Igreja Imperial
O terceiro período é
o da igreja imperial (313-476), os cultos perderam a espiritualidade e símbolos
pagãos foram anexados nas reuniões religiosas. Cerca do ano 405 as imagens dos santos e mártires começaram a aparecer
nos templos, como objeto de reverência, adoração e culto (HURLBUT, p.74).
Fim da Perseguição. Igrejas Restauradas. Fim dos
Sacrifícios Pagãos. Dedicação de Templos Pagãos ao Culto Cristão. Doações às
Igrejas. Privilégios Concedidos ao Clero. Proclamado o Domingo como o Dia de Descanso.
E bons resultados
para o Estado:
Crucificação Abolida. Repressão do Infanticídio.
Influência no Tratamento dos Escravos.
Porém, houve também
alguns maus resultados:
Todos na Igreja. Costumes Pagãos Introduzidos na
Igreja. A Igreja se Faz Mundana. Males Resultantes da União da Igreja com o
Estado.
Apesar de os triunfos do Cristianismo haverem proporcionado boas coisas
ao povo, contudo a sua aliança com o Estado, inevitavelmente devia trazer, como
de fato trouxe, maus resultados para a igreja. Se o término da perseguição foi
uma bênção, a oficialização do Cristianismo como religião do Estado foi, não há
dúvida, maldição.
Todos queriam ser membros da igreja e quase todos eram aceitos. Tanto os
bons como os maus, os que buscavam a Deus e os hipócritas buscando vantagens,
todos se apressavam em ingressar na comunhão. Homens mundanos, ambiciosos e sem
escrúpulos, todos desejavam postos na igreja, para, assim, obterem influência
social e política. O nível moral do Cristianismo no poder era muito mais baixo
do que aquele que distinguiam os cristãos nos tempos de perseguição.
Os cultos de adoração aumentaram em esplendor, é certo, porém eram menos
espirituais e menos sinceros do que no passado. Os costumes e as cerimônias do
paganismo foram pouco a pouco infiltrando-se nos cultos de adoração. Algumas
das antigas festas pagãs foram aceitas na igreja com nomes diferentes. Cerca do
ano 405 as imagens dos santos e mártires começaram a aparecer nos templos, como
objetos de reverência, adoração e culto...
Como resultado da ascenção da igreja ao poder, não se vê os ideais do
Cristianismo transformando o mundo; o que se vê é o mundo dominando a igreja. A
humildade e a santidade da igreja primitiva foram substituídas pela ambição, pelo
orgulho e pela arrogância de seus membros. Havia, é certo, ainda alguns
cristãos de espírito puro, como Mônica, a mãe de Agostinho, e bem assim havia
ministros fiéis como Jerônimo e João Crisóstomo. Entretanto, a onda de
mudanismo avançou, e venceu a muitos que se diziam discípulos do humilde Senhor
(HURLBUT, p. 73,74).
Referência:
HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo: Editora Vida, 2001.
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