está sob ataque é o objetivo específico do
presente tópico.
As duas principais ações desenvolvidas por
aqueles que se levantam contra a prática dos dízimos correspondem em dizer que
o dízimo era uma prática do período da lei e outros que afirmam que a prática
da entrega do dízimo na modernidade corresponde com uma ação imposta e não a um
ato voluntário.
Portanto, é necessário entender que a fidelidade
financeira corresponde a ser fiel a Deus nos dízimos e ofertas. Entretanto, a
respeito do dízimo compreende as seguintes verdades:
O dízimo foi instituído por Deus para que
haja mantimento.
O dízimo foi observado como prática, ou como
meio de adoração a Deus anteriormente ao período da Lei.
O dízimo não foi instituído no período da Lei
e nem está limitado ao período da Lei, pois o próprio Jesus ratificou a
observância do dízimo no Novo Testamento (Mt 23.23).
Por fim, o texto áureo a respeito do dízimo
transmite um mandamento, trazei todos os dízimos, enfatiza um desafio, fazei
prova de mim e também faz uma promessa se não abrir as janelas do céu (Ml
3.10).
Entretanto, além dos dízimos os ensinos
bíblicos sobre mordomia cristã definem e explicam com clareza sobre as ofertas.
E a respeito das ofertas existem alguns princípios importantes, como:
O princípio da motivação, o que de fato leva
as pessoas a contribuírem (2 Co 9.7);
O princípio da distribuição, ou seja, o que
possui é distribuído;
O princípio da proporção, isto é, colhe o que
se planta (2 Co 9.6)
E em quarto o princípio da provisão, Deus é
fiel e proverá o necessário para a felicidade dos seus servos.
Em suma, sendo o cristão obediente nos
dízimos e nas ofertas colherá de Deus o melhor para a sua vida em todas as
áreas, sejam elas: física, emocional, profissional, ministerial e
principalmente espiritual.
III – A DOUTRINA
BÍBLICA DA MORDOMIA CRISTÃ
O presente tópico tem como objetivo
específico afirmar a doutrina bíblica da mordomia
cristã. Primeiramente apresentando
o Senhor como provedor e em segundo descrevendo a respeito do ser humano como despenseiro
e administrador das coisas de Deus.
No contexto bíblico percebe-se que quatro são
os decretos de Deus: criação, providência, redenção e consumação.
Sendo que a providência é o decreto divino
que expressa o governo de Deus sobre a criação (Sl 24.1). Dois são os aspectos
da providência de Deus: sustento e governo. O sustento se revela quando se
afirma que Deus mantém a criação. Já o governo na afirmação que Deus rege,
administra e gerencia a criação. Deus se revela pelo nome Jeová Jiré, quando o
assunto está associado ao decreto da providência (Gn 22.13,14).
Por fim, em ser despenseiro das coisas de
Deus é cabível ao cristão entender alguns princípios que norteia a mordomia
cristã como bem escreveu Gonçalves:
Em primeiro lugar, quando
dizimamos e ofertamos, estamos reconhecendo a soberania e a bondade de Deus (2022, p. 119)
Em segundo lugar, quando
dizimamos e ofertamos estamos reconhecendo o valor do próximo.
Em terceiro lugar, quando dizimamos
e ofertamos, estamos nos expondo às bênçãos de Deus. (2022,
p. 120)
Em suma, o dízimo se refere à devolução da
décima parte de toda a renda para Deus.
[...] Nas instruções do
Antigo Testamento sobre o dízimo, ele tem de ser tanto a primeira como a melhor
décima parte. Neemias 13.10-14 sugere que a falha tinha se tornado aguda e
estava afetando toda a vida espiritual da comunidade. O princípio esboçado em
3.10-12 (Malaquias) é um eco de Ageu 1.5,6. O fracasso em entregar o dízimo a Deus
significa falta de prosperidade para a pessoa; a disposição de entregar
representa a bênção financeira do Senhor. É uma equação simples da aliança
(GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, 2013, p. 295).
Referência:
GONÇALVES,
José. Os ataques contra a Igreja de
Cristo: As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus
Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio
de Janeiro: CPAD, 2013.
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