Deus é Fiel

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

História da Igreja: Período Igreja Perseguida


Igreja Perseguida
Os acontecimentos que descrevem o segundo período da Igreja correspondem com a morte de João até o Edito de Constantino, 313 a.D. Para Hurlbut neste período ocorreu a formação do cânon do Novo Testamento, desenvolvimento da organização eclesiástica e o desenvolvimento da doutrina.
Porém, não se pode esquecer é que neste período a perseguição foi desenvolvida com ímpeto para destruir a fé cristã.
Os imperadores de Roma eram reconhecidos como divindades e deveriam ser temidos e perante os mesmos o povo deveria se curvar, porém para os cristãos apenas um era digno de ser adorado e ter aos seus pés alguém encurvado, e este era Jesus Cristo.
A adoração ao imperador era considerada como prova de lealdade. Nos lugares mais visíveis de cada cidade havia uma estátua do imperador reinante, e ainda mais, a essa imagem era oferecido incenso, como se oferecia aos deuses. Parece que em uma das primeiras epístolas de Paulo há uma referência cautelosa contra essa forma de idolatria. Os cristãos recusavam-se a prestar tal adoração, mesmo um simples oferecimento de incenso sobre o altar. Pelo fato de cantarem hinos e louvores e adorarem a "outro Rei, um tal Jesus", eram considerados pelo povo como desleais e conspiradores de uma revolução (HURLBUT, p. 48,49).
Compreende que neste período há o destaque histórico em que há ênfase aos pais da Igreja: os pais apostólicos, os pais apologistas e os pais polemistas.
Os pais da Igreja assim são designados os teólogos e pensadores cristãos dos seis primeiros séculos de nossa era (ANDRADE, p. 200).
Pais apostólicos: estes tiveram contato direto ou indireto com os apóstolos, viveram no primeiro e segundo século, entre eles: Policarpo e Papais que viveram por bom tempo ao lado de João o evangelista. Escritores cristãos que sucederam os apóstolos na condução da Igreja de Cristo. Sua principal tarefa foi manter pura a doutrina transmitida pelo colégio apostólico formado pelo Senhor Jesus (ANDRADE, p. 200).
Pais apologistas: foram os que desenvolveram toda suas habilidades para defenderem teologicamente as doutrinas Bíblicas. Destaque para Tertuliano e Justino.
Sobre Justino escreve Hurlbut:
Justino Mártir era filósofo antes de se converter, e continuou, ensinando depois de aceitar o Cristianismo. Era um dos homens mais competentes de seu tempo, e um dos principais defensores da fé. Seus livros, que ainda existem, oferecem valiosas informações acerca da vida da igreja nos meados do segundo século. Seu martírio deu-se em Roma, no ano 166 (HURLBUT, p. 63).
Pais polemistas: veementemente respondiam aos hereges condenando os ensinos dos mesmos. Destaque para Irineu e Cipriano.
O Edito de Constantino ou edito de Milão reconhecia e facultava o direito de cada indivíduo seguir a religião que escolhestes.
O segundo período do cristianismo pode ser assim resumido:
Um dos efeitos produzidos pelas provações por que passaram os cristãos desse período, foi uma igreja purificada. As perseguições conservavam afastados todos aqueles que não eram sinceros em sua confissão de fé. Ninguém se unia à igreja para obter lucros ou popularidade. Os fracos e os de coração dobre abandonavam a igreja. Somente aqueles que estavam dispostos a ser fiéis até à morte, se tornavam publicamente seguidores de Cristo. A perseguição cirandou a igreja, separando o joio do trigo (HURLBUT, p. 63).
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo: Editora Vida, 2001.

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