A Natureza
dos Demônios – Agentes da maldade no mundo espiritual
A verdade prática
transmite três explicações básicas a respeito dos demônios: são anjos decaídos;
são anjos que rebelaram contra Deus; e, são anjos que optaram em seguir a
Satanás.
Portanto, o objetivo
geral da presente lição é:
Conscientizar
de que os demônios são anjos decaídos que se rebelaram contra Deus e o maioral
deles é Satanás.
E tem como objetivos
específicos:
Apresentar
a origem dos demônios conforme as Escrituras.
Expor
a respeito da batalha no céu.
Destacar
o maioral dos demônios.
Mostrar
o poder de Jesus sobre os demônios.
Entretanto, torna-se
necessário salientar que os demônios são criaturas espirituais e invisíveis.
I – ORIGEM
DOS DEMÔNIOS
O apóstolo João
escreveu as seguintes palavras em Apocalipse: E foi
precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que
engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram
lançados com ele (Ap 12.9). O presente versículo ratifica ter
sido alguns dos milhares de milhares de anjos lançados com satanás, sendo estes
nomeados de os seus anjos, ou seja, anjos sobre o domínio do diabo.
Para Bancroft os anjos maus (demônios)
são empregados na execução dos propósitos de Satanás, que
são diametralmente opostos aos propósitos de Deus, e estão envolvidos nos
obstáculos e danos contra a vida espiritual e o bem estar do povo de Deus
(2006, p. 301).
Biblicamente
percebe-se que satanás é o maioral dos anjos maus:
[...] Este
não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios (Mt
12.24), [...], Belzebu. A origem desse nome é
incerta, mas dele pode ser construído do hebraico zebul ou “casa” e ball ou
“mestre”. Entretanto, não há dúvida de que na época de Jesus essa palavra
correspondia ao nome de Satanás (RICHARDS,
2008, p. 103).
[...] Apartai-vos
de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt
25.41). Este é um versículo crítico para aqueles
que objetam que um “Deus amoroso” nunca poderia condenar ninguém a tal terrível
inferno. Na verdade, Deus não criou o reino do fogo para os seres humanos, mas
sim para Satanás e seus anjos caídos
(RICHARDS, 2008, p. 79).
Sobre a origem de
Satanás compreende-se que ele foi criado como
anjo de Deus, de exalada posição e ordem, possuidor de grande beleza e
resplendor pessoais, dotado de poder e sabedoria superiores, até que a
iniquidade foi achada nele, quando procurou tomar a posição e as prerrogativas
pertencentes a Deus (BANCROFT, 2006, p. 303).
II –
A BATALHA NO CÉU
O arcanjo Miguel é um
anjo, cujo nome significa: quem é semelhante a Deus? Sendo que em Apocalipse 12.7, ele é visto a combater o “diabo e
seus anjos” em defesa do céu. Em todas as passagens em que Miguel aparece no
cenário da História Angelical, é sempre citado em conexão com a guerra e sempre
triunfante (SILVA, 1997,
p.171).
O triunfo final sobre
satanás é descrito em Apocalipse 20.10, texto que narra à situação final do
diabo, que será lançado no lago de fogo. De fato a vitória sobre a antiga
serpente iniciou-se no calvário, porém ela só se concretizará por definitivo
com o lançamento de satanás no lago de fogo, momento que será marcado com a
existência apenas da semente do bem (SILVA, 1997, p. 258).
III
– O MAIORAL DOS DEMÔNIOS
Descrever satanás
como serpente é basicamente definir a ação dele em enganar, exemplo clássico é
a narrativa bíblica que trata do engano produzido por satanás a Eva. Já o termo
satanás tem como significado adversário que tem como ação acusar os que são
fiéis a Deus. Por terceiro, o termo diabo significa caluniador.
Para Bancroft ao
observar a posição de satanás e as suas obras, perceber-se que há pontos
característicos da ação do mal.
A respeito da posição
de satanás percebe-se que:
Ele é o príncipe da
potestade do ar (Ef 2.2).
Príncipe deste mundo
(Jo 14.30).
O deus deste século
(2 Co 4.4).
Já no que se refere
às obras de satanás se destacam:
Deu origem ao pecado
tanto no universo como na raça humana (Ez 28.15; Gn 3.13).
Causa sofrimentos (At
10.38).
Causa a morte (Hb
2.14).
Atrai ao mal (1 Ts
3.5).
Inspira pensamentos e
propósitos iníquos (Jo 13.2).
E dentre outros,
apossa-se dos homens (Jo 13.27). (BANCROF, 2006, pp. 305 a 308).
IV –
O PODER DE JESUS SOBRE OS DEMÔNIOS
O poder do Senhor
Jesus sobre os demônios é visível na tentação do deserto. Jesus venceu as
provocações de satanás pela Palavra, logo, o cristão só vencerá as astúcias
ciladas do inimigo pela Palavra, pois a Palavra do Senhor santifica (Jo 17.17).
E além do uso da Palavra é necessário que o crente vivencie o seu dia a dia mediante
a vigilância e a oração, tendo como objetivo não cair em tentação.
Por fim, E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos
pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém. (Rm
16.20).
Referência:
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora
Batista Regular, 2006.
RICHARDS.
Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SILVA, Severino Pedro. Apocalipse, versículo por versículo. Rio
de Janeiro: CPAD, 1997.
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