A Natureza
dos Anjos – A beleza do mundo espiritual
A verdade prática
transmite quatro explicações básicas a respeito dos anjos: primeira, são seres
reais; segunda, são seres espirituais; terceira, são seres celestiais; e,
quarta, são seres a serviço de Deus.
Portanto, o termo
anjo em seu sentido literal corresponde com a ideia de ofício, isto é, anjo é
um mensageiro. Portanto, os anjos são seres criados por Deus.
O objetivo geral da
presente lição é:
Mostrar
os anjos como seres espirituais reais, cujo serviço glorifica a Deus e auxilia
seu povo.
O texto áureo: Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que
cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra (Sl 103.20), ensina que os anjos adoram ao Senhor no
cumprir em obediência as ordens do Senhor conforme a Palavra.
I – OS
ANJOS
O primeiro tópico tem
como objetivo específico: expor a identidade
dos anjos, portanto, os anjos são apresentados na Bíblia Sagrada
com as seguintes características:
Seres criados (Sl
148.2,5).
Seres espirituais (Hb
1.13,14).
Seres pessoais (2 Sm
14.20).
Seres que não se
casam e nem se reproduzem (Mt 22.30; Mc 12.25).
Seres imortais (Lc
20.35,36).
Seres poderosos (Sl 103.20).
Seres dotados de
inteligência (2 Sm 14.17,20).
Seres gloriosos (Lc
9.26).
E, por fim, são seres
numerosos (Dt 33.2).
É importante
compreender também que o termo anjo é na Bíblia aplicado a homens, tendo como significado
mensageiro.
II –
OS SERES CELESTIAIS PARA SERVIR
Conforme o ofício os
anjos tem como missão adorar ao Senhor. Louvai-o, todos os seus anjos (Sl
148.2). Todo
o universo é chamado a glorificar-se na maravilha que é Deus. Nesta parte
inicial, demanda-se o louvor de todos os aspectos dos céus, inclusive das
hostes angelicais (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 944).
O segundo ofício
destaque dos anjos corresponde em auxiliar os homens mediante as necessidades,
pois o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os
livra (Sl 34.7). A expressão
anjo do Senhor e o nome de Deus costumam ser usados como sinônimos na Bíblia.
Tendo o crente a sensação de Deus o rodeando ou pairando sobre ele, não há o
que temer – até mesmo nas situações causadas de maior desespero (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 853).
Para compreender a
relação do Senhor Jesus e os anjos é necessário observar Hebreus 1.6 que
transmite as seguintes informações:
Os anjos adoram a
Jesus (v.6). Adoração é unicamente a Deus. A Bíblia em sua escrita enfatiza que apenas
Deus deve ser adorado. Logo, se os anjos adoram a Jesus indica que Jesus é
superior aos anjos, portanto Jesus é Deus.
Ainda sobre o
versículo 6 seguem-se as seguintes pontuações:
a) Quando outra vez
introduz no mundo. Percebe-se uma referência à volta de Cristo.
b) O primogênito. Corresponde à posição de Cristo, ou seja, afirmação
que Ele está acima de todos. Também por isso lhe darei o lugar de primogênito;
fá-lo-ei mais elevado do que os reis da terra (Sl 89.27).
c) Os anjos de Deus o
adorem. Como herdeiro de tudo (1.2), Jesus, o Filho
de Deus, é adorado da mesma maneira como Deus Pai, por todos os anjos de Deus
(RICHARDS, 2008, p.492).
III –
AS HOSTES ANGELICAIS
Os anjos são
teologicamente conhecidos como filhos de Deus por criação (Sl 148.5). Conforme o
texto bíblico os anjos se encontram divididos em categorias, são elas: arcanjo,
querubins, vigias e serafins.
Arcanjo. Apenas um arcanjo é citado em toda a Escritura
Sagrada, o arcanjo Miguel, que é mencionado na Bíblia com a seguinte função,
trabalhar em prol do remanescente de Israel. É tanto que na citação de Paulo a
respeito da vinda do Senhor Jesus a voz de arcanjo é mencionada (1Ts 4.17),
isto é, indicação de que a missão de Miguel corresponde diretamente com a nação
israelita.
Querubins. O
termo querubim do hebraico, qeruvim, tem por significado bendizer, louvar e
adorar. Os anjos que compõe esta categoria estão associados com a santidade de
Deus e a adoração a Deus.
Serafins. Tem
por significado arder. E semelhante aos querubins guardam o trono de Deus e são
também conhecidos como anjos adoradores.
Vigias. São
citados nos escritos do profeta Daniel (4.13,17,23) e correspondem com os anjos
que promovem zelosamente os planos de Deus.
IV –
JESUS E O ARCANJO MIGUEL
Na Escritura Sagrada
algumas verdades sobre os anjos merecem total atenção por parte dos cristãos,
são elas:
Os anjos são reais,
mas nem sempre visíveis (Hb 12.22).
Os anjos adoram, mas
não devem ser adorados (Sl 148.2).
Os anjos servem, mas
não devem ser servidos.
As duas últimas
citações são fundamentais para explicar o grande erro dos adventistas e das
testemunhas de Jeová que afirmam ser Jesus o arcanjo Miguel no Antigo
Testamento.
Entretanto, Jesus em
sua natureza é superior ao arcanjo Miguel, porque Ele é o criador dos anjos e
de todas as coisas. Em sua posição Jesus é superior, porque Ele é Deus e o
arcanjo Miguel é obra de sua criação. Por fim, Jesus é superior em poder ao
arcanjo por possuir todo poder em suas mãos (Mt 28.18).
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Velho Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário