Bibliologia: Estudo das Escrituras Sagradas
A Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de Deus,
porém nem todas as pessoas aceitam ou compreendem tamanha veracidade. É também
notável que nem todos os preceitos bíblicos são aprovados pela sociedade
secular, principalmente por cientistas que proferem como corrente filosófica a
rejeição de doutrinas como o criacionismo.
Portanto, a Bíblia como Palavra de Deus outorga ao leitor
conhecimentos básicos para o palmilhar sadio para com os homens e santo para
com Deus. Logo, é necessário que o cristão conheça o centro das Escrituras
Sagradas, assim como compreenda a importância do conhecimento da Bíblia e se
dedique a ler (a Bíblia), crer (no autor da Bíblia) e praticar os preceitos
bíblicos.
1- Centro e Resumo das Escrituras Sagradas
O pastor Antônio
Gilberto apresenta cinco palavras que sintetizam perfeitamente os dois
testamentos e os sessenta e seis livros da Bíblia, tendo Jesus como o tema
central, entretanto as palavras são: preparação, manifestação, propagação,
explanação e consumação (SILVA, 1999, p.47,48). Em suma, a vida e a obra de
Jesus é o centro da Bíblia, que tem João 3.16 como resumo central da mensagem
divina.
1.1-
Jesus, o centro da Bíblia. O Antigo
Testamento corresponde com a preparação do povo israelita para com a vinda do
Messias, já os quatro evangelhos se referem com a manifestação do Verbo,
enquanto o livro de Atos dos Apóstolos se refere com a propagação de Jesus como
o Caminho que transforma o pecador, tendo às cartas a função direta de explanar
a doutrina cristocêntrica, e Apocalipse com a função de apresentar Jesus como o
ômega, ou seja, a consumação de todas as coisas.
1.2-
João 3.16, resume perfeitamente a mensagem das Escrituras Sagradas. A verdade contida na frase: “Deus amor o mundo de
tal maneira” é a chave para compreender a ação divina em ofertar: o seu Único
Filho para morrer em prol dos pecadores. Portanto, o evangelista João é usado
por Deus para registrar o versículo que resume toda objetividade presente nas
narrativas de Gênesis ao Apocalipse.
2- A importância do conhecimento da Bíblia
O conhecimento
da Bíblia proporciona o conhecer a pessoa de Deus, o autor das Escrituras
Sagradas, assim como proporciona o crescimento espiritual do cristão. Então a
Bíblia se difere de todos os demais livros, pois as obras literárias contribuem
para o enriquecimento do intelecto dos indivíduos, já o conhecimento da Bíblia
contribui para a culminância da revelação e do juízo de Deus aplicados aos
indivíduos.
2.1- Para o conhecimento de Deus. Se há empolgação para os cientistas a respeito do
conhecimento do cosmo, maior deverá ser para os cristãos o conhecimento da
pessoa de Deus, Criador de todas as coisas. Levantai
ao alto os olhos e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o seu exército,
quem a todas chama pelo seu nome; por causa da grandeza das suas forças e pela
fortaleza do seu poder, nenhuma faltará (Is 40.26). Na beleza da sua santidade
o Senhor Jeová poderá ser conhecido pelos termos: Senhor, quando a narrativa
bíblica explicará a bondade divina; e, o termo Deus, quando a narrativa bíblica
expressará poder ou ação ímpar à pessoa de Deus.
2.2- Para o crescimento espiritual. O cristão não poderá continuar na mesmice, mas deverá
progredir, isto é, crescer. Quem cresce possui alvo específico. Quem cresce se
alimenta adequadamente. Quem cresce muda de atitudes que são consideradas como
ações imprudentes.
Logo, a Bíblia é o manual que guia o cristão na
caminhada espiritual. O alimento que sustenta e supri as necessidades da alma
do crente. E é a alavanca que altera toda fonte de atitudes imprudentes,
outorgando o olhar específico do cristão para com Deus.
3- A importância do ler, do crer e do praticar a
Bíblia Sagrada
A leitura da Bíblia pode ser desenvolvida com a
finalidade de lê-la completamente, três capítulos ao dia, ou poderá ser
desenvolvida com intuito devocional para obtenção de instruções espirituais.
Porém, a leitura da Bíblia deverá ser feita para o alcance da sabedoria, o crer
na mensagem da Bíblia para alcançar a salvação e o praticar a Bíblia com o
objetivo a santificação.
3.1-
Ler para ser sábio. Mas
a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada,
tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem
hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a
paz (Tg 3.17,18).
3.2-
Crer para ser salvo. Examinais as
Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim
testificam... Mas, se não credes nos seus escritos como crereis nas minhas
palavras (Jo 5.39,47).
3.3-
Praticar para ser santo. A santificação
é um dos três aspectos da salvação que estão interligados entre si, os outros
são a justificação e a glorificação.
No que corresponde ao tempo: A justificação ocorreu
quando o cristão estava no mundo, isto é, no passado. A santificação ocorre
enquanto o cristão palmilha em direção ao céu, isto é, no presente. A
glorificação ocorrerá quando o cristão chegar ao céu, isto é, futuro.
No que corresponde à definição: A justificação é um
ato da graça. A santificação é o crescer na graça. A glorificação é o desfrutar
da graça.
Em suma, no que corresponde à abrangência: A
justificação é momentânea. A santificação se prolonga por toda a vida. A
glorificação se estende pela eternidade.