Igreja Medieval
Período que inicia no
ano 476 e abrange os acontecimentos históricos até o ano de 1453. Período que abrange dez séculos e teve como
fato mais notável o desenvolvimento do poder papal. O termo papa vem do latim,
papas, e significa pai.
Foi no Concílio de Calcedônia
(451) que houve a manifestação da comunidade cristã representada por seiscentos
e trinta bispos da supremacia espiritual de Roma. Os bispos concordaram
unanimemente em Leão I e afirmavam, aquilo
em que Leão acredita, nós acreditamos... é considerado por muitos historiadores
e estudiosos o primeiro verdadeiro papa no sentido moderno do termo
(CHAMPLINH, vol. 5, p. 49), isto é, Leão I.
Neste período os
papas estabeleceram o celibato:
O papa Gregório VII, em restauração do celibato clerical, em todas as
suas formas, para todo o clero. Isso foi subsequentemente confirmado pelo
quarto concílio de Latrão, de 1215, bem como pelo concílio de Trento, em 1563
(CHAMPLINH, vol. 1, p.694).
Ainda sobre o papa
Gregório escreve Hurlbut (p.100):
Gregório resistiu com êxito às pretensões do patriarca de
Constantinopla, que desejava o título de bispo universal. Tornou a igreja
praticamente governadora da província nas vizinhanças de Roma, preparando, assim,
caminho para a conquista do poder temporal. Também desenvolveu certas doutrinas
na igreja romana, especialmente a adoração de imagens, o purgatório, a
transubstanciação, isto é, a crença de que na missa ou comunhão o pão e o vinho
se transformam milagrosamente no verdadeiro corpo e sangue de Cristo.
Neste período houve
também dois acontecimentos que merecem bastante atenção: o surgimento do
islamismo e o cisma do oriente.
Islamismo é uma
religião monoteísta que tem como fundador o profeta Maomé.
Já o cisma do oriente
foi a divisão da igreja em dois ramos, a Igreja Católica Apostólica Romana e a
Igreja Católica Ortodoxa, ocorrência no século XI.
O Grande Cisma formalizou-se em 1054. O papa Leão IX, ao sentir-se
irritado com uma encíclica do patriarca de Constantinopla, exigiu que este se
lhe submetesse. Como não fosse atendido, lavrou-lhe o anátema (ANDRADE, p. 63).
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas.
Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2014.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 5. São Paulo: Hagnos, 2014.
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