Subsídio da EBD: Possessão
Demoníaca e a Autoridade do Nome de Jesus
Conforme os livros
bibliográficos do Novo Testamento (Mateus, Marcos, Lucas e João), a autoridade
de Jesus torna-se notória em cinco situações.
No perdoar pecados – autoridade própria de Deus – isto é, Jesus é Deus (Jo 1.1).
No curar as pessoas – autoridade sobre as enfermidades.
No acalmar o vento – autoridade sobre a natureza.
No possuir a chave do inferno e da morte – autoridade sobre a morte e o inferno.
Portanto, a presente
lição estudará a autoridade do nome de Jesus sobre o mundo espiritual, tendo
como objetivo geral:
Conscientizar
a respeito da autoridade de Jesus Cristo sobre os demônios.
E como objetivos específicos:
Destacar
a possessão demoníaca e sua harmonização na narrativa bíblica.
Conscientizar
legião demoníaca.
Expor
o poder de Jesus sobre os demônios.
Analisar
o comportamento dos porqueiros e do povo.
Entretanto, a lição
transmite duas grandes verdades: a realidade da possessão demoníaca (não tem
como negar que inúmeras pessoas por viverem contrariamente aos princípios de
Deus tornam-se instrumentos de satanás e dos demônios) e a autêntica autoridade
do nome de Jesus.
I – A
POSSESSÃO MALIGNA
Andrade brilhantemente
relata sobre a possessão demoníaca da seguinte maneira:
Controle
das faculdades mentais, espirituais e físicas de uma pessoa por uma entidade
demoníaca. Nas Sagradas Escrituras, há dois tipos distintos de possessão: a
demoníaca, operada pelos anjos de Satanás; e, a satânica, quando o mesmo
príncipe das trevas apodera-se do indivíduo. Um exemplo desta última, temo-lo
no caso de Judas Iscariotes (Jo 13.27) (1997, p. 90).
As vítimas de
possessões demoníacas são conduzidas à demência (Mt 4.24), e até mesmo perdem a
capacidade de falar e de ver (Mt 9.32,33).
Já no que se refere
às diferenças de dados nas narrativas dos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas
se dão por causa de serem estes conhecidos como Evangelhos sinópticos, isto é,
por serem semelhantes com pequenas diferenças no que corresponde à necessidade
e conhecimento dos receptores, assim como o objetivo do Evangelho.
II –
A LEGIÃO DEMONÍACA
A quantidade de
demônios (legião) explica o estado caótico em que se encontrava aquele
indivíduo:
Que morava nos
sepulcros (v.2,3).
Que destruía as
cadeias com atos de violência não tendo ninguém que o resistisse (v.4).
Que se feria com
pedras e vagava de dia e de noite (v.5).
Porém, ao responder a
pergunta de Jesus (v.9) demonstra que aquela legião reconhecia a autoridade do
Messias.
Já conforme a
passagem de Mateus 8.29-34 pode-se aprender que:
[...]
os demônios nessa passagem: (1) eles reconhecem a divindade de Cristo; (2) o
conhecimento deles é limitado; (3) eles sabem que no fim serão julgados por
Cristo (Mt 25.41; Tg 2.19; 2 Pe 2.4; Jd 6; Ap 12.7-12) e (4) eles não podem
agir sem a permissão da maior de todas as autoridades – a de Cristo (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 34).
III
– O PODER DE JESUS
Conforme João 1.1,
três são as frases que descrevem a identidade de Jesus: Ele é eterno (definição
que permite afirmar que Jesus possui atributos que são pertencentes apenas a
Deus, logo, Jesus é Deus); Ele é distinto do Pai (caracteriza que Jesus possui
forma e função diferente do Pai); Ele é Deus.
Jesus é Deus porque
Ele tem os nomes de Deus, os atributos de Deus e faz as obras de Deus.
Jesus
é identificado pelos nomes de Deus:
Deus. Mas, acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o
sempre, e: cetro de equidade é o cetro do teu reino (Hb 1.8).
Filho de Deus (Mt
16.16,17), Santo (At 3.14), Senhor (At 9.17).
Jesus
possui os atributos divinos:
Eterno. No princípio era o Verbo (Jo 1.1).
Onipotência (Mt
28.18), onipresença (Mt 18.20), onisciência (Jo 1.47,48).
Jesus
é identificado como agente das obras desenvolvidas por Deus:
Criador. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele
nada do que foi feito se fez (Jo
1.3).
Preservador de tudo
(Hb 1.3), perdoador de pecados (Mc 2.5,10,11), doador da vida (Fp 3.21). Ofícios e funções que pertencem distintamente a Deus, são
atribuídos a Jesus Cristo (BANCROF, 2006, p. 123).
Portanto, sendo Jesus
o próprio Deus, percebe-se que os demônios tem medo dele (Tg 2.19), não são
nada diante dEle e reconhecessem o Senhorio dEle para a condenação de Satanás e
de seus seguidores.
IV –
OS PORQUEIROS
A região de Decápolis
era povoada por uma população mista, tanto os judeus como os gentios, logo, se
compreende o motivo da criação de porcos na localidade, pois os judeus
associavam os porcos com demônios e por serem fieis as leis mosaicas não
toleravam o consumo de carne suína, enquanto os gentios se beneficiavam da real
importância econômica destes animais.
Porém, há um paradoxo
a ser observado, houve a libertação de dois homens e a perca de quase dois mil
porcos. O que vale mais? A libertação de dois seres humanos? Ou a existência de
quase dois mil porcos?
Nos dias hodiernos a
sociedade se encontra no mesmo patamar de valorização aos animais e de rejeição
aos seres humanos.
Referência:
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora
Batista Regular, 2006.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento.
Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
Glória a Deus! Ele é o maior.
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