Paulo de separado a chamado para que o
Evangelho fosse anunciado aos gentios
Texto: 15- Mas,
quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou
pela sua graça,
16- Revelar seu Filho em mim, para que o
pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue,
2.1- Depois, passados catorze anos, subi
outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito.
2- E subi por uma revelação, e lhes expus o
evangelho, que prego entre os gentios, e particularmente aos que estavam em
estima; para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão.
3- Mas nem ainda Tito, que estava comigo,
sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se;
4- E isto por causa dos falsos irmãos que
se intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos
em Cristo Jesus, para nos porem em servidão;
5- Aos quais nem ainda por uma hora cedemos
com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós. (Gálatas
1.15,16;2.1-5).
INTRODUÇÃO
O
capítulo dois da carta do apóstolo Paulo aos Gálatas é utilizado pelo apóstolo
para defender a autoridade do seu ministério. Isto é, o ministério apostólico. Pois,
ministério é um dom em ação. Paulo recebeu de Deus o chamado para ser o
apóstolo dos incircuncisos (Gl 2.7).
I – CONSAGRAÇÃO DO APÓSTOLO.
1- Definição de
santificação.
O termo santificar tem como significado separar ou consagrar para o uso de alguém
e com propósito certo. De fato Paulo foi separado para o uso de Deus e com o propósito
de glorificar o nome do Senhor em meio à história do cristianismo. O apóstolo
dos gentios é considerado o maior nome teológico da história. Conforme o próprio
apóstolo as marcas de Cristo em sua vida (Gl 6.17) fez do mesmo um diferencial
no contexto histórico da humanidade. E isto por ter sido o apóstolo separado
por Deus.
2- Processo da
santificação.
Deus separa o homem conforme o chamado do mesmo, ou seja, conforme a vocação do
indivíduo. Porém, cabe ao ser humano salvo se santificar a cada dia. Sendo que
a santificação como processo diário ocorre por meio de esforços e dedicação.
Três
atitudes são fundamentais para a santificação. São elas: a atitude de ir á
igreja, a atitude de ler a bíblia e a atitude de orar constantemente. Santifica os na verdade, pois a tua palavra
é a verdade (Jo 17.17).
3- Desde o ventre da
minha mãe. Na
presente frase o apóstolo Paulo faz um paralelo entre o seu ministério apostólico
e o ministério profético de Jeremias (Jr 1.5). Assim como Jeremias foi santificado
às nações antes de nascer, o apóstolo Paulo também o foi.
Há
uma demonstração biológica incrível presente no texto, ou seja, o feto é
independente do corpo da mãe. Deus mostra que o individuo é valorizado mesmo
ainda presente no corpo da mãe, onde que o mesmo terá que passar por desenvolvimento
e receber suprimento, porém o feto é diante de Deus um ser único e por isso é
por Deus escolhido.
Paulo
reconhece que o seu ministério veio diretamente da parte de Deus, assim como o
evangelho que o mesmo pregava.
II – OS DESIGNIOS DE DEUS.
1- Os decretos de
Deus são.
Quando se fala sobre decreto de Deus não pode se associar com destino, pois
destino corresponde a algo limitado enquanto que os decretos de Deus estão
associados à santidade do Senhor. Por isso, os decretos são expressões da
vontade de Deus. Uma segunda verdade
sobre os decretos de Deus é que os mesmos são eternos. E por terceiro os
decretos de Deus são para a glória de Deus. Logo, “sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).
2- Os tipos de
decretos. Quatro
são os tipos de decretos de Deus. Estes decretos incluem tudo que ocorre no
contexto histórico da humanidade; da salvação ao juízo final. Os decretos são:
criação, providência, redenção e consumação. Sobre o decreto da criação sabe se
que Deus criou tudo para a sua glória e este decreto se completa com a
providência, que é o segundo decreto de Deus para a humanidade, que se
caracteriza por dois aspectos: governo e sustento. O terceiro que é a redenção
é o tipo de decreto que demonstra a superioridade da luz sobre as trevas. E por
fim, a consumação que será a demonstração da glória de Deus para todos, até
mesmo para os ímpios.
III
– A VONTADE DE DEUS PARA O HOMEM.
“Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja
esperança é o Senhor. Porque ele será como a árvore plantada junto às águas,
que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas
a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se afadiga nem deixa de dar
fruto” (Jr 17.7,8). No presente
texto se percebe que a vontade de Deus para o homem é que o mesmo se frutifique
até mesmo em época de crise. Logo, o homem não foi criado para vegetar e também
não é um acidente ou um por acaso.
O
propósito de Deus para o homem é que o mesmo venha a arrepender se (2 Pe 3.9) e
passar a ser guiado pelo Espírito Santo (Rm 8.14).
Deus
está no controle de todas as coisas, por isso, nada acontece por acidente ou
pelo destino. Tudo acontece conforme os decretos de Deus, que são as expressões
da vontade divina e de fato são eternos e para a glória de Deus. Logo, não é o
indivíduo o foco.
Paulo
foi separado com uma nobre missão a de propagar o evangelho entre os gentios. Deus
continua a separar pessoas para que o evangelho nos dias hodiernos seja pregado
em tempo e fora de tempo (2 Tm 4.2).
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