Salmo
23 – O Senhor é meu Pastor
Texto: 4- Ainda
que andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu
estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam (Sl 23.1-3).
No segundo parágrafo do salmo 23 percebe-se a
convicção que o salmista possuía na pessoa de Deus, pois o mesmo celebra a
presença do Senhor e por meio da qual o consolo era certo.
No estudo do salmo 30, foi realizada uma análise
sobre a morte, estudo que em parte é transcrito no presente texto para melhor
compreensão do versículo áureo.
A operação da morte
A morte será o último inimigo a ser destruído
(1 Co 15.26). A palavra morte tem como significado separação, porém no sentido
sociológico a morte pode ser definida como perca.
A morte trata-se da separação do espírito para
com o corpo, o espírito volta para Deus e o corpo volta ao pó (Ec 12.7). Já
quando a morte é definida pela palavra perca, isto é, corresponde com a
separação de quem morreu para com as pessoas que com este conviviam.
1- Tipo de morte. Na narrativa bíblica há
quatro tipos de morte a serem observadas.
O
primeiro tipo de morte é a morte física, isto é, a separação entre o corpo e o espírito.
O
segundo tipo é a morte espiritual, isto é, a morte que culmina na separação do
indivíduo para com Deus.
Já o
terceiro tipo de morte é a morte moral, tipo este em que o indivíduo se afasta
da sociedade e de grupos que o mesmo participava por ações que não foram
louváveis diante das pessoas.
E por
fim, o quarto tipo de morte é a chamada de segunda morte, isto é, a separação
eterna para com Deus, que está diretamente associada com a condenação.
2- A morte é uma herança do pecado original. O primeiro homem tinha uma aliança com Deus e neste pacto existia uma
promessa, uma condição e uma pena. A promessa era a vida eterna, enquanto a
condição era a obediência e a pena era a morte.
Com a desobediência de Adão a pena tornou-se
real.
3- Jesus pôs fim à invencibilidade da morte. Antes de Cristo a morte até então não tinha sido derrotada. Há
relatos no contexto histórico bíblico que pessoas foram ressuscitadas, porém
estas pessoas voltaram a morrer. No estudo sobre a ressurreição percebe-se que
a ressurreição destes é considerada a ressurreição de mortos, ou seja,
retornaram a vida, porém voltaram a morrer.
A morte venceu grandes homens, como por
exemplo: Abraão, Jacó (por este os israelitas choram setenta dias, Gn 50.3), Moisés
(por este os israelitas choram trinta dias, Dt 34.8), Samuel (por este todos os
filhos de Israel se ajuntaram e prantearam, 1 Sm 25,1) e dentre tantos outros
personagens o rei Davi (que morreu na sua velhice, cheio de dias, riquezas e
glórias, 1 Cr 29.27).
Porém, a morte não conseguiu vencer a Jesus
Cristo, a primícias dos que dormem.
A doutrina da ressurreição de Jesus é provada
por quatro acontecimentos:
Primeiro, o sepulcro vazio (Lc 24.3).
Segundo, Jesus apareceu aos seus discípulos.
Terceiro, os discípulos foram transformados.
Quarto, a existência da igreja.
A ressurreição de Jesus faz parte do que na
Bíblia é conhecida como a ressurreição dentre os mortos.
O vale da sombra da morte
O vale da sombra da morte indica situação de
aflição em que a força para a vida torna-se impossível no que corresponde às
ações por parte do ser humano.
Também corresponde com a fragilidade do
físico, quando as doenças demonstram maior ação do que o metabolismo de defesa
do corpo humano.
Por fim, o vale da sombra da morte está associado
com as provações da vida e também com as dificuldades do dia-a-dia.
Para consolar os cristãos que estavam sofrendo
aflições, assim escreveu o apóstolo Pedro: lançando
sobre Ele toda vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós (1Pe 5.7). Já
o profeta Naum assim relator sobre o dia da angústia: o Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que
confiam nEle (Na 1.17).
Tu estás comigo
A presença do Senhor é sentida, pois quando
Ele está presente às promessas se concretizam, proporcionando nova direção, que
permite ao cristão uma visão mais apropriada no que corresponde o Reino de
Deus.
Para Davi a presença do Senhor era importante,
pois proporcionava consolo. Mas, para que o consolo fosse identificado pelos
cantores do salmo, Davi associou dois elementos importantes utilizados pelo
pastor: a vara e o cajado.
A vara trazia a compreensão da proteção do
pastor contra as artimanhas do inimigo às ovelhas. Já o cajado indicava
direção, pois quando a ovelha palmilhava por caminhos tortuosos o pastor com o
cajado conduzia a ovelha ao rebanho.
Jesus é o bom pastor e assim Ele utiliza como
instrumento a Escritura Sagrada e também os seus oficiais para que a igreja
seja corretamente conduzida ao céu.
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