Um Inimigo
que Precisa Ser Resistido
Jesus foi tentado no
deserto por satanás, provando assim que o diabo como inimigo não é invencível. Portanto,
há um inimigo externo, isto é, o diabo; e, há também um inimigo interno, isto
é, a carne. Sobre o termo carne do grego se aprende que existem duas palavras
que descrevem a relação do cristão com a mesma: soma (relação com o físico e
com questões que não envolva o pecado), e sarx (termo que descreve a relação
voluntária do homem ao pecado).
Portanto, a presente
lição estudará a importância de o cristão resistir o inimigo, tendo como objetivo
geral:
Estabelecer
a perspectiva bíblica de resistência ao Diabo.
E como objetivos
específicos:
Falar
a respeito dos destinatários, conteúdo e tema da epístola (Tiago).
Refletir
a respeito dos deleites da vida.
Conscientizar
que devemos resistir o Inimigo.
I – A
EPÍSTOLA DE TIAGO
A epístola foi escrita
por Tiago e é composta por cinco (5) capítulos e cento e oito (108) versículos.
E está dividida em duas seções principais:
Nos capítulos 1 e 2 a
primeira seção trata-se dos seguintes temas: fé, provações e obras.
Já nos capítulos 3, 4
e 5 os temas que são tratados correspondem com sabedoria e com exortações.
Portanto, a carta foi
escrita por Tiago irmão do Senhor Jesus que após a conversão se dedicou ao
ministério, tornando-se o primeiro líder da igreja em Jerusalém.
No segundo versículo
do primeiro capítulo, Tiago deixa claro um dos objetivos da epístola: consolar,
“tende gozo quando cairdes em várias tentações”. Mas, nos versículos 12, 13 e
14 o escritor orienta aos cristãos a respeito da origem da tentação “Deus não
pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta”. Por fim, a epístola tem como
objetivo fortalecer os cristãos “humilhai-vos perante o Senhor e Ele vos
exaltará” (Tg 4.10).
A orientação, o
consolo e o fortalecimento presentes na carta de Tiago são notórios nas
palavras de Miranda:
Todas
as posses materiais são empréstimos de Deus às pessoas. Até a vida que temos é
empréstimo de Deus. Precisamos usar tudo o que Deus nos dá para a sua glória.
Quando entendermos que nada é nosso, tudo é de Deus, que somos apenas mordomos
das coisas que Deus nos deu, passamos a encarar os bens de outra perspectiva.
Se os meus bens são de Deus, preciso repartir com o próximo. Acaba-se também a
angústia da perda (2011, p.122).
II – OS DELEITES DA VIDA
O que se pode destacar de Tiago 4.1-3 são as seguintes afirmações: havia
conflitos entres os membros da igreja, a oração realizada não correspondia com
o modelo de oração ensinado pelo Senhor Jesus e os desejos do que era pedido a
Deus não passava de petições puramente carnais.
A existência de conflito em qualquer instituição está associada com a
herança pecaminosa que Adão outorgou à humanidade. Porém, o conflito citado por
Tiago estava com tamanha dimensão em que os envolvidos tinham chegado ao ponto
de matar se fosse isto necessário:
“... estão prontos até para matar a fim de consegui-las” – NTLH - (Tg 4.2).
A oração desenvolvida por tais pessoas não passavam de pedidos egoístas
que não correspondia em nada com a oração modelo ensinada por Jesus. A oração é
além de tudo um diálogo entre o cristão e Deus. Quando o cristão ora há o
reconhecimento para com Deus como provedor, sustentador, pai, conselheiro,
pastor etc.
III – RESISTINDO AO INIMIGO
Para vencer o inimigo o apóstolo Tiago apresenta duas receitas básicas:
o Espírito Santo habita em nós, e o viver mediante a submissão ao Senhor.
Por habitar no cristão o Espírito Santo tem como missão guiar os crentes.
Portanto, a ação do Espírito Santo em guiar os cristãos é entendida nas
seguintes descrições: o Espírito Santo chama e Ele orienta em serviço.
O Espírito Santo chama para o serviço (At 13.2,4), logo é Ele que
capacita pessoas a desenvolverem trabalhos específicos. O Espírito Santo também
orienta os servos a desenvolverem o serviço de maneira que pessoas sejam
conduzidas à luz e ao amor de Deus (BANCROFT, 2006, p.197).
Ele
guiará em toda a verdade, se refere à verdade necessária para se tornar um
cristão maduro e totalmente capacitado (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.271). Maturidade do
cristão se define nas palavras: conhecimento, isto é, conhecimento de Deus,
amor e unidade. Logo, o Espírito Santo guia o crente a buscar o conhecimento de
Deus, a amar o próximo e a viver em união com e no corpo de Cristo.
Já ser submisso a Deus significa ser obediente. [...] E, nessa submissão e humildade, Deus
exalta os fiéis (Tg 4.8-10). Obediência, portanto, pode ser definida como prova
suprema da nossa fé em Deus e do nosso amor a ele (SOARES & SOARES, 2018, p.81).
Referência:
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora
Batista Regular, 2006.
MIRANDA,
Valtair. Fundamentos da Teologia
Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento.
Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
SOARES & SOARES. Batalha Espiritual: o povo de Deus e a guerra contra as potestades do
mal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
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