EBD:
As setenta semanas
A
presente lição tem como palavra chave, soberania.
A palavra soberania tem como significado, qualidade ou condição de soberano,
indica superioridade derivada de autoridade, isto é, corresponde a domínio ou a
poder.
Diferente
dos demais relatos, o capítulo nove acrescenta a nação de Israel nos
demonstrativos históricos.
Duas
fontes teológicas são marcantes em toda obra de Daniel.
A
primeira corresponde ao objetivo da teologia, à compreensão de Deus, ou seja, Deus
é quem controla todas as coisas, inclusive os impérios mundiais.
Já
a segunda temática teológica importante no livro, corresponde com as fontes
escatológicas. Nestes eventos escatológicos há duas divisões:
primeira, eventos que ainda erram inéditos nos dias de Daniel, que nos dias
atuas são fatos passados, como, por exemplo, os reinos; já a segunda divisão, corresponde
com as seguintes temáticas, a grande tribulação, o anticristo e o Reino de
Cristo na terra.
I – DANIEL INTERCEDE A DEUS PELO SEU
POVO (Dn 9.3-19)
1- O tempo da profecia de Jeremias (vv.1,2).
2- A confissão dos pecados de um povo (vv.3-11,20).
3- Daniel reconheceu a justiça de Deus (vv.7,16)
Comentário:
Antes do cativeiro babilônico Deus usou o
profeta Jeremias para escrever as seguintes palavras: “certamente que, passados setenta anos na Babilônia, vos visitarei e
cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar”. Estas palavras despertaram o profeta Daniel
a interceder pelo povo de Israel. O pedido do profeta era a restauração do
reino israelita. E o reino de Israel se restabeleceu.
A oração de Daniel se destaca ainda em dois
pontos. No primeiro, pelo reconhecimento da culpa da nação israelita por ter
pecado contra Deus e no segundo por reconhecer a justiça de Deus.
Mais uma Palavra
Restauração de Israel
1. O cumprimento
profético. Conforme
Jeremias o cativeiro duraria 70 anos e segundo a mensagem de Isaías 44.28, 45.1,
Deus levantaria Ciro, o qual é chamado de pastor e de ungido. Nenhuma palavra
do Senhor volta vazia, sem cumprimento (Is 55.11), pois Jeremias profetizou um
pouco mais de 70 anos antes o cativeiro, e o profeta Isaias profetizou cerca de
150 anos antes o nascimento de Ciro. E conforme os fatos posteriores Ciro
outorgou autorização aos judeus para voltarem para Jerusalém e reedificarem a
cidade e também o templo (Ed 1.1,2).
2. Personagens e obras memoráveis.
a) O templo. No período pós-exílio as mensagens
proféticas estavam voltadas para a construção do templo. O sucesso da
construção do templo de Zorobabel teve como personagens importantes os profetas
Ageu e Zacarias. O profeta Ageu tanto no exercício do seu ministério como na
sua obra enfatizou a construção do templo. O livro de Ageu se divide em quatro
partes: primeira (capítulo 1), exortação a reconstruir o templo; segunda (Ag
2.1-9), profecias acerca do novo templo; terceira (Ag 2.10-19), admoestação
dirigida aos sacerdotes a respeito da impureza do povo e das ofertas e quarta
(Ag 2. 20-23) profecia a respeito da escolha de Zorobabel. No pós-exílio a
mensagem principal no período da restauração fica voltada para a reconstrução
do templo.
b) Neemias e o muro. Após 100 anos em Jerusalém o povo não teve
condição de erguer os muros da cidade. O único avanço do povo foi a
reconstrução do templo e isto por causa dos povos inimigos que estava em redor
dos judeus. Sendo assim Neemias copeiro do rei persa (Ne 2.1) sacrificou a sua
vida para servir o povo judeu em reconstruir as muralhas e fortificar a cidade
de Jerusalém. A perseguição era tão acirrada que os judeus trabalhavam de prontidão
para a guerra (Ne 4.17), mas para Neemias uma coisa era certa que o Deus dos
céus o faria prosperar (Ne 2.20).
c) Esdras e o avivamento. A missão de Esdras frente aos judeus foi de
conduzi-los a presença do Senhor. As duas funções de Esdras era a de sacerdote
e a de escriba. Tais funções possibilitou a Esdras o conhecimento sadio e
benéfico da palavra do Senhor (Es 7.10). E pelo ensino da Palavra de Deus (Ne
8.1-12) o povo chorou e consagrou aquele dia ao Senhor, e isto só foi possível
pelo ensino da Palavra.
II – DEUS REVELA O FUTURO DO SEU POVO
(Dn 9.24-27)
1- As setenta semanas
(v.24).
2- Os três príncipes são
mencionados na profecia (vv.25,26).
3- O intervalo que precede a
septuagésima semana (v27).
Comentário:
Setenta
semanas, cada dia da semana representa um ano. Logo:
Uma semana é igual
a (7) sete anos.
Sessenta e duas
semanas correspondem a (434) quatrocentos e trina e quatro anos.
Setenta semanas
trata-se de (490) quatrocentos e noventa anos.
Estes
anos estão distribuídos em:
Sessenta e
nove semanas, isto é, quatrocentos e oitenta e três anos, correspondentes com
as datas 444 a.C, o decreto da restauração, a 33 d.C, o evento da entrada
triunfal de Jesus.
Há um
intervalo de tempo que abrange a retirada do Messias à retirada da igreja. Logo
após ocorrerá a última semana, isto é, a grande tribulação. A grande tribulação
será dividida em dois momentos: primeiro, metade de uma semana, falsa paz; e,
no segundo momento, o reconhecimento de que o líder que impera no mundo é o
falso messias. Portanto, a tribulação será um período histórico da operação da
falsidade.
III – OS PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA
SEMANA (Dn 9.27)
1- Revelar o homem do pecado
(2 Ts 2.3).
2- A grande Tribulação (Mt
24.15,21).
3- Revelar a vitória
gloriosa do Messias.
Comentário:
O
anticristo só manifestará quando a igreja for arrebatada. É evidente que o
diabo por não saber a hora em que a igreja será arrebatada tem sempre pessoas
em sues plano como possíveis gestores da grande tribulação, porém, no longo da
história muitos homens se passaram por Cristo, entretanto, o verdadeiro Cristo
já se manifestou neste mundo com toda a sua glória e em um dia certo virá e
arrebatará sua igreja.
A grande tribulação corresponde com o governo
a ser desenvolvido em um período de sete anos pelo trio do pecado, isto é, pelo
falso profeta, o anticristo e o diabo.
A grande tribulação será dividida em dois
momentos: no primeiro momento haverá uma paz aparente com duração de três anos
e meio, já no segundo momento a paz será cessada na terra, logo o povo
escolhido perceberá que o governo é uma armação maligna contra a nação
israelita.
Os três personagens da grande tribulação
serão julgados, anterior à instauração do Juízo Final. A Besta como representante
da política suja deste mundo sofrerá a condenação sem direito ao último
julgamento. Já no caso do falso profeta que é a representação de toda
religiosidade suja surgida desde as narrativas de Gênesis aos dias da
ocorrência do Juízo Final, entre a maldade, violência, corrupção e em destaque
a idolatria, também será condenado sem direito ao último julgamento. É
importante notar que estes inaugurarão o lago de fogo e enxofre.
Já o diabo será lançado no abismo por mil
anos (Ap 20.3) e acabando-se os mil anos, satanás será solto (Ap 20.7) e porá a
prova a geração da era milenar assim como foi provado Adão. Sendo assim
ocorrerá o Gogue e Magogue, ou seja, peleja final e o fim será o diabo lançado
no lago de fogo e enxofre (Ap 20.10).
Nenhum comentário:
Postar um comentário