Igreja Reformada
Período que inicia em
1453 e vai até a guerra dos trinta anos em 1648. Este período para ser compreendido
é dividido em: os precursores da reforma, os dirigentes da reforma, princípios
da religião reformada e a contra reforma.
Os precursores da reforma são: Albigenses, 1170 d.C; Valdenses, 1170; João Wyclif,
1324-1384; João Huss, 1369-1415; e, Jerônimo Savonarola, 1452-1498.
Os valdenses apareceram ao mesmo tempo, em 1170, com Pedro Valdo, um
comerciante de Lyon, que lia, explicava e distribuía as Escrituras, as quais contrariavam
os costumes e as doutrinas dos católicos romanos. Pedro Valdo fundou uma ordem
de evangelistas, "os pobres de Lyon", que viajavam pelo centro e sul
da França, ganhando adeptos. Foram cruelmente perseguidos e expulsos da França;
contudo encontraram abrigo nos vales do norte da Itália. Apesar dos séculos de
perseguições, eles permaneceram firmes, e atualmente constituem uma parte do
pequeno grupo de protestantes na Itália (HURLBUT, p. 131,132).
Sobre os dirigentes da reforma destaque para Martinho
Lutero e João Calvino.
A data exata fixada pelos historiadores como início da grande Reforma
foi registrada como 31 de outubro de 1517. Na manhã desse dia, Martinho Lutero
afixou na porta da Catedral de Wittenberg um pergaminho que continha noventa e
cinco teses ou declarações, quase todas relacionadas com a venda de
indulgências; porém em sua aplicação atacava a autoridade do papa e do
sacerdócio. Os dirigentes da igreja procuravam em vão restringir e lisonjear
Martinho Lutero. Ele, porém, permaneceu firme, e os ataques que lhe dirigiam,
apenas serviram para tornar mais resoluta sua oposição às doutrinas não apoiadas
nas Escrituras Sagradas (HURLBUT, p. 141,142).
E sobre Calvino:
Apesar de tudo, a reforma continuou a sua marcha, e mais tarde teve como
dirigente João Calvino, o maior teólogo da igreja, depois de Agostinho; sua
obra, "Instituições da Religião Cristã", publicada em 1536, quando
Calvino tinha apenas vinte e sete anos, tornou-se regra da doutrina protestante
(HURLBUT, p. 141,142).
Os princípios da reforma são: Religião Bíblica,
Religião Racional, Religião Pessoal, Religião Espiritual e Religião Nacional.
A verdadeira religião
estar baseada nas Escrituras Sagradas – Religião Bíblica.
A religião deve ser
racional e inteligente – Religião Racional.
A religião é pessoas
cada um pode se aproximar do Senhor – Religião Pessoal.
A religião não pode e
nem dever ser formalista, mas deverá ser espiritual – Religião Espiritual.
A religião nacional
corresponde à ênfase outorgada pela igreja aos elementos culturais – Religião
Nacional.
A contra reforma:
De ainda maior influência na Contra-Reforma foi a Ordem dos Jesuítas,
fundada em 1534 pelo espanhol Inácio de Loyola. Era uma ordem monástica
caracterizada pela combinação da mais severa disciplina, intensa lealdade à
igreja e à Ordem, profunda devoção religiosa, e um marcado esforço para
arrebanhar prosélitos. Seu principal objetivo era combater o movimento
protestante, tanto com métodos conhecidos como com formas secretas. Tornou-se
tão poderosa a Ordem dos Jesuítas, que teve contra ela a oposição mais severa,
até mesmo nos países católicos; foi suprimida em quase todos os países da
Europa, e por decreto do papa Clemente XIV, no ano de 1773, a Ordem dos
Jesuítas foi proibida de funcionar dentro da igreja. Apesar desse fato, ela
continuou a funcionar, secretamente durante algum tempo, mais tarde
abertamente, e foi reconhecida pelo papa em 1814. Hoje é uma das forças mais
ativas para divulgar e fortalecer a igreja católica romana em todo o mundo (HURLBUT,
p. 154).
Referência:
HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo: Editora Vida, 2001.
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