Deus é Fiel

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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

AÇÕES DE JESUS EM MEIO AS TEMPESTADES DA VIDA


AÇÕES DE JESUS EM MEIO AS TEMPESTADES DA VIDA

35- E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.
36- E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
37- E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
38- E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?
39- E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
40- E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?
41- E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem? (Marcos 4.35-41)
O evangelista Marcos cita duas tempestades. A primeira (4.35-41) ocorreu no final do dia, enquanto a segunda (6.45-56) ocorreu pela noite.
No episódio da primeira tempestade o Senhor Jesus estava no barco, porém em meio à aflição dos discípulos o Mestre estava dormindo. Já na ocorrência da segunda tempestade o Mestre não se encontrava no barco.
Portanto, na primeira tempestade Jesus provou a fé dos discípulos ao dormir e na segunda, na sua ausência.
PRIMEIRA TEMPESTADE.
1- Dois graves problemas. Em sete versículos o evangelista Marcos narra o episódio em que Jesus apazigua a tempestade. Porém, ao examinar o texto com cautela dois problemas serão notórios: a tempestade e a água na embarcação.
Tempestade corresponde com desajuste ou com anormalidades. Há possibilidade de que as ondas tenham chegado a seis metros o que provocou insegurança e impossibilidade de reação por parte dos discípulos. A insegurança era tamanha que Pedro, João, André e Tiago pescadores estavam aflitos com a situação, pois eles sendo profissionais poderiam manter a calma e tranquilizar os demais companheiros.
As ondas ocasionaram o segundo problema que foi a presença da água na embarcação. Quando o problema é externo haverá possibilidade de conquista, mas quando o problema torna-se interno poderá haver ausência de atitude. Myer Pearlman assim aplica o texto “a vitória não depende de circunstâncias externas, mas de nossa atitude íntima”.
Na narrativa a circunstância externa era a tempestade e a interna a presença da água.
2- O sono de Jesus. Ao relatar que Jesus dormia o evangelista Marcos deixa claro a humanidade de Jesus e também a confiança que o Mestre tinha no Pai.
A humanidade do Messias é notória, pois como todo ser humano Ele nasceu, cresceu, teve sede, dormiu, chorou e se relacionou (Mt 1.25; Lc 2.52; Jo 19.28;             Mc 4.38; Jo 11.35).
Em seu ministério Jesus demonstrou dependência e obediência ao Pai. Sendo Jesus ungido pelo Espírito Santo foi obediente ao Pai em toda obra.
3- A autoridade de Jesus. O presente texto demonstra a autoridade Jesus sobre a natureza. Logo sendo o Senhor Jesus Deus, Ele tem controle sobre o vento e sobre o mar.
Nos dias hodiernos cabe à igreja clamar com fé, pois a promessa é que as orações serão respondidas se forem feitas no nome de Jesus (Jo 14.14).
SEGUNDA TEMPESTADE.
1- As crises. Com base nos demais escritos sobre a segunda ocorrência que não foi tão impetuosa como a anterior verifica-se a presença da crise. Portanto, conforme os fatos percebe-se que a crise se alastrou, por isso, há uma subdivisão sobre a crise relacionada a este episódio.
a) Crise Física. Uma multidão seguiu a Jesus por causa dos milagres que por Ele foram operados (Jo 6.2). A enfermidade corresponde com a crise física, pois é manifestada pela incapacidade do ser humano obter a cura por si mesmo e também pelo fato de passar por uma doença.
b) Crise Política. A multidão queria arrebatar e fazer de Jesus rei (Jo 6.15). Nesta informação percebe-se que a crise política era existencial no meio dos israelitas. Não havia uma liderança eficiente e eficaz, por isso, conforme os seus interesses os israelitas queriam Jesus como rei.
c) Crise Econômica. Com cinco pães e dois peixinhos Jesus alimentou uma multidão de quase cinco mil homens (Jo 6.9,10). A falta de alimentação permite inserir como análise a crise econômica que corresponde com a ausência de recursos para o suprimento das necessidades.
d) Crise Espiritual. A mensagem de Jesus para os homens não foi agradável fazendo com que muitos dos seus discípulos tornassem para trás, porém, o apóstolo Pedro deixa a solução para a crise espiritual “para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”. (Jo 6.68).
e) Crise Ministerial. Jesus ao retornar para os discípulos andando sobre as águas despertou o medo por parte dos apóstolos, porém ao se revelar, Pedro pediu autorização para ir ao encontro do Mestre. Ao aproximar de Jesus o apóstolo sentido o vento temeu e começou a ir para o fundo (Mt 14.29,30). Neste momento percebe-se a existência da crise ministerial.
2- A ausência do Senhor Jesus. Paulo assim esceveu: “se Deus é por nós, quem será contra nós?” A presença de Jesus percebida garrante vitória.
Era a quarta vigília, ventos fortes e Cristo ausente. É assim com a vida de muitos. Os dissabores da vida e a ausência do Senhor. Porém, o cristão não poderá deixar de sentir a presença de Jesus, pois assim Ele promete: “estarei convosco todos os dias” (Mt 28.20).
NÃO TEMAS.
1- Não tema a tempestade. O cristão em toda situação deverá confiar no Senhor Jesus. Pois, “O Senhor é meu Pastor, nada me faltará” (Sl 23.1) e “operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13).
2- Não tema a crise. Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas (Sl 34.19). As crises são as aflições, mas o Senhor é o mesmo que outorga a vitória.
Tempestades são fenômenos naturais, porém no mundo espiritual as tempestades são fenômenos espirituais que se transformam em questões sociais. Assim como Jesus acalmou o vento e o mar. Ele estar presente para abençoar a todos aqueles que confiarem nEle.

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