Fé, esperança e
amor são virtudes que identificam os membros da Igreja que cresce
Texto: Agora, pois,
permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor
(1Co 13.13).
As virtudes são
qualidades morais e também intelectuais que caracterizam o indivíduo
conduzindo-o à prática do bem. O cristão é seguidor de Jesus Cristo. O termo
Cristo tem como significado ungido, e apenas os reis, sacerdotes e profetas
eram ungidos na sociedade judaica. Sendo seguidor de Cristo indica que o
cristão tem os sentimentos de Jesus Cristo e pratica as obras do Messias.
A vida de Jesus proporciona aos cristãos a terem uma
vida de fé, esperança e amor. Estas virtudes identificam o autêntico servo de
Deus.
A fé identifica
o autêntico cristão
Nos escritos do Novo Testamento se encontra três tipos
de fé: fé objetiva, fé subjetiva e fé como virtude.
1. Fé objetiva.
Corresponde com o objeto da fé, ou seja, aquilo em que se crer. No cristianismo
corresponde com a pessoal a qual o cristão confia e acredita. Combati o bom combate, acabei a carreira e
guardei a fé (2Tm 4.7).
2. Fé subjetiva. É o exercício da fé, por parte do cristão, logo, é a crença ativa e
dependente de Deus. Sendo, pois,
justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm
5.1).
3. Fé como virtude. É a fé subjetiva em ação, logo, é a crença ativa e dependente de Deus
em ação. Mas, o fruto do Espírito é:
amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra essas coisas não há lei (Gl 5.22,23). A fé como fruto do Espírito está relacionada com a
fidelidade. Ser fiel a alguém corresponde a estar bem consigo e a entender o
valor e os efeitos da fidelidade. A ausência da fidelidade no mundo estar
associada com a multiplicação da iniquidade, porém, quando a fidelidade se
manifesta não há lugar para insegurança.
Portanto, a fé não é aprendida com atividades físicas,
pois é um atributo da alma. Porém, a fé é desenvolvida pelo seu uso:
As
boas obras entre os homens são uma das expressões da fé. Jesus curava e fazia
muitas coisas em benefício de seus semelhantes humanos. Quando a fé é usada
assim, é fortalecida; e o elemento físico do homem gradualmente deixa de ser um
empecilho para a expressão da alma, isto é, da fé (CHAMPLIN, 2014, p.695).
Há relação entre a fé e o amor, e a fé e a esperança.
Pois, a fé produz a esperança (Rm 5.2) e a fé opera pelo amor (Gl 5.6).
A esperança
identifica o autêntico cristão
A esperança cristã pode ser definida como âncora da
alma (Hb 6.19), o vocábulo esperança é
usado de duas maneiras diferentes. No primeiro caso significa grande coragem,
aquela que permanece firme a despeito de todas as tentações. No segundo caso,
indica a salvação infinita que a esperança obterá; no presente versículo (Rm
8.24) podem estar em foco ambos os
aspectos (LUTERO apud CHAMPLIN).
Para
Lutero a esperança outorgava coragem para enfrentar as tribulações do dia a dia
e proporcionava firmeza mediante toda desordem. Assim também como outorgava a
certeza da salvação mediante a continuação sincera diante de Cristo.
O
cristão pode se alegrar diante da esperança futura (Rm 5.2), isto é, a glória
que o cristão desfrutará ao lado do Criador. Este orgulhar demonstra total
segurança, porque Deus depositou no coração de cada cristão o Espírito Santo
(Rm 5.5). Quem tem o Espírito Santo tem a salvação.
A
esperança não traz confusão, logo os servos de Cristo não serão envergonhados
ou humilhados por causa da esperança, pois ela cumprirá (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE, 2013, p.373).
Portanto, a esperança é a certeza que em meio às
crises o cristão é mais do que vencedor.
O amor
identifica o autêntico cristão
Os
capítulos 12 e 14 tem uma relação direta com o conteúdo do capítulo 13, pois o
capítulo 12 conclui com as seguintes palavras: portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um
caminho ainda mais excelente.
Surge
a seguinte pergunta ao lê 1 Coríntios 12.31: que caminho é este?
Já a
introdução do capítulo 14 cita as seguintes palavras: segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas
principalmente o de profetizar.
Surge
a seguinte pergunta ao lê 1 Coríntios 14.1: como seguir o amor?
Portanto,
o caminho mais excelente é o amor. E seguir o amor tem como definição: apressar
em direção ao amor, correr ao amor, perseguir o amor e aspirar ao amor.
O
amor divino (ágape) é imutável, sacrificial e espontâneo. Por amou Jesus foi
entregue para salvar a humanidade (Jo 3.16). Quando este amor é operante na
vida do indivíduo o mesmo passa a amar até mesmo os inimigos (Mt 5.44).
O
amor como virtude cristã não corresponde com sentimentos e nem com ações que
esperam recompensas, porém trata-se de um dom divino.
Se João 3.16 descreve o amor em sentido vertical, ou
seja, a ação de Deus em amar incondicionalmente os seres humanos. A mensagem de
1 João 3.16 enfatiza o amor no sentido horizontal, indicando que é dever do cristão
amar uns aos outros.
Por fim, assim como escreveu Paulo; agora, pois, permanecem a fé, a esperança e
o amor, estes três; mas o maior destes é o amor. Logo, todo cristão será conhecido
pelas virtudes, porém a que mais o descreverá como servo de Deus e provará ao
mundo que há harmonia na Igreja é o amor. Pois, o amor entre os irmãos é a
prova para o mundo que a Igreja pertence a Deus e prova que o evangelho
anunciado pela Igreja é proveniente de Deus.
Referência:
ALLEN,
Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 2. São Paulo: Hagnos,
2014.
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