Batalha
Espiritual – A Realidade não pode ser subestimada
Mais um trimestre
para honra e glória de Deus, e também para a edificação da Igreja do Senhor
Jesus Cristo, sendo que as Lições Bíblicas deste trimestre terão como tema
central: Batalha Espiritual: o povo de Deus e a
guerra contra as potestades do mal.
A primeira lição tem
como texto áureo: Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26.41).
Sobre o presente
versículo pode concluir-se que:
Os
discípulos precisavam ficar acordados e orar porque em breve seriam provados. A
palavra carne aqui se refere à natureza dos discípulos e a força do Senhor é
impressionante. Já que a carne é fraca, todo filho de Deus precisa de poder
sobrenatural (Rm 8.3,4) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 79).
I – A
BATALHA ESPIRITUAL
O primeiro tópico tem
como objetivo específico: apresentar o
conceito de Batalha Espiritual, ressaltando sua realidade bíblica e distorções,
logo, para compreender esta parte da lição é necessário conceituar batalha espiritual
conforme as Escrituras Sagradas e entender o propósito da Primeira Epístola do
apóstolo Pedro.
Batalha espiritual corresponde
com a atuação dos cristãos por meio da pregação do Evangelho (atividade desenvolvida
com oração e jejum), objetivando a libertação dos que se encontram cativos,
pois há seres malignos que conspiram contra tudo o que pertence a Deus.
Já a Primeira Epístola
de Pedro tem como objetivo encorajar os cristãos a permanecerem firmes em
Cristo até mesmo mediante o sofrimento. Provavelmente foi escrita entre os anos
62 a 64 d.C.
Para RADMACHER, ALLEN
& HOUSE (2013, pp. 685, 686) o apóstolo Pedro abordou cinco temas
diferentes.
Em primeiro, o
apóstolo associa o sofrimento como ferramenta para moldar o caráter divino nos
cristãos (1 Pe 1.6,7).
Em segundo, a retidão
independe de uma vida de tranquilidade. Logo, em todo tempo o cristão deve ser
reto, justo e conhecer a Deus, isto é, ter conformidade com Deus.
Terceiro, os cristão
não devem associar o sofrimento com castigo divino (1 Pe 2.20).
Já em quarto, a
submissão é fundamental e necessária para que haja harmonia no relacionamento
da comunidade cristã.
E, por fim, em quinto
Pedro destaca que o sofrimento de Cristo na cruz foi para salvar o ser humano
da escravidão do pecado (1 Pe 1.2-5;3.18-22).
II –
PRINCIPAIS CRENÇAS DA PSEUDOBATALHA ESPIRITUAL
Pontual
as principais crenças da pseudobatalha espiritual é o
objetivo específico do presente tópico. Porém, para entendê-lo é necessário
conceituar os erros bíblicos referentes às crenças: do mapeamento espiritual, a
maldição hereditária e a crença no crente endemoninhado.
Sobre mapeamento
espiritual descreve Soares & Soares:
[...]
Em resumo, a doutrina consiste na crença de que Satanás designou seus
correligionários para cada país, região ou cidade. O evangelho só pode
prosperar nesses lugares quando alguém, cheio do Espírito Santo, expulsar esse
espírito maligno. Em decorrência, surgiu a necessidade de uma geografia
espiritual, daí o mapeamento espiritual. Os espíritos territoriais são
identificados por nomes que eles mesmos teriam revelado com suas respectivas
regiões que supostamente comandam (2018, pp. 21,22).
A maldição
hereditária é compreendida pela continuidade de determinados pecados sendo
estes originados por um determinado membro familiar em outra geração, e para
ser liberto de tal maldição é necessário que descubra qual o membro da família deu
origem à maldição e em seguida pedir perdão por esta pessoa. Portanto, este
erro doutrinário pode ser categoricamente combatido com as seguintes palavras: os pais não morrerá pelos filhos, nem os filhos, pelos pais;
cada qual morrerá pelo seu pecado (Dt
24.16); verdade ratificada em Ezequiel 18.20, a alma
que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará
a maldade o filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio
cairá sobre ele.
Já na instrução errônea de crentes endemoninhados percebe-se que para
pregadores neopentecostais os espíritos imundos estão relegados à alma e ao
corpo do cristão, não habitando no espírito do cristão, mas em contrapartida no
corpo.
III – VAMOS À BÍBLIA
Desconstruir
por meio da análise bíblica as crenças da pseudobatalha espiritual é o objetivo do terceiro tópico que pode ser
sintetizado nas seguintes palavras:
A doutrina
da maldição hereditária, a teoria dos espíritos territoriais e a ideia de
expulsar demônios dos próprios crentes em Jesus mostram-se práticas que destoam
do ensino bíblico. Isso atrapalha o crescimento espiritual dos crentes, que
ficam presos a ritos e crendices em vez de se fortalecerem na oração e na
Palavra de Deus para proclamarem as boas-novas de Jesus Cristo (SOARES & SOARES, 2018, p. 26).
Por fim, o evangelista João corrobora para a efetuação da aprendizagem plena
da lição em apreço com as seguintes palavras:
Sabemos
que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado
conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.
Sabemos
que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno (1 Jo 5.18,19).
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Velho Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
SOARES & SOARES. Batalha Espiritual: o povo de Deus e a guerra contra as potestades do
mal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
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