Apocalipse
capítulo: 3 – Cartas para Sardes, Filadélfia e Laodicéia
O terceiro capítulo de Apocalipse tem como foco
descrever o teor das cartas endereçadas às igrejas de Sardes, Filadélfia e
Laodicéia. Igrejas que se diferem pela situação em que se encontravam: Sardes, é
apresentada como igreja morta; Filadélfia, apresentada como igreja missionária;
e, Laodicéia, apresentada como igreja morna.
A apresentação de Jesus para com as Igrejas
1-
Para Sardes. Sardes tem como
significado príncipe de gozo. Para esta igreja Jesus se apresenta isto diz o que tem os sete Espíritos de
Deus, e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives, e
estás morto (v.1). Ter os sete Espíritos de Deus quer dizer que Jesus é o
próprio Deus que age pelo: Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria, Espírito
de eternidade, Espírito de conselho, Espírito de fortaleza, Espírito de
conhecimento e o Espírito de temor do Senhor (Is 11.2). Já no que se refere ter,
as setes estrelas, indica que Jesus é quem levanta líderes para conduzir coerentemente
a sua igreja.
2-
Para Filadélfia. Filadélfia tem como
significado amor fraternal. Diz o que é
santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha;
e fecha, e ninguém abre (v.7). O que tem a chave de Davi, isto corresponde com
o que tem a autoridade de Davi, o que se refere à missão real que na igreja se
notabiliza na operação de milagres por parte da operação de Jesus por meio de
seus fiéis. Sendo uma igreja missionária as portas seriam abertas para a
propagação do Evangelho e ninguém a fecharia.
3-
Para Laodicéia. O termo Laodicéia tem
como descrição significativa o juízo. E para esta igreja o Senhor Jesus se
apresenta da seguinte maneira: Isto diz o
Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus (v.14).
A palavra amém, tem como significado assim seja, porém na abrangência do
significado corresponde com a ideia de cuidado e de edificação.
A onisciência de
Jesus – “sei as tuas obras”
1-
As obras de Sardes. Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto (v.1).
A presente descrição se refere com o pastor que tinha referência de
popularidade que o garantia o status de vivo, porém Jesus o define como morto,
sendo enfatizado como compreensão no decorrer do texto a morte espiritual e
moral.
2-
As obras de Filadélfia. Por ser
autêntica em suas obras a igreja de Filadélfia recebeu do Senhor a garantia de
ter uma porta aberta e que ninguém teria a condição de fecha-la, e assim como guardaste
a palavra de Cristo e não negaste o seu nome, descreve a fidelidade desta
igreja para com o Senhor Jesus.
3-
As obras de Laodicéia. Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente:
oxalá foras frio ou quente (v.15). Por ser
morna Laodicéia seria vomitada da presença do Senhor, isto é, não será
participante no dia do arrebatamento.
Palavra de
censura ou louvor
1-
Palavra de censura para com a igreja de Sardes. Não achei as
tuas obras perfeitas diante de Deus (v.2). As ações da igreja de Sardes não
se relacionavam com a vontade do Senhor Jesus, pois as obras não eram perfeitas,
ou seja, não eram dedicadas totalmente ao Senhor, mas em contrapartida eram
obras que buscavam a alta propagação.
2- Palavra
de louvor e encorajamento para com a igreja de Filadélfia. Como guardaste
a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há
vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra (v.10). Para a
igreja de Filadélfia o Senhor Jesus faz a promessa que esta seria guardada da
hora da tentação, isto é, promessa escatológica, a Igreja de Jesus não passará
pela grande tribulação.
3-
Palavra de censura para com a igreja de Laodicéia. Toda a carta basicamente é uma censura à igreja em
Laodicéia, pois a esta igreja não há uma palavra de louvor, apenas de censura. Por
isso, Jesus aconselha a comprar ouro provado no fogo, vestir roupas brancas e a
ungir os olhos com colírio (v.18). E complementa o presente versículo com as
seguintes palavras: Eu repreendo e
castigo a todos quanto amo: sê pois zeloso, e arrepende-te (v.19).
Promessa para os
vencedores
1- Promessa
aos vencedores de Sardes. Ao que vencer será vestido de vestes
brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida, e
confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos (v.5). O
remanescente, ou seja, os fiéis teriam como promessa a continuidade do nome
escrito no livro da vida, o que corresponde com a garantia da vida eterna.
2-
Promessa aos vencedores de Filadélfia. Ao que vencer, eu o farei coluna no templo
do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o
nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e
também o meu novo nome (v.12)
A promessa no
que tange a coluna indica força e durabilidade. E no que corresponde o nome de
Deus estará presente no nome do vencedor, indica que os cristãos vencedores
terão o direito de chamarem a Deus de “nosso Pai e nosso Deus” (SILVA, 1997, p.58).
3-
Promessa aos vencedores de Laodicéia. Ao que vencer lhe concederei que se assente
comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu
trono (v.21). Assentar no trono corresponde governar sobre, e no que tange
ao governo a Bíblia ratifica que os vencedores governarão juntamente com Jesus
no milênio. Portanto, também há em Laodicéia remanescentes que permaneceram
fiéis ao Senhor.
Referência:
SILVA, Severino Pedro. Apocalipse, versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
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