Igreja Apostólica
O primeiro período da
Igreja vai do ano 30 d.C ao ano 100, boa parte dos fatos narrados neste período
se encontram no livro de Atos, obra escrita pelo evangelista Lucas.
Para Hurlbut este
período está subdividido em quatro partes:
A Igreja do período
Pentecostal: desde a ascensão de Cristo até à pregação de Estêvão, 35 d.C.
A expansão da Igreja:
desde a pregação de Estêvão até ao Concílio de Jerusalém, 50 a.D.
A Igreja entre os
gentios: desde o Concílio de Jerusalém até ao Martírio de Paulo, 68 a.D.
A era sombria: desde
o martírio de Paulo até à morte de João, 100 a.D.
As palavras-chave
para compreensão deste período são: apóstolos, perseguição e crescimento.
1- Os apóstolos. Dos doze apóstolos chamados para fazerem parte do colégio apostólico
apenas Judas Iscariotes que não prevaleceu até o fim. E dos onze que foram
fieis até o último instante da vida, apenas João evangelista que não sofreu o
martírio.
André, cujo
significado do nome é vencedor, irmão de Pedro e tinha como ofício a pesca.
“Conforme a tradição André foi crucificado em Acácia, em uma cruz de Cussata (X).
Diz-se que foi atado , e não cravado, à cruz, para assim prolongar seu
sofrimento”.
Bartolomeu, no texto Bíblico
identificado por Natanael, este foi esfolado, ou seja, foi tirada a sua pele.
Felipe Morreu na
Frígida.
Mateus; segundo a
história teve a Etiópia como centro de seu ministério. Os historiadores também
descrevem que ele foi um mártir do Cristianismo na Etiópia.
Pedro; segundo a
tradição o apostolo Pedro foi martirizado no período das perseguições de Nero.
A história descreve que Pedro sentiu-se indigno de sofrer e morrer como Jesus,
por isso, a seu pedido no momento da condenação, foi crucificado de cabeça para
baixo.
Judas, o Tadeu, foi
martirizado na Pérsia.
Tiago irmão de João
foi decapitado (At 12.2).
Tiago, o menor; foi
crucificado no Egito.
Tomé foi traspassado
por flechas enquanto orava.
Simão, o zelote; foi
crucificado.
O conhecimento dos
apóstolos a respeito do Reino de Deus, fez com que todos eles com a exceção de
Judas Iscariotes e do apóstolo João, morressem em martírio por amor a Jesus.
2- Perseguição.
Nero um dos piores imperadores de Roma em ação contra os cristãos os perseguiu.
Este pôs fogo em Roma e lançou a culpa aos cristãos e contra estes moveu
tamanha perseguição, conta-se que nos jardins em frente ao palácio os
seguidores de Cristo eram queimados vivos enquanto o imperador romano passeava
entre as tochas vivas. Os apóstolos Pedro (67) e Paulo (68) foram martirizados neste
período.
Provavelmente no ano
90 o imperador Domiciano iniciou a segunda perseguição contra os cristãos neste
período o evangelista João foi preso e exilado na ilha de Patmos.
3- Crescimento. No primeiro século tentaram acabar com a igreja
através das perseguições com a mais vasta crueldade humana, mas em um
determinado dia os oponentes tiveram que aceitar a seguinte verdade, quanto
mais o sangue dos cristãos era derramado mais crescia o número dos que se
entregavam a Jesus, aceitando-o como único Salvador.
É interessante notar o estado do
cristianismo no fim do primeiro século, cerca de setenta anos depois da
ascensão de Cristo. Por essa época havia famílias que durante três gerações
vinham seguindo a Cristo.
No início do segundo século, os
cristãos já estavam radicados em todas as nações e em quase todas as cidades...
e alguns creem que se estendia até a Espanha e Inglaterra, no Ocidente. O
número de membros da comunidade cristã subia a muitos milhões (HURLBUT, p. 41,42).
Referência:
HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo: Editora Vida, 2001.
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