Deus é Fiel

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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: A Fidelidade de Deus

A Fidelidade de Deus
A presente lição enfatizará as adversidades enfrentadas pelo apóstolo Paulo. Porém, em meio às adversidades o apóstolo não deixou de fazer a obra do Senhor, sendo que a lição mostrará que Paulo é um exemplo para que os cristãos na atualidade saiba que é possível vencer as adversidades.
Sobre Paulo pode-se descrever que a vida deste se inicia com o nome Saulo, o mesmo que Saul, e tem como significado, o desejado. Foi em sua prática de fé judaica assolador da igreja primitiva (At 8.3), invadia as casas, arrastava e lançava na prisão os cristãos, porém Deus o chamou para ser propagador do evangelho aos gentios, reis e aos filhos de Israel (At 9.15).
Três pontos são fundamentais para conhecer o apóstolo Paulo.
1- O chamado de Paulo. De Saulo a Paulo, enquanto o nome Saulo indica o sentimento de desejo, o nome Paulo passa a indicar o sentido de pequeno, pois em meio ao conhecimento de Paulo o evangelho seria propagado mediante a graça transformadora de Cristo (Fp 3.8, 2 Co 12.9). Como bom judeu o apóstolo no período anterior a sua conversão queria ser útil a Deus, por isso, Paulo tornou-se um perseguidor da fé cristã, pois via na mesma uma ameaça aos princípios do judaísmo. Antes a sua conversão, Paulo já se destacava por sua entrega e veemência a uma missão (At 9.2). Logo após a conversão o apóstolo Paulo não perdeu o desejo de ser útil a Deus, sendo assim dedicou com toda veemência à propagação do evangelho chegando a realizar três viagens missionárias (At 13.2,3).
2- Identificação do apóstolo nas epístolas. O apóstolo Paulo em suas 13 cartas se apresenta de três maneiras: servo, apóstolo e prisioneiro. As cartas antigas começam com o nome e credenciais do remetente e também uma saudação ao destinatário. Com estas três credenciais torna-se notório que o apóstolo Paulo exercia com primazia o ministério no qual tinha sido chamado. Como servo (Rm 1.1,Fp 1.1; Tt 1.1), o apóstolo Paulo foi submisso a Deus e não teve medo de assumir riscos em prol do Evangelho. Por tal atitude Paulo foi um servo sofredor (2 Co 11.23-28). Além de servo, Paulo em algumas das suas cartas se apresenta como apóstolo (Rm 1.1;  1Co 1.1; Cl 1.1), como apóstolo Paulo queria demonstrar para as igrejas a validade de seu chamado. E por fim, como prisioneiro Paulo se apresenta a Filemon tanto para demonstrar a sua situação no momento como prisioneiro e para introduzir o assunto que tinha a expor com Filemon (Fm 1.1).
3- Paulo e o fim da carreira. A prática de um chamado estruturado será confirmada no fim da carreira ministerial. Paulo encerra suas atividades ministeriais se apresentado como soldado (combati o bom combate), como atleta (acabei a carreira) e como mordomo (guardei a fé). Como soldado Paulo foi valoroso e estratégico em sua missão, como atleta o apóstolo foi incansável e submisso e como mordomo Paulo concretiza o valor da paciência e da esperança para ser bem sucedido ministerialmente.
I – A FIDELIDADE DE PAULO EM MEIO ÀS CRISES
A lição transmite citações de versículos do apóstolo Paulo presentes nas cartas aos Efésios e aos Filipenses. Cartas que tem em comum, foram escritas no período em que o apóstolo Paulo estava preso, por isso, são chamadas de cartas da prisão.
Depois de ter escrito Romanos, Paulo se dirigiu a Jerusalém. Ali ele foi preso por soldados romanos, na tentativa de impedir que ele fosse linchado pelos enfurecidos judeus, que acreditavam que ele havia profanado o templo de Jerusalém. Mesmo diante dos insistentes apelos de Paulo por inocência, ele ficou preso por um longo tempo. Por último, ele usou o recurso da apelação para o tribunal em Roma, a que tinha direito por ser cidadão romano.
...Quando chegou a Roma, ficou numa prisão domiciliar, esperando o dia do seu julgamento. Foi durante esse período doloroso de sua vida que ele produziu as cartas da prisão (MIRANDA, p. 97,98).
Há três lições do apóstolo Paulo para a Igreja atual no que corresponde a fidelidades em meio às crises.
Primeira lição: o apóstolo foi destemido e ousado. Na perseguição o cristão como Paulo não poderá se intimidar, mas prosseguir em servir ao Senhor em meio às adversidades da vida.
Segunda lição: há alegria em meio à crise.
Terceira lição: a crise não limita o cristão em servir ao Senhor. Na prisão apóstolo escrevia, pregava, cantava e mantinha comunhão com Deus por meio da consagração e do jejum.
II – ABENGAÇÃO ANTE O SOFRIMENTO
E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós. E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo (Fp 2.17,18).
No tocante à palavra serviço, Paulo escolhe um vocábulo grego que remete a uma pessoa que cumpre os deveres de um cargo público à própria custa. No contexto cristão, essa palavra fala da adoração humildemente oferecida ao Senhor (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.530).
Portanto, o apóstolo estava disposto a servir ao Senhor em meio a todo sofrimento, incluindo até a prisão. A mesma disposição foi percebida nos discípulos formados pelo apóstolo. Epafrodito demonstra para os cristãos da atualidade que mesmo em meio às crises é necessário que os cristãos tenham em mente servir ao Senhor.
Servir ao Senhor em meio às crises:
É na prisão pregar a Jesus e não se lamentar.
É ser rejeitado e não deixar de pregar a Palavra.
É estar disposto a pregar mesmo que fisicamente as forças se apresentam frágeis.
É saber que em Jesus o cristão vencerá todas as adversidades.
III – APRENDENDO A VENCER AS CRISES
A falta de firmeza espiritual e a ausência da harmonia são crises que precisam ser vencidas.
E para vencê-las o apóstolo cita quatro virtudes básicas:
Regozijar-vos sempre no Senhor (Fp 4.4). Isto é, alegrar em todas as circunstancias.
Seja a vossa equidade notória a todos os homens, isto é, seja moderado com todos (Fp 4.5).
Seja constante em oração (Fp 4.6).
Ter como foco as coisas excelentes (Fp 4.8).
Pode-se concluir o relato a respeito da vida do apóstolo Paulo com as seguintes palavras: em Cristo somos mais do que vencedores.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

MIRANDA, Valtair. Fundamentos da Teologia Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.

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